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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Denúncia da "institucionalização da iniquidade" (VÍDEO)

VÍDEO DE PASTOR DENUNCIANDO O PERIGO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA INIQUIDADE CHEGA ÀS CENTENAS DE MILHARES DE ACESSOS NA INTERNET

Há alguns dias, links apontando para um vídeo recente, em que o Pr. Paschoal Piragine Jr. - da Primeira Igreja Batista de Curitiba -, mostra um vídeo sobre lamentáveis situações que estão se tornando corriqueiras no Brasil, têm circulado na Internet. O referido vídeo já tem mais de 230 mil visualizações no Youtube. Como o Pr. faz denúncias graves, citando diretamente o PT, inclusive, é importante que suas declarações sejam balisadas, uma vez que muitos ardorosos defensores daqueles que têm um viés ideológico (sim) frontalmente contrário aos princípios bíblico-cristãos costumam erguer a voz, nestes momentos, afirmando que o que este remanescente da Igreja está fazendo, atualmente, deve ser confundido com fundamentalismo. Se defender os preceitos bíblico-cristãos é ser "fundamentalista", então eu sou um fundamentalista ardoroso. Na verdade, há um fundamentalismo aí, sim. Mas é anticristão... Bem, recebi um e-mail do Vinício Pimentel com algumas considerações sobre o que é dito no vídeo do Pr. Paschoal, que merecem uma análise cuidadosa de nossa parte, e principalmente dos que, avisada ou desavisadamente, defendem candidatos (nestas eleições) que clara e abertamente defendem viezes político-ideológicos avessos ao cristianismo bíblico. Vale a pena conferir o vídeo do Pr. Paschoal e as declarações logo a seguir.
Irmãos,

Graça e Paz sobre as nossas vidas, em Cristo Jesus!

Recebi, por e-mail, este link para um vídeo do Youtube em que o pastor Paschoal Piragine Jr., da Primeira Igreja Batista de Curitiba, orienta a congregação a não votar em candidatos do Partido dos Trabalhadores. A justificativa do pastor é que o PT afirmou a sua posição favorável à legalização da união homossexual, do aborto e à facilitação do divórcio, além de outras pautas obviamente contrárias à Palavra de Deus. Eis o vídeo:



Gostaria de fazer algumas breves considerações:

1) A igreja, como coluna e baluarte da verdade, deve tomar muita cautela com as declarações feitas, principalmente no púlpito. Quando fazemos afirmações erradas sobre questões de cultura, ciência ou conhecimentos gerais, comprometemos a credibilidade da mensagem espiritual do Evangelho. Por isso, toda afirmação feita no vídeo precisa ser conferida por cada cristão. Não devemos dar asas a teorias de conspiração.

2) A igreja, como comunidade dos libertos em Cristo, deve prezar pela liberdade de consciência de cada filho de Deus. Existem muitos assuntos para os quais a Bíblia não contém um mandamento direto, que possa ser aplicado sem qualquer consideração. A Bíblia não diz, por exemplo, em quem o cristão deve votar. Nessas situações em que não há uma regra direta a obedecer, o cristão deve valer-se de sua liberdade. Os cristãos não têm o direito de criar mandamentos para outros em assuntos em que a Bíblia não o faz.

3) Liberdade cristã, porém, não é o direito de decidir segundo melhor lhe pareça; é o dever de considerar seriamente os princípios bíblicos, pela orientação do Espírito Santo, e aplicá-los àquela situação em particular. Embora a Bíblia não traga mandamentos específicos para cada situação da vida, certamente as Escrituras contêm princípios que, devidamente considerados, orientam o discípulo de Jesus e apontam qual caminho ele deve seguir. Assim, embora a Bíblia não diga em quem eu devo votar, ela certamente me fornece princípios suficientes para que eu possa fazer uma escolha adequada, que glorifica a Deus.


Feitas essas considerações, faço uma análise do vídeo em questão.

1) As afirmações do Pr. Paschoal são verdadeiras.

Em 21 de dezembro de 2009, o Presidente Lula assinou o Decreto nº 7.037, conhecido como PNDH-3 (Plano Nacional de Direitos Humanos 3). O Decreto foi referendado por todos os 31 Ministros de Governo que compõem a atual gestão. No PNDH-3, o Governo se compromete a:

(i) favorecer a visibilidade e o reconhecimento social das uniões não-heterossexuais, através de ações afirmativas e de programas culturais;
(ii) apoiar a união civil entre pessoas do mesmo sexo;
(iii) garantir o direito de adoção a casais homossexuais;
(iv) "desconstruir a heteronormatividade" (significa dizer, em palavras bonitas, que o normal passa a ser a união homossexual; o heterossexual se torna o "estranho");
(v) garantir o uso do nome social de travestis e transexuais;
(vi) fomentar a criação de redes de proteção LGBT, implementando centros de prevenção e combate à homofobia;
dentre outras coisas.

