“A vida eclesiástica colapsou em nível de paróquia”, afirma Küng por ocasião da visita do papa esta semana à Alemanha em entrevista adiantada neste domingo pela revista Der Spiegel.
Professor emérito da Universidade de Tübingen, no sul da Alemanha, Küng afirma que as imagens dos grandes atos protagonizados pelo papa não fazem mas do que mostrar de maneira enganosa uma igreja poderosa. “Enquanto isso, se sabe que esses atos não fornecem praticamente nada às paróquias”, comenta o teólogo, que no passado trabalhou estreitamente com Joseph Ratzinger, o atual Bento XVI.
Além disso critica o papa por cultivar “um culto pessoal sem igual, que se encontra em contradição com o que pode ser lido no Novo Testamento”. Por isso explica que existem “similitudes estruturais e políticas” entre o primeiro-ministro russo e a política de restauração dos papas na Santa Sé depois do Concílio Vaticano II, que na realidade conduziu a uma renovação do entendimento ecumênico.
Fonte: O Verbo
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