Terminou em tumulto e pancadaria o lançamento do livro "Honoráveis Bandidos - Um retrato do Brasil na era Sarney", na sede do Sindicato dos Bancários, em São Luís (MA), na noite de última quarta-feira. A noite de autógrafos de Palmério Dória foi marcada para ocorrer na sede do sindicato, porque as livrarias do Maranhão se recusaram a lançar a obra, como antecipou a Livraria da Folha, no mês passado. Segundo o sindicato, estudantes ligados à família Sarney jogaram ovos e uma torta na direção de Dória, em protesto contra o livro. Houve também uma discussão entre os participantes do evento e os manifestantes. Em nota, o Sindicato dos Bancários do Maranhão condenou a violência.
"Os atos de vandalismo provocado por 10 a 15 baderneiros, quando da ocasião de lançamento do livro 'Honoráveis Bandidos' do jornalista Palmério Dória, nessa quarta-feira(04/11) em nossa sede, relembra os tristes fatos históricos das décadas de 50 e 60 em nosso Estado, que acreditávamos sucumbidos. Naquela época, prevalecia no Maranhão a lei da força bruta, da intolerância, em que as diferenças eram resolvidas pela pancadaria", citou a nota.
O sindicato informou que, durante a pancadaria, o patrimônio da entidade foi prejudicado:
"A categoria bancária se sente violentada por ter itens de seu patrimônio, conquistado com a contribuição sindical de anos e de gerações de trabalhadores, destruído, quebrado (porta principal, cadeiras, quadro). O valor financeiro de uma nova porta para a entrada da sede de nossa entidade não nos entristece mais do que ver a instituição Sindicato dos Bancários do Maranhão, espaço democrático de tantas categorias, desrespeitada de forma desmedida pelos baderneiros".
Os diretores do sindicato disseram ainda esperar que a polícia apure e puna "exemplarmente os vândalos, que agem em interesse próprio ou de terceiros, de forma que não se sintam estimulados a usar a violência, fruto da intolerância e da antidemocracia".
Imagens do quebra-quebra no lançamento de "Honoráveis Bandidos", na sede do Sindicato dos Bancários, em São Luis (MA).
Intimidade sexual
Além de detalhar todos os escândalos envolvendo o clã do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o livro, que está entre os mais vendidos no país, dedica um capítulo (nº 8, "O lado feminino") só para falar sobre as intimidades da família e de seu patriarca. Na página 91, Dória escreve: "Sarney achou que seus sonhos poderiam concretizar-se em Nova York - o senador delirava só em pensar na realização de seu fetiche sexual: lambidas em seu hálux, ou, na linguagem popular, o dedão do pé. E rumou esperançoso para a capital do mundo ocidental, entre os convidados da Globo para a entrega de um daqueles prêmios internacionais, em tempos de boca-livre total."
"Não vi, não li, não me interessa", disse Sarney à Livraria da Folha sobre "Honoráveis Bandidos".
Fonte: Folha On-lineNOTA: Ouça o podcast do autor sobre o conteúdo de "Honoráveis Bandidos" na coluna ao lado. Já tido como um sucesso de vendas aqui, no Brasil, o livro promete ainda dar muito o que falar! Em meio a toda a revolta (e não sem motivo), ao sentimento de nulidade frente às constantes patacoadas de nossos governantes, não podemos esquecer de que temos de orar, como cristãos comprometidos com o próximo, por nossos governantes e pelo futuro de nossa nação. O Brasil há muito tempo chegou no limite do suportável em termos de falcatruas e corrupção. É necessária uma mudança urgente e pessoas que tenham o mínimo de comprometimento com o bem do país. Sinto que tal coisa só seja realmente possível mediante um comprometimento prévio com Deus e um conhecimento profundo das benécies de se desenvolver um relacionamento com Ele. Nada é garantido em uma nação que não tem a Deus como Senhor, ou seja, quando os homens são os senhores de si mesmos. Nossas muitas falhas e sentimentos perniciosos (pecaminosos) nos impedem de estabelecermos o padrão de moral e equidade que idealizamos. Somente com a perspectiva cristã (e, efetimente cristocêntrica) podemos provocar uma mudança real em nossa sociedade. Com perspectiva cristocêntrica refiro-me à cosmovisão cristã, tão desmedidamente combatida e tão necessária, na atualidade.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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