Para quem quiser conferir, basta acessar o PNDH-3 aqui: http://pndh3.com.br/wp-content/uploads/2010/05/o-pndh3.pdf (ver página 98).

Mais recentemente, no 4º Congresso sobre Diretrizes do Programa de Governo - período 2011/2014, o PT manifestou-se abertamente sobre essa e outras questões. Para conferir, acesse a Resolução emitida ao final do congresso aqui: http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/eleicoes-2010-11/leia-resolucao-aprovada-pelo-4o-congresso-sobre-diretrizes-do-programa-de-governo-3264.html. Veja que o PT posiciona-se:

(i) a favor do aborto, usando o nome bonito "direitos reprodutivos", no item 57 da Resolução;
(ii) a favor da união homossexual, nos itens 47 e 48 da Resolução.

2) Algumas afirmações do Pr. Paschoal não constam desses documentos.

A facilitação do divórcio e a questão do infanticídio nas comunidades indígenas não aparece nos documentos acima referidos. Isso não significa que o pastor esteja errado. Quanto ao divórcio, o posicionamento tradicional do PT em favor do feminismo nos permite afirmar que o partido tende a defender formas cada vez mais fáceis de conseguir o divórcio e o novo casamento. Isso pode ser visto também nos itens 56 a 58 da Resolução do 4º Congresso, ainda que de forma indireta.

Não é possível afirmar categoricamente que o PT irá expulsar todos os filiados que se posicionam contra essas questões. Todavia, o partido tem se mostrado bastante hostil àqueles que o fazem. O deputado Luiz Carlos Bassuma, católico, desfiliou-se do partido após ser condenado pelo Conselho de Ética do PT a doze meses de suspensão por manifestar-se contra o aborto. Leia aqui: http://diasimdiatambem.wordpress.com/2009/09/29/bassuma-deixa-o-pt/.
O fato é que o PT é o único dos grandes partidos a posicionar-se claramente sobre a questão. Os demais partidos não afirmam um ponto de vista único, havendo dentro deles posicionamentos contrários e favoráveis a cada um desses polêmicos assuntos.

3) Os documentos em questão posicionam-se contra a pedofilia.

Por apego à verdade, por fim, é preciso dizer que o PNDH-3 posiciona-se claramente contra a pedofilia. O assunto foi colocado no meio do vídeo mostrado pelo Pr. Paschoal. Embora muitos blogueiros cristãos apontem ligações entre o movimento Gay e a pedofilia, os documentos oficiais do PT e o PNDH-3 apresentado pela Presidência posicionam-se de forma contrária a essa prática.


Como conclusão, afirmo que nós cristãos precisamos assumir uma postura mais clara. A relação do cristão com a política no Brasil é trágica. De um lado, aqueles que defendem uma completa omissão do crente. Do outro, aqueles que se metem na política para envergonhar o nome do Senhor Jesus com atuações vergonhosas e até corruptas. Precisamos de uma reflexão teológica mais profunda sobre o papel do crente na sociedade - uma reflexão que produza mudanças práticas profundas.

E precisamos, obviamente, orar. Um avivamento é necessidade urgente na igreja brasileira.

Quanto à questão específica do conselho oferecido pelo pastor, creio que devemos considerá-lo em oração. Acredito também que as congregações precisam ser orientadas quanto a esse assunto, inclusive sendo informadas da posição oficial adotada pelo PT. Todavia, lembro que a manutenção da liberdade de consciência deve prevalecer. Os cristãos devem ser claramente ensinados a fazerem bom uso dessa liberdade - para a glória de Deus.

Maranata, Jesus!

Vinícius
Orem, cristãos! Peçam a Deus discernimento e sabedoria nestas eleições. Estamos em um momento crucial de nossa História e, creio eu, com as peças do tabuleiro armando-se contra a Igreja do Senhor Jesus. Façamos nossa parte: não votemos em candidatos que estão dizendo abertamente que, se eleitos, irão pleitear causas contrárias àquilo que defendemos. Investique o histórico dos candidatos que se apresentam para você. Não vote pela cara! Veja os projetos que têm, pesquise, informe-se! Esta é a nossa obrigação.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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