O desempenho do país em cada uma das três áreas foi, em média, 20 pontos superior ao registrado no último teste, em 2006. O resultado fez com que a OCDE considerasse que o caso brasileiro revelava “lições encorajadoras”. Em entrevista à Economist, a pesquisadora Barbara Bruns, do Banco Mundial, cita entre os motivos para a melhoria o sistema brasileiro de avaliação escolar, criado há 15 anos. “De um ponto de partida em que não havia nenhuma informação sobre o aprendizado do estudante, as duas (últimas) presidências construíram um dos sistemas de medição de resultados educacionais mais impressionantes do mundo”, disse ela. Apesar do avanço, a revista diz que dois terços dos jovens de 15 anos são incapazes de fazer qualquer coisa além de aritmética básica.
“Mesmo escolas privadas e pagas são medíocres. Seus pupilos vêm das casas mais ricas, mas eles se tornam jovens de 15 anos que não se saem melhor que um adolescente médio da OCDE”, afirma a publicação. Segundo a Economist, uma das razões para a má qualidade do ensino é o desperdício de dinheiro. “Como os professores se aposentam com salários integrais após 25 anos para mulheres e 30 para homens, até a metade dos orçamentos da escola vai para as aposentadorias”, diz a revista.
A publicação afirma ainda que, exceto em poucos locais, professores podem faltar em 40 dos 200 dias escolares sem ter o salário descontado. A Economist diz que o país estabeleceu a meta de alcançar a média da OCDE na próxima década, mas alerta que, “no ritmo atual, chegará só até a metade do caminho”. A solução, aponta a revista, é propagar iniciativas como a da cidade do Rio (que combate a falta de professores dando pagando bônus às escolas que atingirem metas) e a do Estado de São Paulo (que criou plano de carreira a professores que vão bem em testes de conhecimento). “Se o Brasil alcançar a nota, será porque conseguiu espalhar essas práticas inovadoras por todos os cantos”, conclui a revista.
Fonte: BBCNOTA: Apesar de vários setores (da Imprensa ao Governo) do Brasil tentarem minimizar o catastrófico resultado, inflacionando o pífio destaque da subida que nosso país teve, no ranking, nos últimos anos, ainda assim precisamos encarar os fatos: a classificação não justifica os milhões e milhões de reais que foram (supostamente) gastos na educação. Uma revisão geral sócio-cultural, como clamam alguns poucos expoentes da chamada intelectualidade brasileira, faz-se necessária, urgentemente. Penso que seja inadmissível que fiquemos atrás de países como Chile (44º), Uruguai (47º), Trinidad e Tobago (51º) e Colômbia (52º). Outra coisa: falar em dificuldade por causa de "escolas rurais" (como faz o próprio relatório) é uma piada. Veja a China em que posição está, sendo um dos países mair ruralistas do mundo! O problema do Brasil, prezado internauta, é, de fato, o pensamento brasileiro!
Confira a lista oficial do PISA:
| Posição | País | Pontos |
|---|---|---|
| 1* | China (Xangai) * | 556 |
| 2 | Coreia (do Sul) | 539 |
| 3 | Finlândia | 536 |
| 4 | China (Hong Kong) ** | 533 |
| 5 | Cingapura | 526 |
| 6 | Canadá | 524 |
| 7 | Nova Zelândia | 521 |
| 8 | Japão | 520 |
| 9 | Austrália | 515 |
| 10 | Holanda | 508 |
| 11 | Bélgica | 506 |
| 12 | Noruega | 503 |
| 13 | Estônia | 501 |
| 14 | Suíça | 501 |
| 15 | Polônia | 500 |
| 16 | Islândia | 500 |
| 17 | Estados Unidos | 500 |
| 18 | Liechtenstein | 499 |
| 19 | Suécia | 497 |
| 20 | Alemanha | 497 |
| 21 | Irlanda | 496 |
| 22 | França | 496 |
| 23 | Taiwan | 495 |
| 24 | Dinamarca | 495 |
| 25 | Reino Unido | 494 |
| 26 | Hungria | 494 |
| 27 | Portugal | 489 |
| 28 | China (Macau)** | 487 |
| 29 | Itália | 486 |
| 30 | Letônia | 484 |
| 31 | Eslovênia | 483 |
| 32 | Grécia | 483 |
| 33 | Espanha | 481 |
| 34 | República Tcheca | 478 |
| 35 | Eslováquia | 477 |
| 36 | Croácia | 476 |
| 37 | Israel | 474 |
| 38 | Luxemburgo | 472 |
| 39 | Áustria | 470 |
| 40 | Lituânia | 468 |
| 41 | Turquia | 464 |
| 42 | Emirados Árabes Unidos | 459 |
| 43 | Rússia | 459 |
| 44 | Chile | 449 |
| 45 | Sérvia | 442 |
| 46 | Bulgária | 429 |
| 47 | Uruguai | 426 |
| 48 | México | 425 |
| 49 | Romênia | 424 |
| 50 | Tailândia | 421 |
| 51 | Trinidad e Tobago | 416 |
| 52 | Colômbia | 413 |
| 53 | Brasil | 412 |
| 54 | Montenegro | 408 |
| 55 | Jordânia | 405 |
| 56 | Tunísia | 404 |
| 57 | Indonésia | 402 |
| 58 | Argentina | 398 |
| 59 | Casaquistão | 390 |
| 60 | Albânia | 385 |
| 61 | Qatar | 372 |
| 62 | Panamá | 371 |
| 63 | Peru | 370 |
| 64 | Azerbaijão | 362 |
| 65 | Quirguistão | 314 |
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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