Segundo os legistas, a garota teria sido enterrada viva e consciente, porque a autópsia apontou que não houve sinais de violência ou envenenamento, mas achou uma grande quantia de terra em seu estômago e em seus pulmões. Uma denúncia anônima ajudou a localizar o corpo, possivelmente um membro arrependido da família ou um vizinho. O pai e o avô da vítima estão presos preventivamente à espera de julgamento, ambos são acusados pelo assassinato. Conforme a imprensa turca, o pai disse que família se sentia "infeliz" pelo fato da menina ter amigos homens, o que indica um novo caso de crime de honra.
Crimes deste tipo normalmente ocorrem em regiões atrasadas da Turquia e em bairros pobres das grandes cidades, quando o conselho familiar decide que um membro do clã violou as normas tradicionais da "honra". Nestes casos, se incita as crianças da família a cometerem o assassinato já que as penas de prisão para estes são menores. Pelos cálculos de diversas ONGs ocorrem em torno de 300 crimes de honra por ano na Turquia.
Fonte: G1
NOTA: O que faltou à reportagem foi dizer que tal prática é comum em localidades imersas nas tradições mais radicais do islamismo. Sim, não é uma "exclusividade turca", não! Em regiões díspares, como Arábia Saudita, Argélia, Marrocos, Líbia, Qatar, etc., há casos (alguns notórios) de uma extrema perversidade contra as mulheres, com seções de apedrejamento público (inclusive de meninas-esposas) e o enterro de pessoas vivas. Esse, prezado leitor, é o desdobramento natural do terror extremista que começa com tentativas aparentemente despretensiosas de se implantar o islamismo como regente de todos os aspectos civis - como na sharia -, o que geralmente culmina com a completa supressão da liberdade de expressão e, mais radicalmente, com manifestações grotescas de "justiça" e "honra", como as que estão sendo denunciadas na Turquia.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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