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quarta-feira, 4 de março de 2009

Darwin mais próximo dos católicos romanos

VATICANO PROMOVE UMA SEMANA DE CONFERÊNCIAS RELATIVAS AO 150º ANIVERSÁRIO DE DARWIN


O Vaticano realiza nesta semana uma conferência de cinco dias para marcar o 150º aniversário da publicação do livro A Origem das Espécies, de Charles Darwin, publicado em 1859 e que traça as bases da teoria da evolução.

Esta é uma das duas conferências acadêmicas internacionais que estão sendo patrocinadas pelo Vaticano em 2009. O objetivo das conferências é promover uma nova análise do trabalho de cientistas cujas ideias revolucionárias desafiaram as crenças religiosas, como o astrônomo Galileu Galilei e o biólogo britânico Charles Darwin.

Cientistas, filósofos e teólogos do mundo todo se reúnem na famosa Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma para discutir a compatibilidade da teoria da evolução de Darwin com os ensinamentos católicos. Igrejas cristãs têm sido hostis à teoria de Darwin devido ao fato de ela entrar em conflito com a versão bíblica da criação do mundo.

Mas a Igreja Católica nunca condenou Darwin como condenou e silenciou Galileu Galilei. O papa João Paulo 2º, por exemplo, afirmava que a evolução era "mais do que uma hipótese". Mas, mesmo recentemente, em 2006, o cardeal católico Christoff Schoenborn, de Viena, ex-estudante e amigo do papa Bento 16, gerou polêmica ao afirmar que a teoria da seleção natural de Darwin era incompatível com a fé cristã.

O professor Francisco Ayala, importante estudioso americano da área de biologia, planeja defender na conferência que a chamada teoria do design inteligente, proposta pelos criacionistas, tem falhas. "O design de organismos não é o que se esperaria de um engenheiro inteligente", afirma Ayala. "Defeitos, disfunções, esquisitices, desperdício e crueldade permeiam o mundo."

Fonte: BBC

NOTA: As declarações do profº Ayala ilustram parte do problema no debate Criacionismo x Evolucionismo: Ingerências mal feitas de estudantes de uma área em outra. O design inteligente não deveria ser desconsiderado porque há ´esquisitices´ e ´desperdício´ em processos biológicos. Se se propõe uma discussão teológico-biológica, é importante ressaltar que aspectos da biologia e da teologia têm de ser levados em conta. E quando falamos sobre questões teológicas, vemos que o ´Projetista´ (Deus) amaldiçoa a terra e seus habitantes por causa da desobediência, o que está relatado em Gênesis. Há uma mudança significativa nos processos biológicos, é como entendemos, e isto precisa ser levado em consideração quando a discussão vislumbra a teologia bíblica e o que se sabe atualmente da biologia. O problema é que descarta-se a priori a hipótese do projetista inteligente porque se observam estes mesmos processos com olhares exclusivamente modernos, ou seja, com uma perspectiva que tem uma ligação velada com a filosofia naturalista. Nem mesmo a Bíblia diz que a Criação é perfeita, antes pelo contrário, alude ao fato de que a Criação ´geme´ aguardando sua redenção:
"Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.". Carta de Paulo aos Romanos, 8:22-23.
Esperaríamos, se a Bíblia fosse um compêndio primitivo e ignorante de especulações religiosas sobre Deus e nada mais, que textos como este nunca perfilassem suas páginas. Só seriam acentuados os pontos positivos da Criação ou a ´ordem´ com o que todas as coisas coordenam-se, uma visão, inclusive, simplista e que fora utilizada por vários e eminentes cientistas, ao longo da História. O que significam este ´gemer´ e ´suportar angústias´? Obviamente que refere-se às ´crueldades´ naturais, aos ´desperdícios´, às falhas nos processos biológicos. Isto não descarta a participação do Criador mas, teologicamente, reforça tal idéia. A idéia de enfermidades, fraquezas, doenças e mal-funcionamentos dos órgãos só terão algum valor dentro do raciocínio especulativo humano se forem tidos como breves, como necessários em nosso tempo, como uma forma de conhecermos o mal e o bem. A Biologia nunca responderá a tais questões, principalmente se levarmos em consideração que vários de seus proponentes descartam Deus a priori, e restringem o fenômeno da vida a esta esfera de existência, o que por si só já é um contrasenso, uma vez que a matéria não pode ser eterna. A Biologia depois da Astofísica entrou em um beco sem saída, com explicações muito mais mirabolantes do que qualquer idéia de Deus, tornando0-se assim o que julga combater.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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