Por Augustus Nicodemus Lopes
Adaptado por Artur Eduardo
Estou familiarizado com a posição de que fé e ciência são magistérios distintos, dois campos diferentes com linguagem própria e que não devem ser misturados. Essa postura parece bastante atraente, pois propõe uma convivência pacífica da religião e da ciência, marcada pelo respeito, sem que uma interfira na outra.
É interessante que tenho conhecido não somente criacionistas que pensam assim, mas até evolucionistas. Ouvi esse conceito sendo proferido em público recentemente por destacado darwinista.
Aqui no blog temos recebido comentários de nossos amigos leitores questionando por que damos atenção a essa antiga polêmica entre fé e ciência, religião e academia, criacionismo, Design inteligente e evolucionismo.
Bem, a resposta é que a ciência, hoje praticamente dominada pelo pensamento darwinista, está longe de se restringir somente a fazer pesquisas, elaborar teorias e experimentos comprobatórios. O cientificismo darwinista é uma visão de mundo totalmente abrangente, que pretende explicar toda a existência humana, sem deixar uma única área sem uma explicação natural, desde a moral, o comportamento social até o próprio fenômeno religioso. Assim, não se trata apenas de uma polêmica entre duas opiniões diferentes quanto a questões relacionadas com a origem do mundo e do homem.
Bem, a resposta é que a ciência, hoje praticamente dominada pelo pensamento darwinista, está longe de se restringir somente a fazer pesquisas, elaborar teorias e experimentos comprobatórios. O cientificismo darwinista é uma visão de mundo totalmente abrangente, que pretende explicar toda a existência humana, sem deixar uma única área sem uma explicação natural, desde a moral, o comportamento social até o próprio fenômeno religioso. Assim, não se trata apenas de uma polêmica entre duas opiniões diferentes quanto a questões relacionadas com a origem do mundo e do homem.
A antiga discussão criacionismo versus evolucionismo é mais profunda do que pode parecer a alguns. Trata-se de um confronto abrangente entre duas visões de mundo que pretendem explicar a totalidade da realidade. A fé cristã, particularmente a evangélica reformada, é uma cosmovisão, uma visão de mundo (Weltanschaaung), que oferece uma compreensão da realidade a partir dos pressupostos bíblicos, como a existência de um Deus criador, que fez sua obra com propósito e inteligência, a qual pode ser estudada e compreendida pelo homem. O cientificismo darwinista, semelhantemente, é uma visão de mundo controlada pelo conceito do surgimento espontâneo da vida, da ancestralidade comum de todos os seres vivos e da seleção natural como mecanismo responsável pela evolução, variedade e complexidade dos seres vivos.
Na minha opinião, é uma ilusão pensar que a melhor coisa para a paz é deixar fé e ciência em domínios distintos, que não se cruzam. Essa paz é ilusória. Quem sai perdendo é a fé, com as incursões constantes do cientificismo darwinista na subjetividade, no metafísico e em outras áreas fora da sua competência. Por exemplo, muitos evolucionistas ateus afirmam que a ciência leva naturalmente ao ateísmo, à conclusão de que Deus não existe. Quer mais invasão de magistérios do que essa?
Por esse motivo, continuaremos a falar do assunto. Quem acha que é perda de tempo realmente ainda não entendeu o que está em jogo.
Fonte: O Tempora, O Mores!
Fonte: O Tempora, O Mores!
Augustus Nicodemus Lopes - Paraibano, casado com Minka, pai de Hendrika, Samuel, David e Anna. Pastor presbiteriano (IPB), mestre e doutor em Interpretação Bíblica (África do Sul, Estados Unidos e Holanda), chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, professor de exegese, Bíblia, pregação expositiva no Centro Presbiteriano de Pós Graduação Andrew Jumper, da IPB, autor de vários livros.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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