Há algum tempo, o escritor ateu Richard Dawkins apresentou um documentário sobre, segundo ele, as ligações fundamentais da crença em Deus e de praticamente todas as desgraças que ocorrem hoje, na sociedade. Muito criticado por seu documentário, The Root of All Evil? (A Raíz de Todo o Mal?) e pelo livro The God Delusion (Deus, Um Delírio), Dawkins decidiu - juntamente com sua equipe de produção -, divulgar todas as entrevistas que fizera, com as mais diferentes personalidades, na ocasião da realização do polêmico documentários. O resultado são algumas conversas sem cortes com pessoas que se contrapunham ou se coadunavam com o pensamento de Dawkins. Uma daquelas é Alister McGrath, catedrático de Oxford, assim como Dawkins. Alister é considerado um dos mais proeminentes apologetas da atualidade, além de um escritor e conferencista famoso. Hábil na arte da argumentação, McGrath conseguiu manter um debate de altíssimo nível com Dawkins, apesar deste ser conhecido por ser sarcástico, contundente e desagradável, quando fala com pessoas que discordam de seu ponto de vista. Mantendo o nível do debate no campo das ideias, McGrath reconhece os limites epistemológicos do teísmo, bem como do antiteísmo. Dawkins (como o documentário era seu) tenta pegar "as rédeas" de entrevistador/questionador, mas é (observe bem) sempre corretamente replicado por McGrath. Para você que gosta do assunto, do debate, sendo entusiasta de McGrath ou de Dawkins, esta é uma ótima oportunidade de conhecer melhor o pensamento de um dos maiores ícones do chamedo neoateísmo, e um dos maiores apologetas cristãos da contemporaneidade
OBS.: Acima de tudo, somos defensores daquilo que entendemos serem uma verdade básica e um direito básico: A verdade do Cristianismo bíblico, inelutavelmente a forma máxima da revelação de Deus ao homem, expressa na investigada, instigante, criticada e (sempre) confirmada Bíblia! O segundo, o direito básico em que acreditamos, é o acesso à informação. Observe, prezado leitor, que estamos colocando um debate oriundo de um documentário que foi escrito, dirigido e apresentado por Richard Dawkins. Seus maiores entusiastas sugerem que ele "ganhou" o debate, enquanto outros discordam veementemente. A questão, aqui, é o sagrado direito que todos temos do acesso à informação e, como seres humanos conscientes, de decidirmos como nos posicionar intelectualmente. Isto é impossível sem as devidas condições; e uma delas, anterior à qualquer espécie de reflexão conclusiva, é observarmos as posições contrárias, a tese e a antítese e, daí, formularmos nossa própria síntese. Contudo, devemos ser conscientes de que nossas conclusões devem ser baseadas nas evidências, inclusive nas argumentativas. Não é por achismos, recursos ad hoc, confusões de se tomar a parte pelo todo, esdrúxulas comparações e usando-se do conhecido recurso de falarmos do que é insolúvel como arma contra a posição contrária, como se nós mesmos soubéssemos do que estamos falando (o que, concernente a muitas hipóteses e mistérios cosmológicos e teleológicos) que pensemos estar do lado dos que estão com a razão! Analise e, de posse das evidências, formule suas próprias conclusões.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
OBS2: Permita-me, prezado leitor, fazer mais uma observação. Em praticamente todos os argumentos de Dawkins, através dos quais ele revela seu repúdio à fé, ele não fala da do aspecto da fé em si, observe, mas de algumas manifestações de fé. É claro que ele considera isso inerente à fé, mas o que ele trata como sendo "evidências" de seu argumento (os homens-bomba islâmicos, por exemplo) não dizem respeito à fé, em si, e muito menos a Deus... no máximo, a uma má compreensão de Deus, o que, em última análise, não invalidaria o conceito de Deus. Uma coisa nada tem a ver com a outra, e este, para mim, é um dos principais problemas dos chamados neoateístas.
"O perverso, na sua soberba, não investiga. ´Não há Deus´ são todas as suas cogitações". Livro dos Salmos, 10:4.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Um comentário:
Videos de profundo valor apologético. As palavras de Dawkins tem um questionamento que deve ser respondido de maneira inteligente, como pudemos ver neste debate. Parabens pelo post
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