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domingo, 13 de dezembro de 2009

Decadência tailandesa

REPÓRTER REVELA A SORDIDEZ E A DIMENSÃO DO COMÉRCIO SEXUAL NA TAILÂNDIA, UMA "INDÚSTRIA" QUE GERA MAIS DE 27 BILHÕES DE DÓLARES ANUAIS

Um corredor estreito de paredes azulejadas, um lance curto de escadas ocupado parcialmente por uma oferenda budista, e uma porta se abre. Em meio à penumbra recortada por faixas de néon colorido, uma mulher na casa dos 50 e jeito de dona de casa recebe o potencial cliente com uma calculadora na mão. É ele, o pequeno aparelho de números gastos, que traduzirá a negociação prestes a começar. Estamos no andar superior de um pequeno sobrado de Patpong, principal área de prostituição de Bancoc. A capital da Tailândia, conhecida por seus templos, budas gigantes e exuberantes palácios, também atrai milhares de pessoas todos os anos pela fama, em todo o mundo, de capital do turismo sexual(...).

Apressadas por frases curtas disparadas pela recepcionista, sete meninas saídas de um cômodo interno atravessam uma cortina e se aninham nos dois andares de uma pequena arquibancada acarpetada. Aparentam 20, 22 anos no máximo. A mistura de perfumes rapidamente se confunde com o cheiro de álcool gel que dominava o ambiente, lembrete da gripe suína. Com seu inglês escasso e alguma pantomima, a recepcionista explica os serviços e usa a calculadora para informar os preços: 2.000 bahts o período "curto" (três horas, R$ 112) e 3.000 o "longo" (a noite inteira, R$ 170).

Impaciente com a demora na escolha, ela chama uma das meninas para uma avaliação mais de perto. A número oito se levanta, dá cinco passos até o sofá em semicírculo, junta as palmas das mãos na tradicional saudação budista e senta-se colada no interessado. Veste um microvestido vermelho e se esforça para manter um olhar sexy, mas o ar é juvenil. O cliente, homem de poucas palavras e cerca de 60 anos, de algum país árabe, pergunta a idade da moça. A resposta, mais uma vez, é digitada na calculadora: 17. Negócio fechado.

Com variações de preço e tratamento, esse é o método mais comum do mercado sexual da Tailândia. Bancoc é o maior centro, mas a prostituição também é intensa em outras partes do país, sobretudo em suas ilhas paradisíacas. Na capital, além de Patpong, duas outras áreas concentram o turismo, Nana e Soi Cowboy, com bares, saunas, karaokês e casas de massagem exclusivamente usados por estrangeiros.

Comércio e sobrevivência

Embora ilegal, a prostituição na Tailândia gera renda de até US$ 27 bilhões [R$ 48 bilhões] por ano, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), e é apadrinhada por algumas das personalidades mais poderosas do país. Grandes empresários com boas ligações no poder controlam bares, boates e casas de massagem repletas de jovens -- a maioria forçada pela pobreza a deixar o norte rural para ganhar a vida em Bancoc. O dinheiro que recebem dos estrangeiros em troca de sexo sustenta milhares de famílias. A OIT estima que as remessas cheguem a US$ 300 milhões por ano, um volume que muitas vezes supera os programas de assistência oficiais.

Fonte: Folha On-line

NOTA: E é um país com religiosidade "rígida", geralmente avesso ao Cristianismo e que, como se vê, deteriora-se a passos largos. O Ocidente? É o melhor "cliente"!...

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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