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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Lula pede votos para Marta em encontro com evangélicos e alega que a candidata foi "vitma de preconceito"

LULA PEDE VOTOS DE EVANGÉLICOS PARA MARTA, A QUAL DIZ SER "ALVO DE PRECONCEITO"




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que a candidata à Prefeitura de São Paulo Marta Suplicy (PT) sofre preconceito por parte da sociedade pelas "coisas boas que fez". Em evento com líderes evangélicos, o presidente pediu votos para a petista e voltou a afirmar que também sofreu preconceito.

"Sabe por que estou à vontade aqui pedindo votos pra Marta? Eu que já sofri tanto preconceito, [...] hoje acredito que Marta é vítima de preconceito da cidade. Vítima pelas coisas boas que fez", afirmou Lula, em discurso aos líderes evangélicos. "Eu estou convencido que essa mulher sofreu uma campanha de preconceito exatamente pelas coisas boas que fez pela cidade", disse o presidente, citando como exemplos das "coisas boas" a criação do Bilhete Único e dos CEUs (Cento Educacional Unificado).

Esta foi a primeira participação de Lula na campanha de Marta desde o início do segundo turno. Na primeira fase da campanha, o presidente participou de um comício e uma carreata ao lado da petista.

O encontro reuniu cerca de 50 líderes de igrejas de várias denominações em um hotel na zona sul da cidade. O objetivo foi aparar as arestas com os evangélicos. Há cerca de três de semanas, Marta passou por uma saia justa com líderes da Igreja Batista de São Paulo, que reclamaram do posicionamento da candidata favorável aos homossexuais.

O presidente aproveitou o encontro para pedir que os evangélicos não retribuam o preconceito a Marta. "Vocês já foram vítimas de muito preconceito no país. Entretanto, vocês não podem retribuir esse preconceito", afirmou.

No encontro, os evangélicos reclamaram da Lei Cidade Limpa, criada pelo prefeito e candidato Gilberto Kassab (DEM), que limitou a identificação das igrejas. A mudança da Marcha para Jesus da avenida Paulista (região central) para o Campo de Marte (zona norte) também foi alvo de reclamação.

Marta disse que vai estudar uma forma para que as igrejas possam ser identificadas de acordo com a lei. "Assim como isentamos o IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano], acredito que podemos pensar uma forma de identificação diferenciada para as instituições religiosas", afirmou. "Não vejo nenhum empecilho a não ser o preconceito para que a Marcha não ocorra na avenida Paulista", disse.

A criação de um Conselho Municipal para dialogar sobre os problemas da cidade também é mais uma proposta de Marta que envolve a comunidade evangélica. "Temos muita coisa em comum, porque temos preocupação pelos que sofrem, pelos que têm menos", disse. "Quero convidá-los [líderes evangélicos] para que cada religião tenha seu representante para criar esse dialogo", reiterou Marta.

Saia justa
No primeiro turno, Marta teve de enfrentar uma saia justa durante um encontro com pastores no Colégio Batista Brasileiro, na zona oeste. No evento, Marta respondeu a uma verdadeira saraivada de perguntas com temas como homossexualidade, religiosidade nas escolas e meio-ambiente feitas pelos pastores.

Sem medo de perder votos, no entanto, Marta defendeu a diversidade sexual e as escolas laicas. "Eu não aceitaria campanha contra os homossexuais. Quem conhece a minha história sabe disso, e até pela minha formação como psicanalista, não poderia ser diferente", disse.

Fontes: Folha, G1

NOTA: Sabe o que o Brasil não tem, e provavelmente nunca teve? Uma direita realmente direita.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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