O grande nervosismo entre os investidores e uma batelada de notícias de empresas e bancos provocaram forte volatilidade nos principais índices de ações de Wall Street nesta manhã de sexta-feira. O Dow Jones, por exemplo, que ontem derreteu mais de 7%, chegou a ceder 8% por um breve momento, minutos depois da abertura dos negócios. Perto das 11h, tocou o território positivo, para então voltar a firmar-se no vermelho no início da tarde. De modo geral, a aversão ao risco e movimentos de manada continuam fortes, bem como o medo da recessão e a desconfiança sobre se - e até que ponto - as autoridades políticas conseguirão reverter a situação.
É nesse ambiente que cresce a expectativa de que a reunião do grupo dos sete países mais industrializados do mundo, o G-7, que começa hoje à tarde em Washington, possa trazer mais medidas concretas contra a crise financeira, além das várias que já foram anunciadas ao longo destas últimas semanas. Às 19h45 (de Brasília), o secretário do Tesouro, Henry Paulson, dará entrevista coletiva. O encontro do G-7 continua amanhã, quando também se reúnem o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial (Bird).
Um dos assuntos a serem discutidos na reunião do G-7, de acordo com o Wall Street Journal, é a proposta do governo britânico de garantir até 250 bilhões de libras (US$ 432 bilhões) em dívida bancária que vencerá num prazo de até 36 meses. O jornal fala na possibilidade de que os EUA também adotem essa medida. Outra possibilidade aventada é a de que o governo norte-americano passe a garantir, ao menos temporariamente, todos os depósitos bancários no país, na tentativa de injetar pelo menos um pouco de confiança num sistema que tanto carece dela.
Embora os EUA tenham tentado não alimentar expectativas de que um plano de socorro do G-7 será revelado neste fim de semana, o próprio presidente do país, George W. Bush, já veio a público hoje para anunciar que seu governo possui as ferramentas necessárias para restaurar a ordem nos mercados financeiros e resolver a crise econômica.
Fonte: Estadão
NOTA: Esperemos, para ver. Você pode ver no próprio blog, caro leitor, alguns dos efeitos já produzidos pela crise, e outros agravados por ela. Isto porque, segundo analistas, ainda não estamos no seu momento pior.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
2 comentários:
Pr. Arthur, muito boa a matéria. Não posso deixar aqui de comentar a reportagem da VEJA da semana passada, sobre a crise e a falsa notícia passada pela mesma de que o governo americano estaria "salvando você". É uma revista que "desinforma" o leitor. Sabemos que todos os governos do mundo vão pagar por essa farra mercadológica ... a décadas estudada e combatida por vários economista, entre eles o grande Celso Furtado.
Luis Antonio Pereira de Souza Valadares
totavaladares@gmail.com
O que a ganância não faz, não é? Já comentam se esse não pode ser o início do fim do capitalismo... Mas vamos ver o que acontece nos próximos espisódios...
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