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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Chegou o ´Big Brother 9´..... Sim, e daí?...

DEVEMOS CONTINUAR PERDENDO TEMPO NA TV ABERTA?




Quando você ouvir os participantes do Big Brother Brasil se tratando por brother - no caso de espécimes machos - ou sisters - no caso de espécimes fêmeas -, lembre-se: do ponto de vista de origem do termo isso é um engano. O barrigudo que fica na poltrona a assistir o monótono programa está mais para brother do que o sarado na tela. O termo Big Brother - pelo menos na acepção com que se batizou o programa - surgiu pela primeira vez no romance ´1984´, de George Orwell, escritor cujo nome verdadeiro era Eric Arthur Blair. No livro, o Big Brother é o líder - uma entidade quase etérea - de um partido totalitário existente no suposto futuro, em 1984 (o livro é de 1948).

O Big Brother tudo vê e tudo sabe sobre cada habitante através de dispositivos chamados teletelas e através dos cidadãos, incentivados a observar e denunciar atos e idéias que pudessem ser contrários ao regime. Portanto, originalmente big brother é quem observa e não quem é observado. Entendeu por que o tiozinho comendo algum lanche gorduroso e frio na frente da tevê é mais adequado ao termo que o sarado na tela tentando seduzir a próxima página central da Playboy?

Claro, as palavras e os termos mudam de significado à medida que se popularizam. Mas não custa nada saber e registrar as suas origens.

Fonte: Criacionismo, Livros e Afins

NOTA: No processo em curso de imbecilização nacional, o ´Big Brother´ é o máximo. O programa está fazendo tanto sucesso que o seu propósito tornou-se redundante: O que era para ser a causa de parte da alienação nacional tornou-se também consequência. Dietrich Schwnitz escreve em ´Cultura Geral - Tudo o que se deve saber´, que no processo de formação cultural moderno, por causa do fator tempo, a seletividade deve ser uma prioridade. Programas do formato do ´Big Brother´ devem, portanto, ser totalmente evitados pois além de não contribuírem em nada à formação cultural do indivíduo, também não constituem uma forma sadia de entretenimento, haja vista que o tratamento é o mesmo de uma novela (´novelo´): Uma ou mais tramas são "montadas" e desenrolam-se de tal maneira que são-nos transmitidos, sutilmente, os valores de quem idealiza o programa e mensagens diversas sem que a maioria das pessoas presas a tais programações perceba. Não é necessário o estudo de algum sociólogo para entender o porquê do ´Big Brother´ ser um fenômeno de massa (incentivado até pelas emissoras ´periféricas´ à Globo, com seus programas de fofoca diários): A sociedade brasileira cansou de pensar e prefere ´curtir´ um formato que exponha de maneira pseudo-factual os problemas, tramas e dilemas que grande parte da população vive no dia a dia. O ´Big Brother´ é, de fato, um programa emblemático: Ilustra o baixíssimo nível a que chegamos. Será possível descer mais? Enquanto houver espaço para novas formas de alienação, a resposta é sim. Então, aguarde edições 10, 11, 12, etc. do ´Big Brother Brasil´, para o sofrimento geral da nação.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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