A EVOLUÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA NO BRASIL
Por Álvaro Perez
Semana passada comprei um produto que custou R$ 1,58. Dei à balconista R$ 2,00 e peguei na minha bolsa 8 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer. Tentei explicar que ela tinha que me dar 50 centavos de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso? Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:
1. Ensino de matemática em 1950: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?
2. Ensino de matemática em 1970: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?
3. Ensino de matemática em 1980: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. Qual é o lucro?
4. Ensino de matemática em 1990: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
5. Ensino de matemática em 2000: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo?
( )Sim ( ) Não
6. Ensino de matemática em 2007: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
Fonte: Michelson Borges
NOTA: Se você achou o texto acima meio ´drástico´, pense bem: Em um país com 190 milhões de habitantes, tido por "emergente", no qual apenas 1% da população é universitária, e a taxa de livros por habitante é de 0,6, ao ano (ao passo que na Alemanha, por exemplo, é quase 8 ao ano), não é de admirar que estejamos vendo, infelizmente, um dacaimento da qualidade de ensino, em todos os níveis, a despeito das propagandas dos governos. O Brasil está ocupando os piores lugares nos rankings internacionais sobre educação. Estima-se que 76% dos brasileiros não entendem nada do que lêem. E o pior: pelos modelos e propostas atuais, não há nada no horizonte de nosso país que indique uma real mudança a médio prazo.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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