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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A ´pregação religiosa´ ateísta

CAMPANHA ATEÍSTA INGLESA QUER COLOCAR POSTS ALUSIVOS À DESCRENÇA EM DEUS NOS ÔNIBUS, E REVELA QUÃO TÊNUE É A LINHA DIVISÓRIA ENTRE ´ATEÍSMO´ E ´HEDONISMO´




Vejam como o ateísmo incentiva o hedonismo (busca do prazer absoluto): "Provavelmente não há Deus. Agora, pare de se preocupar e aproveite sua vida", estes são os dizeres que perfilarão nos ônibus de Londres (dentro e fora). Ateístas pensam que, com isso, atacam "a religião". Ledo engano. Apenas atacam as próprias raízes de sua civilização como a conhecem.

Alguns ônibus de Londres poderão levar, a partir de janeiro, pôsteres com um slogan pouco comum: "Provavelmente, Deus não existe". A campanha ateísta é da British Humanist Association (BHA, na sigla em inglês) e tem o apoio do acadêmico britânico Richard Dawkins, autor do livro "Deus, um delírio" e conhecido pelos seus documentários questionando o papel das religiões.

O objetivo da BHA com a campanha é "promover o ateísmo na Grã-Bretanha, encorajar mais ateístas a assumirem publicamente a sua posição e elevar o astral das pessoas a caminho do trabalho". Com o dinheiro levantado em doações, o grupo quer colocar pôsteres em dois grupos de 30 ônibus por quatro semanas.

O slogan completo diz: "There's probably no God. Now stop worrying and enjoy your life" (“Provavelmente, Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e curta a vida”, em tradução livre). "Nós vemos tantos pôsteres divulgando a salvação através de Jesus ou nos ameaçando com condenação eterna, que eu tenho certeza que essa campanha será vista como um sopro de ar fresco", disse Hanne Stinson, presidente da BHA. "Se fizer com que as pessoas sorriam, além de pensar, melhor", concluiu.

Como os organizadores conseguiram arrecadar mais do que planejavam, eles pretendem colocar os pôsteres também do lado de dentro dos ônibus. A BHA também estuda a possibilidade de estender a campanha para outras cidades, incluindo Birmingham e Manchester, na Inglaterra, e Edimburgo, na Escócia. "A religião está acostumada a usufruir de benefícios tributários, respeito não merecido, o direito de não ser ofendida e o direito de fazer lavagem cerebral nas crianças", disse Dawkins.

"Mesmo nos ônibus, ninguém pensa duas vezes quando vê um slogan religioso. Esta campanha fará com que as pessoas pensem - e pensar é um anátema perante a religião" (Só se for na ´religião´que ele idealizou ou em animismos obscuros - grifo nosso), completou. Mas Stephen Green, da organização Christian Voice (Voz Cristã, em uma tradução livre), disse que "ficará surpreso se uma campanha como essa não atrair pichação". "As pessoas não gostam de receber sermão. Às vezes, é bom para elas, mas, ainda assim, elas não gostam", afirmou.

No entanto, a Igreja Metodista agradeceu Dawkins por incentivar um "interesse constante em Deus". "Esta campanha será uma coisa boa se fizer com que as pessoas pensem nas questões mais profundas na vida", disse Jenny Ellis, reverenda metodista. "O Cristianismo é para pessoas que não têm medo de pensar sobre a vida e seu significado", completou a religiosa.

Fonte: BBC

NOTA: Dawkins, como sempre, ´esquece-se´ de todo o compêndio de filosofia cristã, todas o trabalho nas áreas de lógica, epistemologia, racionalidade, investigação científica que ocorreram em decorrência da religiosidade humana e, mais especificamente, do espírito cristão que moldou a Europa como ele a conhece, atualmente. Dissociar a Europa dos avanços humanistas (no sentido primevo da palavra) na educação, como os alcances propostos pelo reformador genovês João Calvino, por exemplo, é não atentar à História. Na virada do século XIX para o XX, o calvinista e estadista holandês Abraham Kuyper, responsável pela protagonização de uma das maiores reformas sociais daquele país, defendia o pensamento cristão (especificamente o reformado) e sua relevância na política da Europa e dos EUA nos séculos passados e no futuro. Perante acadêmicos americanos, da Universidade e Princeton, proferiu as famosas "Palestras Stone", que viriam a ser transformadas em livro. Kuyper foi fundador da Universidade Livre de Amsterdã e, de acordo com este site, era tido em seus dias como "a pessoa mais importante viva", tamanha foi a sua contribuição. Obviamente que a Holanda ainda sente os reflexos dos sólidos fundamentos sobre os quais viria a se estruturar. E por que falo de Kuyper e da Holanda, como exemplos? Porque não é à toa que a Holanda, hoje, é um dos países com menor déficit de desigualdade social entre todos os que foram pesquisados no mundo inteiro. Infelizmente, o secularismo e o materialismo dominaram boa parte da Europa, inclusive a Holanda. Suas práticas sociais atuais em quase nada lembram a ortodoxia e praxis cristãs do passado.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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