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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Mais uma pataquada de Richard Dawkins

RICHARD DAWKINS AFIRMA TER CRIADO PROGRAMA DE COMPUTADOR QUE SIMULA UM COMEÇO DA VIDA A PARTIR DE NÃO-VIDA, O ´SANTO GRAAL´ DOS EVOLUCIONISTAS... BEM, AO QUE TUDO INDICA, SUA DESCOBERTA NÃO PASSA DE UM JOGUINHO ENFADONHO QUE BURLA AS LEIS DA PRÓPRIA BIOFÍSICA




O grande nível de informação presente em cada ser vivo revela-nos a intervenção de uma mente inteligente, pois a informação é uma entidade imaterial que tem sempre origens inteligentes. Mas como “Inteligência” não pode fazer parte da ciência das origens, os evolucionistas fazem tudo para mostrar que ela surgiu por acaso e foi evoluindo através do erro genético.

Richard Dawkins desenvolveu o Weasel program, um software que pretende mostrar como a vida não tem uma causa inteligente. O programa de computador começa com uma sequência aleatória de 28 letras e espaços. A sequência é então copiada repetidamente, representando a reprodução biológica. São permitidos erros de cópia, representando as mutações. Sem grandes surpresas, em poucas gerações, a sequência vai de uma série de letras que nada dizem à sequência “ME THINKS IT IS LIKE A WEASEL“.

No primeiro teste vai de “WDLTMNLT DTJBKWIRZREZLMQCO P” a “ME THINKS IT IS LIKE A WEASEL“, em 43 gerações.

No segundo vai de “Y YVMQKZPFJXWVHGLAWFVCHQYOPYao mesmo resultado, em 64 gerações.

Et voilá, um programa de computador "prova" que não é necessária intervenção inteligente para a vida ficar mais complexa.

Ironicamente, em The God Delusion, Richard Dawkins fornece a explicação para o facto de o seu software ter chegado ao resultado esperado. Claro que ele não aplica aquilo que diz ao Weasel program, mas adequa-se na perfeição a este caso. Deliciem-se:

Os computadores fazem o que lhes manda. Obedecem cegamente a quaisquer instruções que lhes sejam transmitidas através da linguagem de programação. É assim que desempenham coisas úteis, como processamento de texto e folhas de cálculo. Mas também há um subproduto inevitável, e que é o facto de terem um comportamento igualmente robótico quando se trata de obedecer a instruções erradas.

Não têm forma de saber se uma dada instrução vai produzir um bom ou um mau resultado. Limitam-se a obedecer, tal como se espera de um soldado. É a sua obediência incondicional que torna os computadores úteis, e é precisamente isso também que os torna inescapavelmente vulneráveis a infecções de vírus e vermes de software."

(Richard Dawkins em Deus, um delírio, pág. 216)

Este tipo de jogo de computador pode ser jogado por qualquer um e alcançará sempre o objectivo para o qual foi concebido. Por quê? Porque eles foram concebidos com determinado propósito. Os programas de computador não se criam a eles próprios. São criados pelo homem. Os valores são introduzidos pelo homem. No caso do exemplo de Dawkins, até as letras aleatórias iniciais não são, de todo, aleatórias. Elas foram introduzidas pelo programador.

Não é, então, de se ficar admirado pelo programa provar aquilo que o programador quer.

weasword

A complexidade dos seres vivos não necessita da intervenção de um designer inteligente. É apenas o produto do acaso, como eu mostrei aqui.

*Programador inteligente com inclinação 100% anti-Deus*

*Tecnologia do século XX, programada para produzir um resultado predeterminado*

Fonte: A Lógica do Sabino

O texto a seguir é do blog ´
Expectativas´:

O ADN da mais pequena bactéria unicelular contém mais de 4 milhões de instruções (comandos de informação), que se encontram codificadas no ADN nas quatro “bases” da escada, com os nomes de A, G, C e T: são o alfabeto genético. Actuando como frases de um texto ou de um discurso, as instruções do ADN passam a informação necessária à formação de uma proteína ou algo semelhante que o organismo necessite para a sua reprodução ou alimentação.

