No último domingo, houve uma gigantesca manifestação em Jerusalém, em prol de se fazer um plebiscito no país, a favor ou contra a saída dos judeus dos vilarejos de Gaza, Judéia e Samária. Havia aproximadamente 150 mil pessoas na manifestação. Vou fazer alguns comentários do que se diz na mídia e comparar a criação do Estado Judaico com a eventual criação do Estado Palestino.
Sobre a Mídia
a) Ocupação: se os territórios de Gaza, Judéia e Samária pertencem aos árabes palestinos de fato, por que NUNCA, durante 20 anos, se falou em "ocupação" quando o Egito e Jordânia controlavam estes territórios ? Outra pergunta, por que o Estado Palestino não foi criado nesta época? Afinal, com certeza entre eles (árabes) poderiam se entender melhor.
b) "O muro é como o apartheid da Africa do Sul": mais uma ignorância que lemos e escutamos na mídia. O apartheid na África do Sul tratou de separar, preste bem atenção, cidadãos sul-africanos negros dos cidadãos sul-africanos brancos. O muro (5%) e a cerca (95%) vão fazer nada mais nada menos do que dividir Israel e um futuro Estado Palestino. Para um governo (Likud) que jamais cogitou sobre um Estado Palestino, aceitar a viabilidade dele determinando as fronteiras com uma barreira física, é uma excelente oportunidade para que os árabes palestinos criem o seu Estado.
Se os países árabes tivessem feito isso, determinado as fronteiras do Estado Judeu, colocando limites físicos e reconhecido o Estado, em 48, os judeus iriam dar pulos de alegria, fora que teria nos poupado muitas vidas nas guerras de 48, 67 e 73. Guerras estas iniciadas pelos países árabes por não reconhecer o Estado Judeu.
Criação de um Estado Palestino?
a) Israel aceitou a partilha da ONU da maneira como foi definida , pois tudo que os judeus queriam na época era ter uma nação. Apesar de a partilha estar muito longe dos desejos deles, e da ONU decretar que a cidade mais importante para o povo judeu seria uma cidade internacional - apesar de obviamente não fazer isso com o Vaticano, nem com Meca - os judeus aceitaram mesmo assim que Israel fosse criado conforme estabelecido. O resultado todos sabem, graças à vitória de Israel na guerra de 48, o Estado se expandiu. Não fosse os árabes terem começado a guerra de 67 também, ainda estaríamos hoje vivendo no país Israel sem o que de mais importante para o povo judeu e para o judaísmo existe aqui: o Muro das Lamentações (Kotel). Aliás, os árabes palestinos são livres para rezarem na Mesquita de Omar, ao passo que aos judeus nem lhes era permitido entrar na cidade velha de Jerusalém, quanto mais no Kotel.
b) Vamos examinar a exigência dos árabes palestinos: querem Jerusalém como capital e disso não abrem mão. Ora, por que não construir um estado com colégios, hospitais, universidades, áreas industriais, e deixar para decidir a capital depois como fez Israel? Acaso isso é primordial para a construção do país? É obvio que não. Se Jerusalém é tão importante assim para os muçulmanos, por que o Estado Muçulmano da Jordânia não fez de Jerusalém sua capital em 48?
Interessante, a mídia insiste em mencionar Jerusalém como a terceira cidade mais importante do islamismo, mas por que também não menciona Hebron como a segunda mais importante do judaísmo?
c) Israel, ao declarar sua independência, automaticamente deu cidadania aos árabes que aqui moravam. Estes hoje concorrem no mercado de trabalho com israelenses, competem por vagas nas universidades israelenses e participam da vida cotidiana como qualquer judeu israelense. Agora, vamos ver o que os judeus que moram em Gaza, Judéia e Samária fazem para alterar a vida dos árabes palestinos que moram lá:
- Eles estudam lá? Não.
- Eles trabalham lá? Não.
- Eles impedem que os árabes palestinos possam viajar de um lugar a outro? Não.
Ou seja, os judeus que moram lá não afetam a vida dos árabes palestinos de modo algum, seja do ponto de vista social, econômico, religioso, etc.
Em outras palavras, Israel, o único país judaico do mundo, pode sem problema nenhum ter 1/6 da sua população de árabes com os mesmos direitos dos judeus, mas porque os judeus não podem ser 1/15 da população de Gaza, Judéia e Samária onde não havia ninguém e nem sequer teriam cidadania palestina no surgimento de um Estado ???
d) Todo terrorismo usa como justificativa a suposta "ocupação". Ora, houve dezenas de atentados contra Israel entre 48 e 67, quando Israel não tinha controle sobre Gaza, Judéia, Samária e a cidade velha de Jerusalém. Logo, não serve de argumento.
e) O mundo é pródigo em condenar o Estado de Israel, cujo tamanho é menor que Sergipe. Porém, imaginem só se fosse ao contrário, 22 países judaicos ao redor de um único pais árabe! Como diria um grande amigo meu, "sem comentários".
Resumindo, pela liderança palestina, o secundário é mais importante que o principal ou o bolo não pode ser feito sem a cereja, e qualquer coisa serve de justificativa para que a criação do Estado Palestino seja postergado e para que o terror continue. Quando Barak ofereceu tudo e mais um pouco a Arafat (I"S), mais do que deixar os israelenses em estado de choque, deixou Arafat(I"S) perplexo, que não tinha mais o que reinvindicar, tendo o mesmo que sacar da manga a ridícula exigência do retorno dos refugiados, árabes palestinos que fugiram de Israel em 48 na esperança de que após a vitória árabe pudessem voltar às suas casas.
O que a imprensa cinzenta não mostra: terroristas do Hamas lançando, a partir de uma escola, mísseis contra Israel - o dilema fica claro: se Israel responder, dirão que as forças israelenses atingiram uma "área civil"; se não, então inocentes morrerão em Israel. Em outra ocasião, mísseis vindos de Gaza são lançados em pleno "cessar-fogo" entre israelenses e palestinos. O exército de Israel, então, inevitavelmente revida. Você pode continuar achando o que quiser, prezado internauta. Pode acreditar na mídia "anti-imperialista" social democrata que varre o Ocidente, ou se ater aos fatos. Mas, peço-lhe, não julgue o que quer que seja que vá contra os fatos e, portanto, contra a própria consciência. Grifo nosso.
Prova? Os milhares de árabes que obtiveram cidadania israelense após a criação do Estado. Se Israel não os quisesse, teria os expulsado antes ou depois da guerra, o que nunca fez.
Israel aceitou começar a construção do seu Estado:
- Sem países para delimitar suas fronteiras, ao contrário, com sete querendo a sua destruição;
- Sem ajuda de bilhões de dólares do exterior (ou milhões para a época);
- Sem ter acesso ao lugar mais sagrado do povo judeu, o Muro das Lamentações - com uma área estipulada pela ONU muito aquém da almejada pelos judeus;
- Com a capital eterna do povo judeu recebendo status de internacional;
- Com divisões no território tendo árabes de todos os lados;
Todavia, os árabes palestinos parecem que estão mais preocupados em continuar com seu status de refugiados, do que propriamente "pôr a mão na massa" e criar um Estado por eles mesmos, como fizeram os judeus em Israel.
Fonte: Mídia sem Máscara
NOTA: Parabenizo o André Cardon pelos comentários lúcidos e objetivos, os quais só podem sem "contraditos" com argumentos "do homem de palha" ou "ad hominen" deslavados. A questão não é construir um Estado palestino... a questão é destruir o Estado judeu!
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário