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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Psiquiatria e ética

VOCÊ CONHECE O TRANSTORNO DE CONDUTA?

A característica essencial do Transtorno da Conduta é um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos básicos dos outros ou normas ou regras sociais importantes apropriadas à idade. Esses comportamentos caem em quatro agrupamentos principais: conduta agressiva que causa ou ameaça danos físicos a outras pessoas ou a animais, conduta não-agressiva que causa perdas ou danos a propriedades, defraudação ou furto e sérias violações de regras. Três (ou mais) comportamentos característicos devem ter estado presentes durante os últimos 12 meses, com presença de pelo menos um desses nos últimos 6 meses.

A perturbação do comportamento causa prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional. O Transtorno da Conduta pode ser diagnosticado em indivíduos com mais de 18 anos, mas apenas se os critérios para Transtorno da Personalidade Anti-Social não são satisfeitos. O padrão de comportamento em geral está presente em uma variedade de contextos, tais como em casa, na escola ou comunidade. Uma vez que os indivíduos com Transtorno da Conduta tendem a minimizar seus problemas de conduta, o clínico com freqüência precisa recorrer a informantes adicionais. Entretanto, o conhecimento do informante sobre os problemas de conduta da criança pode ser limitado por supervisão inadequada ou pelo fato de a criança não tê-los revelado.

As crianças ou adolescentes com este transtorno freqüentemente iniciam o comportamento agressivo e reagem agressivamente aos outros. Elas podem exibir um comportamento de provocação, ameaça ou intimidação; iniciar lutas corporais freqüentes; usar uma arma que possa causar sério dano físico (por ex., um bastão, tijolo, garrafa quebrada, faca ou arma de fogo); ser fisicamente cruéis com pessoas ou animais ; roubar em confronto com a vítima (por ex., "bater carteira", arrancar bolsas, extorquir ou assaltar à mão armada); ou forçar alguém a manter atividade sexual consigo. A violência física pode assumir a forma de estupro, agressão ou, em casos raros, homicídio.

A destruição deliberada da propriedade alheia é um aspecto característico deste transtorno, podendo incluir a provocação deliberada de incêndios com a intenção de causar sérios danos ou destruição deliberada da propriedade alheia de outras maneiras (por ex., quebrar vidros de automóveis, praticar vandalismo na escola). A defraudação ou furto é comum, podendo incluir a invasão de casa, prédio ou automóvel alheios; mentir ou romper promessas com freqüência para obter bens ou favores ou para evitar débitos ou obrigações (por ex., ludibriar outras pessoas); ou furtar objetos de valor sem confronto com a vítima (por ex., furtar em lojas, falsificar documentos).


Caracteristicamente, os indivíduos com este transtorno também cometem sérias violações de regras (por ex., escolares, parentais). As crianças com o transtorno freqüentemente apresentam um padrão, iniciando-se antes dos 13 anos, de permanência fora de casa até tarde da noite, apesar de proibições dos pais. Pode haver um padrão de fugas de casa durante a noite.

Para ser considerada um sintoma de Transtorno da Conduta, a fuga deve ter ocorrido pelo menos duas vezes (ou apenas uma vez, sem o retorno do indivíduo por um extenso período). Os episódios de fuga que ocorrem como conseqüência direta de abuso físico ou sexual não se qualificam tipicamente para este critério. As crianças com este transtorno podem, com freqüência, faltar à escola sem justificativa, iniciando-se este comportamento antes dos 13 anos. Em indivíduos mais velhos, isso se manifesta por constantes ausências do emprego, sem uma boa razão.

Perfil sociopata
As pessoas com TC (...) podem ter uma sensibilidade grosseira para as questões sentimentais e emocionais (dos outros) e não possuem sentimentos próprios e apropriados de culpa, ética, moral ou remorso. Entretanto, como essas pessoas são extremamente manipuladoras e aprendem que a expressão de culpa pode reduzir ou evitar punições, não titubeiam em demonstrarem remorso sempre que isso resultar em benefício próprio. Por outro lado, costumam delatar facilmente seus companheiros e tentar culpar outras pessoas por seus atos. Uma característica marcante nesse quadro é a baixíssima tolerância à frustração, irritabilidade, acessos de raiva e imprudência quando contrariados. O Transtorno de Conduta está freqüentemente associado com um início precoce de comportamento sexual, consumo de álcool, uso de substâncias ilícitas e atos imprudentes e arriscados.

Os comportamentos do Transtorno de Conduta podem levar à suspensão ou expulsão da escola, problemas de ajustamento no trabalho, dificuldades legais, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez não planejada e ferimentos por acidentes ou lutas corporais. Os sintomas do transtorno variam com a idade, à medida que o indivíduo desenvolve maior força física, capacidades cognitivas e maturidade sexual. Comportamentos menos severos (por ex., mentir, furtar em lojas, entrar em lutas corporais) tendem a emergir primeiro, enquanto outros (por ex., roubo, estupro...) tendem a manifestar-se mais tarde. Entretanto, existem amplas diferenças entre os indivíduos, sendo que alguns se envolvem em comportamentos mais prejudiciais em uma idade mais precoce.

Fonte: PsiqWeb


NOTA: Muitos cristãos precisam aprender a lidar com as questões da mente, sem excetuar, obviamente, o fator espiritual. As relações entre a psiquê humana e a espiritualidade são mais extensas e intricadas do que se pensa, e, quaisquer formas de minimalismos - psicológico, psiquiátrico ou religioso - devem ser evitados. Também é importante não se isentar a patologia psicológica do que a possui. Em muitos casos, tende-se a ver os indivíduos que possuem esses transtornos apenas como "vítimas", quando tais classificações são muito, muito mais complexas. O histórico familiar é, penso eu, fundamental para, pelo menos, a acentuação ou atenuação do problema. Com a família completamente destruída, como nos nossos dias, não é de admirar que vemos um aumento exorbitante destas patologias psiquiátricas.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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