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sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Karl Marx pouco conhecido da História

LIVRO TRAZ DE VOLTA UM QUESTIONAMENTO ANTIGO: KARL MARX FOI MOVIDO EXCLUSIVAMENTE POR IDEOLOGIA POLÍTICA OU NÃO?



Por Ipojuca Pontes
Adaptado por Artur Eduardo


Quero me vingar daquele que reina lá em cima
Karl Marx

Livro impressionante, a merecer urgente atenção de um bom editor nacional é, sem sombra de dúvida, este “Marx and Satan”, do reverendo Richard Wurmbrand (Living Book Company, Bartlesville, USA, 1986). A edição que leio, a oitava, data de 2002, porém em 2008 o livro já cruzara a 20ª impressão e fora traduzido para o russo, chinês, alemão, romeno, eslovaco, húngaro e albanês – não por acaso línguas de países que constituíam a antiga Cortina de Ferro e materializavam, na prática, as teorias demoníacas de Karl Marx. No histórico, o livro de Wurmbrand começou como uma pequena brochura que continha algumas anotações sobre as possíveis ligações entre Marx e a igreja satânica. Posteriormente o autor, durante 14 anos prisioneiro nos campos de concentrações da Romênia comunista, levantou uma quantidade enorme de documentos e correspondências e aprofundou pesquisa biográfica minuciosa em torno do “filódoxo” alemão, mormente no período em que este freqüentou a Universidade de Berlim, sem deixar de lado, no entanto, a temporada em que viveu na próspera cidade de Colônia (1842), onde trabalhou como co-editor da “Gazeta Renana” – fase em que Marx, negando Deus, “tornou-se um adorador de Satã e partícipe ativo e regular de práticas e hábitos ocultistas”.

De fato, nesta época, conforme registra Wurmbrand com riqueza de detalhes, Marx mudou inteiramente de conduta. Longe da casa paterna, ao repudiar Cristo ele tornou-se um beberrão violento. (Habitualmente, quando embriagado, para não pagar os credores, partia para a briga – sendo autuado, certa feita, por porte de arma). Então, na qualidade de co-presidente do “Clube Tabernário”, que tinha como associados um bando de estudantes porristas, Marx organizava rituais de magia negra, professando a idéia de “chutar Deus do Reino Celestial”. Por qualquer razão, ou sem razão nenhuma, voltava-se para o alto e proclamava, em ira incontida: “Eu o destruirei! Eu o destruirei!”.

O próprio pai de Marx, Heinrich (um advogado judeu convertido ao cristianismo luterano), na ocasião, ao saber que o filho tinha “colocado novos deuses em lugar dos antigos santos” (confissão de Marx), tentou chamar sua atenção, por carta, lamentando o estranho comportamento do jovem radical: “O teu progresso, a querida esperança de ver teu nome algum dia ter grande reputação, e tua riqueza terrena não são os únicos desejos de meu coração. Essas são ilusões que tive há muito tempo, mas posso assegurar-te que a realização delas não me teria feito feliz. Apenas se teu coração permanecer puro e bater humanamente e se nenhum demônio for capaz de desviar teu coração de sentimentos melhores, apenas assim serei feliz”. Ao lamento da carta paterna, Marx deu o calado como resposta, cortando a correspondência com o pai, salvo no caso de bilhetes curtos para pedir crescentes somas em dinheiro para saldar dívidas provenientes dos porres homéricos e gastos com os rituais ocultistas.

Na mesma época, Marx ficou obcecado pela leitura do “Fausto”, a peça teatral de Goethe em que o personagem central faz um pacto com a figura de Mefistófeles, o “diabo em pessoa”. Num impulso, o futuro “Doutor do Terror Vermelho”, para tornar público a sua nova crença, escreve um drama intitulado “Ulanem” - anagrama de Emanuel, nome bíblico de Cristo -, tempos depois encenado e representado pelo próprio autor. No texto, medíocre, mas considerado de natureza confessional, Marx revela o objetivo que marcará todos os atos de sua atribulada existência, qual seja, “a idéia de expulsar o Criador de sua morada e, ele próprio, Karl Marx, substituí-lo”. No último ato de “Ulanem”, em tom apocalíptico, assim se exprime o imperioso cultor de Satã: “Os vapores do inferno enchem o cérebro, até que fico louco e meu coração muda muito. Vês esta espada? O Príncipe das Trevas ma vendeu. Para mim, ele marca o compasso e ordena os sinais. Cada vez mais atrevido, eu danço a dança da morte. E só então poderei caminhar triunfante, como um Deus, através das ruínas do seu Reino”.

