Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira que os inspetores da ONU encontraram evidências crescentes de uma atividade nuclear clandestina na Síria, e aliados europeus alegaram que a falta de transparência do país demanda maior controle.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), ligada à ONU, analisa relatórios de inteligência dos EUA que indicam que a Síria quase construiu um reator nuclear, com tecnologia da Coréia do Norte, destinado a produzir plutônio para bomba antes de ser destruído em ataque israelense, em 2007.
No mês passado, a AEIA disse que inspetores encontraram indícios suficientes de urânio nas amostras de solo recolhidas em uma visita, autorizada pela Síria, ao local bombardeado, em junho, que consistem em um achado "significativo", e imagens de satélite feitas antes do bombardeio israelense revelaram um edifício parecido com um reator.
O relatório da AEIA, no entanto, disse que a Síria, citando razões de segurança nacional, ignorou vários pedidos da agência para maior acesso ao local e a documentação para embasar sua declaração de que o alvo de Israel era somente um prédio militar convencional.
"Este relatório contribui para a crescente evidência de uma atividade nuclear clandestina na Síria", disse Gregory Schulte, embaixador dos EUA na AEIA, durante debate dos 35 integrantes do Conselho da entidade, em Viena. "Temos de entender por que tal material (urânio) - material não declarado anteriormente à AEIA - existia na Síria e isso só pode acontecer se a Síria der a cooperação exigida".
Ele disse ser essencial também que a Síria permita que inspetores examinem os escombros retirados do prédio atacado e levados a um local desconhecido logo após o bombardeio de Israel. Estas medidas também se aplicam, disse Schulte, a outras três unidades militares que imagens de satélite mostram ter sido "limpadas" pela Síria - reformando-os e retirando os equipamentos - logo após pedido da AEIA para vistoriá-los.
Na semana passada, Damasco disse que as partículas de urânio não eram "significativas". Disse também que essas partículas vieram de urânio empobrecido usado na munição israelense, contradizendo afirmação da AEIA de que as partículas eram de urânio processado quimicamente não declarado pela Síria.
A Síria sugeriu também que as análises da AEIA eram incorretas e que as imagens de satélite que Washington forneceu à AEIA foram fabricadas. A única unidade nuclear declarada pela Síria é a de um velho reator para pesquisas e não é conhecida sua capacidade de energia nuclear.
Fonte: TerraNOTA: Muitos irão usar o malfadado exemplo do Iraque para questionar quaisquer indícios levantados pelos EUA e/ou pela ONU. Muitos, por sua vez, também irão usar os mesmos exemplos para enriquecerem urânio e agirem às escondidas dos padrões de segurança estabelecidos pela AIEA. É necessário, portanto, um serviço com informações irrefutáveis, provas cabíveis e a conscientização da comunidade internacional do perigo de urânio radioativo nas mãos de extremistas.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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