Uma encomenda de 80 fuzis feita pela Secretaria de Segurança do Rio a uma empresa de Minas Gerais foi enviada pelos Correios. As armas, que chegaram à cidade na semana passada e serão destinadas ao Bope (Batalhão de Operações Especiais), assustaram os carteiros, que temem ser roubados, segundo os Correios. A Secretaria de Segurança informou que não pediu a encomenda pelos Correios e que vai exigir explicações à empresa que fez a venda dos fuzis. Segundo os Correios, a empresa é a Imbel, que fornece armas para as Forças Armadas.
Armas da Imbel já foram encontradas em poder de traficantes de favelas do Rio em operações da polícia. A Folha Online ainda não conseguiu contato com a empresa. Os Correios informaram que nenhuma escolta foi feita para o transporte dos fuzis em todo o trajeto de Minas Gerais ao Rio. As armas já estão em poder do Bope, segundo a Secretaria de Segurança.
Fonte: Folha On-lineNOTA: Em um dos países com maior índice de violência urbana do mundo um episódio deste é INADMISSÍVEL. Já pensou, caro leitor, se este arsenal cai nas mãos de traficantes, sequestradores ou ladrões de alta periculosidade? É uma quantidade de armamento muito significativa para que não tenha havido sequer uma escolta!!! Bem, de acordo com Jorge Antonio Barros, do jornal "O Globo" (Rio), o episódio aconteceu assim:
Fonte: O Globo On-line"Veja se não estamos diante do roteiro de uma...comédia em cinco atos.
Cena Um: o funcionário de uma Secretaria de Segurança encomenda à Imbel (Indústria de Material Bélico) 400 fuzis FAL, calibre 7,62 (foto acima), com cinco carregadores cada, no valor total de R$ 1 milhão e 94 mil.(para quem não liga o nome à "pessoa" a Imbel é a fábrica de armamentos e munição do Exército brasileiro, subordinada ao Ministério da Defesa)
Cena Dois: o primeiro lote de 80 fuzis chega ao Rio, escoltado apenas por um policial.
Cena Três: o segundo lote de 80 fuzis é enviado pela Imbel. Só que a empresa não avisou à secretaria como enviaria a encomenda. Na falta de transporte habilitado, o superintendente da Imbel em Itajubá, coronel José Renato Brum, decide enviar a mercadoria pelo correio.
Cena Quatro: A encomenda chega no Centro de Distribuição Domiciliar dos Correios - uma espécie de agência de triagem das correspondências - em Botafogo. Habituados a perder as encomendas para ladrões armados nas ruas, os carteiros se assustam quando conseguem avistar uma parte da mercadoria que entregariam no quartel do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), em Laranjeiras. Eram fuzis.
Cena Cinco: Os carteiros chamam o primeiro PM que vêem pela frente que, por sua vez, chamou o Bope, pare retirar a encomenda na agência.
Moral da história: O Exército acredita mais nos correios do que os próprios carteiros; os carteiros duvidam da eficácia do serviço porque já sofreram 1.936 assaltos entre 2006 e o primeiro semestre deste ano; e a Imbel pode ser excelente fabricante de armas e munições, mas não entende absolutamente nada de segurança e contra-inteligência. (...)"
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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