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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Sucessões papais e visões apocalípticas

RATZINGER PREVIU UM "REINADO CURTO" PARA SI. HAVERÁ ALGO RELACIONADO ENTRE ALGUMAS ESPECULAÇÕES APOCALÍPTICAS E A PRÓXIMA SUCESSÃO PAPAL?

O papa Bento XVI previu para si mesmo um "curto reinado" ao conversar com cardeais logo depois de ter sido eleito, e seu irmão disse nesta quarta que está preocupado com os efeitos do estresse do cargo sobre o pontífice, que assume o comando do catolicismo aos 78 anos de idade. Joseph Ratzinger já enfrentou problemas de saúde no passado, incluindo um derrame hemorrágico em 1991, o que levanta questões de quanto tempo seu pontificado durará - e se o mundo assistirá à lenta decadência física de mais um papa. Bento é o papa mais velho a ser eleito em 275 anos. O Vaticano se recusa a comentar a saúde de Bento, citando preocupações com a privacidade do pontífice. A Santa Sé jamais confirmou oficialmente que João Paulo II sofria do mal de Parkinson enquanto Karol Wojtyla estava vivo. Diversos cardeais, porém, reconhecem que o reinado de Bento XVI será contado em anos, não décadas, e que ele provavelmente não será o Papa peregrino que João Paulo foi. O próprio Bento comentou sobre a duração de seu período à frente da Igreja ao falar com cardeais após ser eleito. Segundo o cardeal americano Francis George, Ratzinger disse: "Espero, neste curto reinado, ser um homem de paz".

O Pacto de Latrão e a volta dos auspícios reais
Papas que receberam o título de "soberano", depois da assinatura do Pacto de Latrão, em 11 de fevereiro de 1929, pelo ditador Benito Mussolini e o papa Pio XI, vêm sendo alvo de algumas visões escatológica (isto é, que dizem respeito ao tempo do "fim") que encontram respaldo em interpretações apocalípticas. Para alguns entusiastas de posicionamentos que entendem que visões apocalípticas foram prenúncios de eventos atuais, a data acima é bastante significativa. Depois do Pacto de Latrão, houve 7 papas, todos com títulos de "soberanos", ou "reis", por teremo domínio do que veio a ser conhecido com Estado do Vaticano, com 44 hectares.
Os papas haviam conquistado poder (status) de "soberanos" desde os idos de 538 d.C., por decreto do imperador Justiniano (o primeiro para sob tais auspícios foi Gregório, o grande). Em 1798, com o domínio avassalador de Napoleão em boa parte da Europa, o papa perdeu tais prerrogativas, naquilo que ficou conhecida como "Questão Romana". Isto foi resolvido com Pacto de Latrão, a partir do qual os papas ficaram, novamente, conhecidos como reis, e foi-lhes devolvido parte dos territórios sobre os quais tinham domínio. Antes de 1798, o papa tinha domínio absoluto e direto sobre uma vasta área na Itália, denominada Estados Papais. Mas, isto não era nada em relação ao domínio da Igreja Católica na Europa. No auge da Idade Média, o catolicismo era detentor de 1/3 das terras da Europa.



Foto do papa Pio XI ouvindo discurso do embaixador do Brasil, na ocasião da assinatura do Pacto de Latrão, quando ao papa foi devolvida a posição de soberano, no caso, do Estado do Vaticano. Contudo, o poder papal vem aumentando consideravelmente desde então, sendo a principal figura religiosa da atualidade, e principal porta-voz do movimento ecumenista.




Os últimos "reis" de Apocalipse 17?


Pio XI, que assinou o Pacto de Latrão, com Benito Mussolini, sendo o primeiro "soberano" desde 1798. Seu reinado foi de 1922 a 1939.








Pio XII. Por suas relações politicamente incorretas com Hitler é conhecido como "o papa nazista". Seu reinado foi de 1939 a 1958.








João XXIII. Seu reinado foi de 1958 a 1963.










Paulo VI. Foi o papa sobre a maior parte do Concílio Vaticano II (1962-1965), convocado por João XXIII. Pouco carismático, foi acusado de frio e distante pelos críticos. Seu reinado foi de 1963 a 1978.







João Paulo I, o "papa sorriso". Governou por apenas um mês, em 1978. Sua morte ainda hoje é tema de controvérsias (algo que, em história, é comum nas sucessões papais). O livro de David Yallop condensou inúmeras informações sobre esta polêmica, sendo uma das fontes mais conhecidas sobre uma possível conspiração para tirar-lhe a vida. É fato que João Paulo I, no início do seu pontificado já demonstrara animosidades com a Opus Dei, a Cúria Romana e com os dirigentes do Banco do Vaticano.


