Por Hélio Menezes
Adaptado por Artur Eduardo
De vez em quando recebo perguntas, quer feitas oralmente ou por papel ou pela Internet. Uma das perguntas que me toma mais tempo para responder é mais ou menos assim feita:
Sr. Hélio:
Desde que Deus me salvou que eu, de todo meu coração, tenho crido na Trindade e que a Bíblia em nossas mãos **É** a Palavra de Deus, nunca tendo duvidado de nenhuma das suas palavras.
Mas, agora, um professor aqui do seminário onde estou estudando, aos poucos e muito sutilmente está procurando solapar esta fé simples. Está tentando levantar dúvidas nas mentes de todos os alunos, os quais serão futuros pastores e professores. No meu interior, eu tenho procurado resistir às pressões, mas estou descobrindo que elas são de todo o seminário e talvez de quase todos os maiorais da denominação, e que, embora sejam feitas sutilmente, são feitas de forma extraordinariamente forte e pensada e bem orquestrada, quase irresistivelmente. Alguns artigos de http://solascriptura-tt.org e de outros sítios igualmente defensores da Palavra têm me ajudado a manter minhas convicções, mas ...
Confesso que estou realmente começando a sentir algumas dúvidas sobre 1João 5:7. Será que são mesmo inspiradas por Deus as palavras "7 ... no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. 8 E três são os que testificam na terra ...", palavras estas presentes em todas as Bíblias antigas tais como a Vulgata usada pela Igreja Católica desde o ano 380, a King James Version de 1611, a Almeida de 1681, etc.? Ou será que estas palavras são espúrias e foram "enfeites teológicos" inseridos fraudulentamente, como começaram Westcott & Hort a dizer e ser ouvidos, a partir de 1881? Devo continuar a crer com meus antepassados creram a ARC (Almeida Revista e Corrigida), devo continuar a usá-la (ou, equivalentemente, à ACF - Almeida Corrigida Fiel)? Ou devo bandear-me para Bíblias tais como a ARA (Almeida Revista e Atualizada, lançada em 1959) e a recentemente lançada NVI (Nova Versão Internacional)?
O irmão poderia me ajudar, por favor?
Atenciosamente,
XXXX.
Bem, de tanto receber essa mesma pergunta (pelo menos 2 ou 4 vezes a cada ano), acho que vou padronizar uma resposta, bastando que eu a adapte para as futuras perguntas. A resposta-padrão, abreviada, poderá ser a seguinte.
Caro irmão em Cristo, XXXX:
Cartas como a sua sempre me despertam muito amor e lágrimas pelos irmãos sendo tão traiçoeiramente assediados. Que tristeza é saber de mais um caso em que o papel de um seminário está sendo o de solapar a fé de um aluno, ao invés de fortalecê-la... Tenho terno amor e compaixão pelas inocentes vítimas, mas tenho muita tristeza e santa indignação em ver lobos em peles de cordeiro, mesmo nos nossos melhores seminários e denominações e igrejas. Lobos vorazes que solapam a fé das ovelhas, ao invés de fortalecê-las.
Por favor, se for a http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/index.htm poderá encontrar alguns artigos sobre 1Jo 5:7:
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/1Jn5-7-Ruckman.htm
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/Defending1John5-7-Cloud.htm
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/VindicationOf1John5-7-Cloud.htm
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/WhichBible-JohannineComma-Fuller.htm
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/QualBiblia-ParenteseJoanino-Fuller.htm
http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/ObservacoesSobreAutenticidade1Joao5_7-Dabney.htm
Depois desses, se quiser, vá para o artigo mais completo que já vi, grande e cheio de detalhes técnicos e minúcias, enorme, em http://www.geocities.com/riversoflife21c/comma.html .
