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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Polêmica envolvendo games e violência

REDE COMERCIAL NORUEGUESA BANE DE SUAS PRATELEIRAS OS JOGOS DE VIDEOGAME CALL OF DUTY E WORLD OF WARCRAFT, APÓS O ATIRADOR DE OSLO DECLARAR-SE, EM SEU MANIFESTO,
FÃ DOS MESMOS


Call of Duty e World of Warcraft, dois dos mais famosos jogos eletrônicos, não fazem mais parte das prateleiras das lojas da Coop Norway, uma rede comercial nórdica. A razão para a retirada não é seu potencial de venda, mas sim o significado que ambos adquiriram depois que Anders Behring Breivik, o autor confesso dos ataques de Oslo em 22 de julho, lhes atribuiu ao afirmar, em seu manifesto de mais de 1,5 mil páginas, ser fã dos games.

A informação da retirada dos jogos foi veiculada no final de julho e repercutida em uma matéria deste domingo do jornal espanhol El País. O periódico faz menção ao acalorado debate envolvido no episódio, que pode reavivar a polêmica sobre a relação entre games que envolvem algum tipo de violência (como é o caso do Call of Duty e do World of Warcraft) e comportamentos criminosos, como o de Breivik, que deixou a nação em choque com o saldo de 77 mortos no duplo ataque a Oslo e à ilha de Utoya.

Segundo o jornal, todavia, a decisão da Coop Norway não se baseia na famigerada premissa da relação games/violência, mas em consideração aos familiares das vítimas de 22 de julho. Segundo seu vicepresidente, Geir Inge Stokke, "a decisão foi tomada por respeito àqueles afetados diretamente pelo ocorrido", reafirmando que "não há nenhuma razão para crer que haja alguma conexão entre o uso de videogames violentos e um comportamento parecido". A medida, acrescentou, não é necessariamente permanente, e seu efeito será estudado.

Fonte: JB On-line

NOTA: Apesar de concordar com a premissa de que há uma conexão entre videogames ultraviolentos e atitudes violentas, não consigo entender o que esse vicepresidente da Coop Norway quis dizer. Se "não há nenhuma razão para crer que haja alguma concexão entre o uso de videogames violentos e um comportamento parecido" (sic), então por que a retirada dos jogos das prateleiras de suas lojas? Não entendo este "respeito às vítimas"? Quer dizer que se o atirador de Oslo tivesse dito que era "fã do vicepresidente" por ele permitir que a Coop vendesse o Call of Duty, então ele se riscaria do mapa por respeito às vítimas? Não tem sentido! Se está fazendo isto com os jogos é porque há uma propensão a acreditar que há, sim, uma relação - ainda que turva - entre jogos muito violentos, como o Call of Duty e outros, e algumas atitudes violentas. Não quero dizer com isso que todos os que jogam esses tipos de jogos sairão por aí, cometendo crimes. Nada disso. Mas, é importante ventilarmos também, em situações como essa atrocidade que aconteceu na Noruega, até que ponto o culto de nossa sociedade à violência, em todos os sentidos, tem gerado esse tipo de consequência social, uma marca que teima em aparecer na "roupa suja" social que não lavamos em casa!

Um comentário:

Marcos disse...

pode até realmente influenciar, mas a culpa não são dos jogos, mas da orientação e criação, ou melhor a falta destas.
gosto mt de call of duty! rs

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