Dado curioso, a mudança de Marx não se deu apenas no plano espiritual. Segundo anota Karl Heinzen, jornalista que trabalhou com ele naGazeta Renana”, a transformação se manifestou, também, no aspecto seu físico. “De jovem esbelto, ele se transformou num tipo atarracado, de lábio inferior incomumente grosso e de tez amarelo-sujo, acentuada pelos cabelos negros e espessos que pareciam brotar-lhe de quase todos os poros da face, dos braços, da orelha e do nariz. Cabeludo, com sua juba negra retinta e olhos enlouquecidos por um espírito de fogo perverso, Marx era a imagem de Lúcifer, o anjo decaído”. O mesmo Heinzen relata que, certa noite, depois de um porre, querendo parodiar Mefistófeles numa cena do “Fausto”, Marx “Aproximou-se e deu a entender que eu estava sob seu poder. Com malícia de pretendido demônio, começou a me agredir com ameaças e tapas. Adverti-o a sério que o trataria do mesmo modo. Como nada adiantasse, derrubei-o com um sopapo num canto da sala. ‘Há um prisioneiro lá dentro...’ caçoou ele, numa imitação precária de Mefistófeles”.

Mais tarde, consolidada a personalidade demoníaca, Marx observa, em correspondência para Engels (segundo Franz Mehring, em “Marx – Story of His Life”): “A abolição da religião como uma felicidade ilusória dos homens é um requisito para a verdadeira alegria deles. O chamado para o abandono de suas ilusões acerca de suas condições é um chamado para abandonar uma condição que requer ilusões. A crítica da religião é, portanto, a crítica deste vale de lágrimas de que a religião é o halo”.

Marx se deu mal na sua pretensão de abolir a religião sobre a face da terra. A crença na existência de uma força transcendente, considerada como criadora do Universo, nunca esteve tão presente na vida da humanidade - em que pese a ingerência do “neodarwinismo” e a “singularidade” de teorias impossíveis de comprovar como a do Big Bang. O cristianismo, por sua vez, infenso a fricção da excomungada “Teologia da libertação”, nitidamente anticristã, cada vez mais se propaga em número de fiéis, a fortalecer a crença no Cristo filho de Deus. Quando à Marx, reconheça-se, o seu espírito maligno permanece atuante como o do próprio Satã, de resto –, a iludir facções de deserdados que, sob seus vapores, alargam as dores do mundo.

Fonte: Mídia sem Máscara

NOTA: Antes que os mais exacerbados defensores do autor de ´O Capital´se queixem de alguma intriga da oposição burguesa, gostaria de chamar-lhe a atenção para algo inegável, caro leitor. Bem, não posso corroborar as afirmações de Wurmbrand, mas posso assegurar que a Europa do século XIX estava imersa em idéias ocultistas estranhas, principalmente a eferverscente Alemanha. A corrente ideológica que afirma que uma das bases doutrinárias do Nazismo já estava presente na Alemanha, e em outros países europeus, já em meados do século XIX, não está equivocada. Um sem número de documentos recentes, dados revisitados por inúmeros historiadores têm revelado que à época da concretude dos preceitos iluministas nas ciências (inclusive, as biológicas) foi marcada pela ascenção da Teosofia e de ramificações esotéricas que pululavam por toda a Europa. Algo do que digo pode ser visto em artigos que já publiquei aqui, no blog, como "Uma história do oculto, não trivial, da qual pouquíssimos sabem", "Como, comprovadamente, médiuns, esotéricos e adeptos da Tesofia ajudaram Hitler na sua ascensão ao poder" e o excelente documentário "A Conspiração Oculta Nazista", exibido no History Channel. A questão aqui não é o Nazismo em si, mas as raízes ocultistas que permitiram sua guinada ao poder. Marx cresceu e morreu neste contexto e há documentos demais que apontam ao menos uma ligação sua com ideias ocultistas para serem considerados irrelevantes historicamente. Não duvido de que Marx foi absorvido por algumas destas ideias ao ponto de, ao menos em algumas, encontrar metáforas que alijassem suas idéias dando-lhe a forma que queria para a sua propagação. Assim, Deus seria uma criação de monarcas, perpetuada pela burguesia dominante, para o controle das massas. O sentimento de indulgência desta forma de controle, que lhe era tão peculiar, fez-lhe voltar-se para tudo o que se opunha ao sistema, assim Jesus Cristo vira uma espécie de ´inimigo´, que precisa ser destronado. Observe-se também, repito, que em toda a Europa tais ideais surgiam concomitantemente a movimentos revolucionários, insurgentes e que, inevitavelmente recorreram à violência como forma de controle absoluto. Isto está presente hoje. Adormecido, mas presente.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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