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sábado, 31 de janeiro de 2009

Nos 30 anos da Revolução Islâmica, do Irã, líderes querem exportar o ´modelo´ da revolução. O problema é descobrir quem quer

IRÃ TIPO ´EXPORTAÇÃO´



O Irã comemora neste sábado, 31, o primeiro dia de festividades em comemoração ao 30° aniversário da Revolução Islâmica, que levou ao poder o aiatolá Ruhollah Khomeini (foto). Serão, ao todo, dez dias de festas. "A revolução está viva depois de 30 anos", disse o presidente Mahmoud Ahmadinejad em uma cerimônia no mausoléu de Teerã. "Estamos no começo da jornada e grandes mudanças estão no caminho. Apesar da revolução ter acontecido aqui, ela não se limita a nossas fronteiras". Ao lado do presidente, estava o aiatolá Ali Khamenei, sucessor de Khomeini e líder supremo do país, e outros membros do governo e do Exército.

Hoje é o primeiro dia dos chamados "Dez dias do Amanhecer" que celebram a expulsão do xá Reza Pahlavi, apoiado pelos Estados Unidos, e a ascensão do líder religioso. Há três décadas, o aiatolá retornou ao país após 15 anos no exílio e iniciou o processo que culminou com a derrubada do xá e a instalação de um regime teocrático xiita controlado pelos clérigos islâmicos.

Centenas de civis compareceram ao mausoléu para a celebração. Poemas do antigo líder foram lidos ao público e diversos membros do governo discursaram contra a invasão de Israel à Faixa de Gaza. Como acontece em todos os anos, escolas, meios de transporte e repartições públicas tocaram seus sinos e buzinas às 09h33 locais (14h33 de Brasília), horário em que pousou o avião da Airfrance no qual retornava o aiatolá, há 30 anos.

Rumos da revolução

O aniversário da revolução acontece em meio a um aceno diplomático do novo governo de Barack Obama para o regime e ao aprofundamento da crise econômica no país, afetado pelo baixo preço do petróleo. A República Islâmica imposta pelo aiatolá enfrenta uma etapa crucial, dividida entre aqueles que a viveram, apoiaram e sofreram o golpe, e aqueles que cresceram em seu seio, mas só conhecem seu significado pelos relatos de seus pais e avôs.

Jovens estes últimos, com menos de 35 anos, que formam quase 50% da população atual do Irã e têm o deposto Xá de Pérsia, Mohamad Reza Pahlevi, sobretudo, como um personagem distante do passado que pouco tem a ver com seus problemas atuais.

"Sabemos o que significou a revolução e que tipo de gente era o Xá, mas agora existem outros problemas. Devemos olhar para o futuro, precisamos de mudança", diz à Agência Efe uma jovem blogueira que trabalha em um cybercafé da praça de Tajrish, no norte de Teerã, e se identifica apenas como Masoumeh.

Aproximação com os EUA

Ambas as facções conservadoras enfrentam, com distintas posições, o desafio lançado pelo novo presidente americano, Barack Obama, que declarou sua intenção de estabelecer uma nova relação com o Irã, país com o qual os EUA romperam relações diplomáticas em 1980, após partidários da revolução invadirem sua embaixada em Teerã, mantendo 52 reféns por 444 dias.

Alguns clérigos considerados conservadores, mas relativamente moderados, como o ex-presidente Hashemi Rafsanjani, respaldam a aproximação desde que "se respeitem os direitos da nação iraniana" - em relação ao programa nuclear, que os EUA desconfiam que tenha fins militares.

Outros, porém, como o conservador Ahmad Jannati, afirmam que se trata de um erro. Junto a eles, coexistem os setores que rodeiam o presidente laico, mas ultraconservador, Mahmoud Ahmadinejad, cujo gabinete exigiu dos EUA que a mudança seja "real e não uma mera mudança de discurso"

Fonte: Estadão

NOTA: Se o Irã fosse um ´modelo´, depois dos seus 30 anos de Revolução Islâmica, todos estariam querendo ir para lá e seria ovacionado como um modelo, inclusive, para todo o mundo islâmico. Nada disto é fato. Grupos contrários à liberdade ocidental, que inclusive utilizam esta liberdade para cerceá-la, não querem nem saber de irem morar no Irã. Por quê?...

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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