Em 1999, o ator Charlton Heston (1923-2008) fez um belo pronunciamento aos estudantes de Direito da Universidade de Harvard, do tipo que está quase caindo na ilegalidade, exortando-os a lutar contra a tirania politicamente correta. Heston, naturalmente, pensava nos Estados Unidos, mas a opressão que ele denuncia se alastra por todo o Ocidente. Deixo à vossa apreciação trechos do discurso do ator aos universitários, intitulado Vencendo a guerra cultural:
“Dedicando o memorial de Gettysburg, Abraham Lincoln disse da América: ‘Estamos envolvidos numa grande guerra civil, testando se esta nação consegue resistir’.
Essas palavras são verdadeiras de novo. Estamos novamente envolvidos numa grande guerra civil, uma guerra cultural prestes a sequestrar seu direito natural de pensar e de dizer o que existe no seu coração. Tenho certeza de que vocês não confiam mais no sangue vital da liberdade que pulsa dentro de vocês, a coisa que fez esse país se erguer da natureza selvagem ao milagre que ele é.
Há um ano ou dois, me tornei presidente da Associação Nacional do Rifle (National Rifle Association), que protege o direito dos cidadãos americanos de ter armas. Agora sirvo de alvo móvel para a mídia, que me chama de tudo, de ‘ridículo’ e ‘iludido’ a ‘velho doido, senil, deficiente mental’. Sei que sou bem velho, mas certamente não estou senil.
Como fiquei no caminho daqueles que miram as liberdades da Segunda Emenda, percebi que as armas de fogo não são a única questão. É muito maior que isso. Compreendi que uma guerra cultural está se alastrando por nossa terra, na qual, com fervor orwelliano, certos pensamentos e discursos são obrigatórios.
Por exemplo: eu marchei com o senhor King pelos direitos civis em 1963 - muito antes de Hollywood considerar isso aceitável, devo dizer. Mas quando eu disse a uma audiência no ano passado que orgulho branco é tão válido quanto orgulho negro, orgulho vermelho ou qualquer outro orgulho, me chamaram de racista.
Trabalhei com homossexuais brilhantemente talentosos ao longo da minha carreira inteira. Mas quando eu disse a uma audiência que os direitos dos gays não deveriam ultrapassar os seus direitos ou os meus direitos, me chamaram de homofóbico.
Todo mundo que eu conheço sabe que eu nunca agrediria meu país. Mas quando eu pedi a uma audiência que se opusesse a essa perseguição cultural da qual estou falando, fui comparado a Timothy McVeigh.
Da revista Time aos amigos e colegas, eles estão basicamente dizendo: ‘Como você ousa se expressar assim? Você está usando linguagem não autorizada para consumo público’. Mas eu não tenho medo. Se os americanos acreditassem em correção política, nós ainda seríamos os criados do rei George - sujeitos à Coroa Britânica.
Como vencer essa submissão generalizada? A resposta sempre esteve aqui. Eu a aprendi 36 anos atrás, nos degraus do Lincoln Memorial, ao lado do doutor Martin Luther King e 200 mil pessoas. Você simplesmente desobedece. Sim, pacificamente. Respeitosamente, é claro. Sem violência, definitivamente. Mas quando nos disserem como pensar, o que falar ou como nos comportar, nós nos recusamos. Nós desobedecemos ao protocolo social que reprime e estigmatiza a liberdade pessoal”.
Fonte: O Estado
NOTA: Qual o problema? Não sabemos o que é perder as liberdades individuais pois, de fato, nunca as tivemos! Estamos, agora, caindo no ostracismo odioso da ditadura do "politicamente correto", vendo os pilares sobre os quais construimos nossa sociedade, simplesmente ruirem diante de nossos olhos... e o pior: por bombas colocadas por nós mesmos! Esta geração e a passada serão caraterizadas como as da "virada" - foi nestas que demos o golpe de misericórdia no direito às liberdades individuais, justamente por pensarmos que aqueles que governam sobre nós estavam protegendo estas mesmas liberdades. Como fomos estúpidos! Michael Moore, o politicamente correto diretor de filmes independentes e propagandista-mor da esquerda americana, atingiu o velho ator Charlton Heston, em sua casa, numa entrevista descontextualizada, sagaz, deturpada, quando mostrou a foto de uma menina negra que fora morta por uma arma de fogo, tentando desmoralizar a Heston e tudo o que ele representa. Entendendo o que estava acontecendo, Heston, nesta entrevista (que está presente no documentário "Tiros em Columbine"), falha dos "orgulho dos brancos" que construíram a nação americana. Infelizmente, quem não entendeu nada foi o grande público, que demonizou o ator. Agora, prezado internauta, coloque aquelas palavras no contexto do discurso logo acima e você verá que Heston nada tem de "homofóbico" ou "racista"... e algo que ele também não é: covarde! Mesmo septuagenário, Heston se manteve lúcido o suficiente para abandonar a famigerada entrevista conduzida pelo vendido Moore, o que foi prontamente usada pelo cineasta e por seus aceclas como sendo uma prova do orgulho moralmente doente da "direita americana". Não, prezado internauta: doentes são os estúpidos e estupidificadores ocidentais e orientais que, muitas vezes não cientes dos planos escusos dos seus governos, ajudam na implementação (seja através do ostracismo omissivo, seja através da religião, seja através da política, etc.) da Nova Ordem Mundial, cujo objetivo máximo é, justamente, o fim das liberdades pelas quais aqueles mesmos doentes sociais julgam defender!
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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