O campo de Kalma, em Darfur do Sul.
A reportagem de VEJA foi conferir de perto o que o mundo, paradoxalmente, parece ignorar: a região de Darfur, no Sudão, virou cenário de um genocídio silencioso em pleno século XXI.
A guerra civil na região, iniciada em 2003, provocou uma crise humanitária de proporções épicas. Quase metade dos 6 milhões de habitantes de Darfur vive em aglomerações humanas improvisadas, os campos de deslocados internos – ou, simplesmente, refugiados. Outros 2 milhões de pessoas ainda não deixaram suas aldeias, mas foram afetadas pela destruição de lavouras ou pela morte de familiares.
Uma mulher tenta reconstruir uma cabana, dias depois de sua aldeia, em Darfur do Oeste, ter sido bombardeada pela Força Aérea Sudanesa, em fevereiro.
Com a justificativa de combater rebeldes que lutam contra o regime, o governo do Sudão bombardeia aldeias e apóia os janjaweeds, milícias autoproclamadas árabes cuja missão é limpar Darfur de outras etnias. Ao todo, já morreram 300.000 pessoas. Hoje, os ataques acontecem com menos intensidade do que no início da guerra.
Mas não são números que definem um genocídio. Segundo a ONU, não é preciso haver assassinatos em massa para que esse crime se caracterize. Impor condições de vida subumanas a um grupo de pessoas semelhantes entre si, com o objetivo de levar à sua destruição física, também se enquadra nos critérios da definição. É o que ocorre em Darfur.
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NOTA: Mais uma vez, ´árabes radicais´.... Mais uma vez, ´limpezas étnicas´... Mais uma vez, omissão internacional completa... Mais uma vez, Uma catástrofe completamente evitável, se houvesse o mínimo de vontade política das autoridades. Imagine como não será a situação de qualquer missionário cristão que estiver tentando trazer um pouco de alívio a estes refugiados; milhões que vivem numa verdadeira ´terra de ninguém´!...
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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