O problema dos teóricos da “auto-organização” é que os mecanismos de criação de vida que eles defendem não explicam o método de geração do tipo de informação que o ADN contém. Os cenários da “auto-organização” da vida só se centram na “formação da ordem” e excluem a “informação complexa”. Esses teóricos gostam de utilizar o termo “complexidade” nos seus escritos, mas referem-se a padrões altamente organizados e intrincados da organização da matéria, mas ao fim e ao cabo não distinguem os cristais de quartzo de uma ameba. A teoria da “auto-organização” defende que as leis da física (e consequentemente as leis da química produzidas) causaram a formação da matéria viva. Mas esta ideia encontra um grande obstáculo: o simples facto matemático de que a informação genética contida no mais pequeno organismo vivo é muito maior do que o conteúdo de informação descoberto nas leis da física – como referiu Hubert Yockey, um dos físicos do Projecto Manhattan, no seu livro Information Theory and Molecular Biology. De onde nos chegou o enorme conteúdo de informação vital?

Esta dificuldade fundamental não é abordada pelos defensores da teoria da “auto-organização”. Mesmo que ignoremos este facto matemático fundamental, existe um outro problema: as leis da Física só produzem padrões regulares. O ADN (vida) requer padrões irregulares para a transmissão de informação através do código genético. Para usar uma analogia, a nossa língua utiliza um código (alfabeto), e se escrevermos as letras “ABC” de uma forma repetida ao longo de 1.000 páginas, teríamos um padrão regular, altamente ordenado e previsível (que são como as produzidas pelas leis da Natureza); mas se analisarmos “Os Lusíadas” verificamos um padrão irregular nas letras do alfabeto utilizadas, o que significa uma enorme quantidade de informação.

De igual modo, o ADN utiliza o seu código (A, G, C e T) numa combinação complexa e irregular, para transmitir o seu código genético. Uma lei física produz padrões regulares e previsíveis, como a lei da gravidade produz o fluxo de agua tépida no exemplo do tubo do duche de que se falou aqui. Se o ADN tivesse origem baseada nesse tipo de lei física, a sequência do ADN seria simples e repetitiva (tipo ABCABC) e sem muita informação, e seria incapaz de transmitir milhões de instruções como o faz o mais simples dos organismos (o químico Michael Polanyi reconheceu este facto em 1953 – fonte: Britannica). Da mesma forma que a informação contida n’Os Lusíadas não foi determinada pelos químicos utilizados na tinta das penas de Luís Vaz de Camões, assim a informação do código genético (ainda que codificada num alfabeto de 4 letras) não é determinada pelos elementos químicos desse seu alfabeto.
Podemos especular se um dia existirá uma teoria da “auto-organização” em condições de vingar. Neste momento, esta teoria é mais uma proto-teoria do que teoria propriamente dita.

Fonte: Expectativas

NOTA: Nem tudo o que um cientista diz é científico". Esta frase, do eminente apologeta Norman Geisler, traduz bem esta pataquada de Dawkins. Infelizmente, por não saberem nada de filosofia da biologia ou da ciência, muitos enveredam cegamente por este tipo de ´ilusão´ (ou seria ´delírio´), que está coberto com um verniz de ciência de botequim. E o pior: Livros como ´Deus, um delírio´ vendem uma barbaridade, mostrando que, como um sino de uma igreja, o Richard Dawkins faz muito, muito barulho... apesar de tocar uma nota só.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Um comentário:

Anônimo disse...

Pr. Eduardo:
Sinceramente, parabéns pela matéria. É muito boa e extremamente necessária em nossos dias, quando o ateísmo ganha força retórica obtida principalmente pelo desenterrado Positivismo Lógico.
Interessante como Dawkins é contraditório e faz, sem saber, estudos de caso de si mesmo. Ele fez uma leviana menção da "conversão" do filósofo e outrora ateu Anthony Flew, como sendo causada por sua senilidade. Contudo, ao analisarmos a vida literária de Dawkins, começando pelo O Gene Egoísta, passando pelo Relogoeiro Cego e findando em Deus, Um Delírio, vemos o como ele deixou de ser um notável cientísta democratizador do conhecimento, para passar a ser um dogmático, falacioso e antiquado crítico do Cristianismo. Curiosamente, ele fala que todos devemos mudar sempre de opnião sempre que evidências nos levarem a isso (como no caso do Prof. Flew), mas ele mesmo, com o passar dos anos, tem abraçado um ateísmo velho, arcaico e anti-ético, baseado ainda em figuras como Feuerbach, Nietzsche e Schopenhauer. Nisso fica a pergunta: quem parece mais senil???
Um grande abraço, fique com Deus, felicidades e parabéns pelo blog. Alexandre Silva dos Reis.

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