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quinta-feira, 16 de julho de 2009

A sombra da Rússia

GRUPO DE EX-LÍDERES EUROPEUS ESCREVE PARA OBAMA ALERTANDO SOBRE A RÚSSIA

Um grupo de 22 ex-líderes europeus publicou nesta quinta-feira uma carta aberta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mostrando ansiedade com aproximação entre Estados Unidos e Rússia e pedindo para que o presidente americano reafirme seu engajamento com o continente. O grupo inclui ex-chefes de Estado do leste e centro da Europa como o polonês Lech Walesa e o checo Vaclav Havel. Eles pediram para que Obama não abandone os planos de construção de um escudo antimísseis, planejado para a Polônia e República Checa, dizendo que ainda se sentem ameaçados pela Rússia, cerca de 20 anos depois do fim da Guerra Fria. "Abandonar totalmente o programa ou envolver demais a Rússia (nessa iniciativa) sem consultar a Polônia ou a República Checa pode prejudicar a credibilidade dos Estados Unidos na região" disse a carta. No ano passado, o governo do presidente americano George W. Bush firmou acordos para a construção das bases para o escudo de interceptação de mísseis na Polônia e República Checa, mas a Rússia expressou forte oposição aos planos.

Otan
A carta foi publicada após a visita de Obama à Rússia, onde o presidente americano procurou melhorar as tensas relações entre os dois países. "Nossas esperanças de que as relações com a Rússia iriam melhorar e que Moscou iria finalmente aceitar plenamente nossa independência e soberanias totais depois que ingressamos na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a União Europeia não se cumpriram", diz a carta. "Ao contrário, a Rússia volta como uma potência revisionista perseguindo uma agenda do século 19 com táticas do século 21". Como exemplo de como a Rússia supostamente procura impor seus interesses, eles citam a pressão econômica de Moscou, como os recentes cortes no fornecimento de gás à Ucrânia e outros países europeus.

O documento pede para que Obama trabalhe em conjunto com a União Europeia para tentar diminuir a dominância energética russa. O grupo pede também pelo fortalecimento da Otan, organização que dizem estar muito mais enfraquecida do que quando eles a ingressaram. As relações entre a Otan e a Rússia foram restabelecidas em março depois de terem sido suspensas por causa da invasão russa da Geórgia em 2008.

Fonte: Estadão

NOTA: É preocupante! Quando intelectuais, jornalistas, analistas internacionais daqui do Ocidente falam sobre que aspectos envolvem realmente a ascenção de uma nova hegemonia russa, são prontamente ridicularizados, criticados e, por fim, ignorados. O socialismo não morreu, como bem expressam esses ex-líderes europeus. As social-democracias europeias estão fenecendo, dada a sua incompetência e corrupção. Com isso, abre-se as portas para a ultradireita, outra praga que ronda a Europa desde o século XIX. Não quero ser um pessimista ou profeta do caos, mas penso que uma guerra mundial é inevitável, haja vista a mentalidade de "potências hegemônicas" que teimamos em nutrir, aliada à total incapacidade de órgãos internacionais representativos de se interporem com equidade e justiça perante questões globais. Oremos por essas questões.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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