Pesquisar no blog

segunda-feira, 2 de março de 2009

Clínica oferece um ´cardápio´ genético para escolha de bebês

BEBÊS DE PRATELEIRA



Uma clínica dos Estados Unidos iniciou uma polêmica ao oferecer a casais que querem ter filhos a chance de escolher características como cor do cabelo ou dos olhos do bebê. A clínica Fertility Institutes, de Los Angeles, dirigida por um dos pioneiros dos tratamentos de fertilização artificial na década de 70, Jeff Steinberg, espera para 2010 o nascimento do primeiro bebê com características escolhidas pelos pais.

A clínica de Steinberg também oferece a escolha do sexo dos bebês. Especialistas britânicos criticam a clínica americana e afirmam que o serviço vai desviar a atenção das pessoas de como a mesma tecnologia pode proteger crianças de doenças herdadas dos pais. A ciência que envolve as escolhas nos bebês é baseada em uma técnica de laboratório chamada de pré-implantação de diagnóstico genético (PGD, na sigla em inglês).

A técnica envolve a retirada de uma célula de um embrião muito novo, antes que ele seja implantado no ventre da mãe. Os médicos então selecionam um embrião que seja livre de genes indesejáveis - ou, neste caso, um embrião com os traços físicos desejados como cabelo loiro e olhos azuis - para continuar com a gravidez e descartar outros embriões. (...)

Dilema moral

Gillian Lockwood, especialista britânica em fertilidade e integrante do comitê ético do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, questiona se é moralmente correto usar a ciência desta forma. "Se chegarmos ao ponto de decidirmos qual gene ou combinação de genes são responsáveis pelos olhos azuis ou cabelo loiro, o que você vai fazer com todos aqueles outros embriões que são ruivos ou têm olhos verdes?"

A pesquisadora alerta ainda para a possibilidade de "transformar bebês em produtos que as pessoas escolhem em uma prateleira". "Este é inevitavelmente um caminho escorregadio do processo de fertilização, que cria muito mais embriões do que os que podem ser implantados", diz Josephine Quintavalle, fundadora da organização Comment on Reproductive Ethics. "Escolhas sempre serão necessárias", acrescenta. "Você escolhe ter oito bebês ou aqueles que têm o nariz mais bonito?".

Fonte: BBC

NOTA: Parece que chegamos à malfadada era de escolhas de seres humanos e a controvérsias intermináveis e inócuas, na maioria dos casos, desta vertente da bioética. Como se nós brincássemos de Deus agora... Há tempos usamos a teconologia de modo impensável, irresponsável e inconsequente. Ninguém, por exemplo, pensou nas consequências psicológicas possíveis nos futuros seres humanos ao saberem que foram ´fabricados´, ou ´feitos a dedo´. Sentir-se-ão humanos, no sentido social da palavra? Afinal de contas, serão seres humanos, mas (observe) totalmente diferentes dos demais, dadas as circunstâncias de suas concepções. Penso, porém, que estas discussões só acontecerão quando virmos algumas consequências graves de tais irresponsabilidades.

Em Cristo Jesus,

Pr. Artur Eduardo

Nenhum comentário:

Ofertas Exclusivas!!!!