João Paulo II. Um dos papas de pontificado mais duradouro (1978-2005). Foi considerado ortoxo para os padrões católicos, e um ferrenho opositor da "teologia da libertação". Foi o papa que mais canonizou santos em toda a hstória do papado, e um ícone do ecumenismo. Em 1986 reuniu no Vaticano líderes das principais religiões do mundo em uma fervorosa manifestação de ecumenismo e liderança do papado sobre tal movimento. Nasceu e morreu sob eclipses solares, aumentando as especulações quanto às famosas profecias de são Malaquias, feitas em 1139 d.C., sobre todos os papas que exisitiriam desde então. O título em latim dado pelo vidente ao papa João Paulo II foi De Labore Solis ("Do Trabalho do Sol"), palavras usadas para indicar eclipses solares.


Bento XVI. Como fui publicado no Correio Web, Ratzinger previu um curto reinado para si. De acordo com alguns escatologistas, ele seria "a sétima cabeça" do "animal", ou besta, vista por João em Apocalipse 17, quando vê uma "mulher sentada sobre a besta", identificada como "Babilônia, mãe de meretrizes e abominaçõe", numa clara alusão à Roma. A questão está em Ap. 17:8, quando a besta é classificada como algo que "era, não é, mas virá", numa possível indicação ao ressurgimento do império romano. Após a reaquisição do título de soberanos, os papas têm sido identificados como os "reis" de apocalipse 17.


A profecia de Apocalipse 17 alude aos "sete montes" relacionados com as "sete cabeças" da besta a "sete ´reis´". À época da realização do livro do Apocalipse, o anjo que conversa com João afirma que cinco reis haviam caído, um exisia e o outro haveria de vir. Nesta corrente de interpretação, o "rei" que existia (observe que todos teriam um reinado relativamente curto), seria o papa João Paulo II, sem dúvida alguma o mais proeminente dos papas. O que viria deveria durar pouco tempo (vs. 10).
Seja como for, vale a pena lembrar as frases de são Malaquias quanto aos últimos papas, pela ordem de suas visões: "Extrema S.R.E. sedebit Petrus Romanus qui pascet oves in multis tribulationibus: quibus transactis civitas septicollis diruetur, Iudex tremendus iudicabit populum. Finis.". O que pode ser traduzido por "Na derradeira perseguição da Santa Igreja Romana estará sentado (no sólio de Pedro) Pedro Romano, que apascentará as suas ovelhas em meio a múltiplas tribulações: as quais transcorridas, a cidade das sete colinas será destruída, e um Juiz poderoso julgará o povo. Fim.". Esta profecia do católico Malaquias é importante, não pelos elementos simbólicos que contém mas pelo fato de que temos certeza de que Roma era vista como "a cidade dos sete montes, ou sete colinas". Compare com "Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis..." (Ap. 17:9). Ou seja, a visão alude, obviamente, à Roma.
Outras versões para o fim dos ditos de Malaquias incluem as palavras "Roma nefans destruitor et judex tremendus judicabit triumphans omnes populos", cuja tradução pode ser: "Roma, a criminosa, será destruída e o Tremendo Juiz julgará triunfante todas as nações".


"...A mulher estava vestida de púrpura e escarlata, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio de abominações e da imundicie de sua fornicação. Em sua fronte tinha um nome escrito, mistério: «Babilonia a grande, a mãe das prostitutaes e das abominações da terra . Vi à mulher embriagada com o sangue dos santos e do sangue dos mártires de Jesús. Quando a vi fiquei assombrado com grande assombro". Apocalipse 17:4-6


Fonte (imagem da "mulher sentada sobre a besta"): http://www.jesusvoltara.com.br/


Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Um comentário:

Anônimo disse...

Irmão, voce tem certeza das acusaçoes que faz? Jesus tbm foi visto como servo de Satanás... E se o papado(exceto um pequeno número de antipapas, conforme previsto por Jesus), é de fato ocupado por apostolos de Jesus, como ficará voce e todos os outros q pensam contigo, perante Jesus? Serão chamados de perseguidores dos santos do altíssimo, não? Nesse caso ñ seria melhor pregar o respeito e a paz enquanto ñ sabemos a verdade? Siga sua religião em paz com seus semelhantes, pois no amor ñ há como se errar. Q aquele q nos ensina a amarmos e perdoarmos nossos inimigos seja realmente teu mestre e guia. Fique na paz de Jesus.

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