Eu creio que Deus não só inspirou como também preservou de forma absolutamente perfeita a Sua Palavra, cada palavrinha dela. Deus realizou esta preservação pela Sua providência, através do uso, uso ininterrupto dessa Sua Palavra pelas igrejas verdadeiramente fiéis (usualmente perseguidas), particularmente, depois da invenção da Imprensa, através das Bíblias da Reforma, todas elas traduzidas a partir do Texto Recebido (Novo Testamento) e do Texto Massorético de Ben Chayin (Velho Testamento). Não creio que milhares de palavras originais foram perdidas (por omissão, adição, ou modificação) durante séculos e séculos. Não creio que, por séculos e séculos, algumas de tais palavras ficaram inacessíveis mesmo às igrejas mais fiéis e perseguidas. Não creio que Deus ficou derrotado séculos e séculos, até que o gênio do homem, às vésperas do século XX, pouco a pouco começou a dar uma ajuda a Deus e a "recuperar" o texto original, em milhares e milhares de pontos. Não creio que nenhuma das palavras da Bíblia jamais esteve perdida ou em dúvida, através de toda a História.
Reconheço que 1Jo 5:7 é a passagem em que nós (os que cremos na incessante e providencial preservação de cada palavra da Bíblia, portanto cremos o Texto Massorético e o Texto Recebido, todos eles, somente eles) temos menos evidências quantitativas, numéricas. Na esmagadora maioria dos outros casos (talvez 99,9% dos casos), o TR tem uma enorme maioria de manuscritos gregos iguais a ele. Mas, aqui em 1Jo 5:7, (excepcionalmente!) parece que a situação numérica se reverte}.
Mas ... e daí, não é, meu caro irmão? Creio simplesmente que o verso é uma espécie de prova de fé deixada por Deus. Prova em que podemos ter fácil e total sucesso se partirmos não de tecnicalidades intermináveis, mas sim do princípio de que Deus, depois de providencialmente trazer a invenção da Imprensa e providencialmente trazer o gigantesco fato da Reforma, também providencialmente fez com que as formas finais dos TR (de Erasmo, Stephens, Beza, Elzevier, King James Translators, etc.) e as formas finais das Bíblias deles traduzidas (as Bíblias de Lutero, Tyndale, KJV, Reina-Valera, Almeida, Diodatti, etc.), todas elas dissessem basicamente o mesmo, todas elas basicamente tivessem as mesmíssimas palavras em tudo. Nos séculos 1-4 Deus canonizou quais livros constituíam a Bíblia, e nos séculos XVI e XVII Deus CANONIZOU quais PALAVRAS constituíam as Santas Escrituras. Está tudo canonizado. Por "canonizar" queremos significar que, movida pelo infalível Espírito Santo de Deus, a massa das igrejas, reunidas, finalmente resolveu declarar oficialmente aquilo que, desde o início, desde muitos séculos atrás, todos os crentes (quer individualmente quer formando igrejas locais) tinham certeza nos seus corações, isto é, a plena e exclusiva inspiração dos 66 livros da Bíblia e das exatas palavras de cada um desses livros. Há muitos séculos que estão canonizados tantos os livros quanto as exatas palavras que constituem a Bíblia, as palavras que Deus fez os dedos de santos servos desde Moisés até João escreverem, de Gên 1:1 a Apo 22: 21. Do mesmo modo que, entre verdadeiros crentes não deve sequer ser pensada (muito menos pronunciada, ensinada) qualquer dúvida sobre o Cânon dos 66 livros da Bíblia (nenhuma dúvida sobre a inspiração dos livros de Daniel, de Tiago, etc.; nenhuma dúvida sobre se realmente o Cânon está fechado ou se devemos retirar Gênesis e adicionar a Epístolas de Barnabé e de Martin Luther King) também, do mesmo modo e na mesma intensidade, entre verdadeiros crentes não deve sequer ser pensada (muito menos pronunciada, ensinada) qualquer dúvida sobre o Cânon das palavras da Bíblia (nenhuma dúvida sobre se devemos omitir / acrescentar / alterar um verso aqui, ou se devemos omitir / acrescentar / alterar uma palavra ou mesmo uma letrinha ou sinalzinho de letrinha, ali). Alguém corretamente disse "É tempo de tirarem a Palavra de Deus da mesa de cirurgias, onde os críticos textuais a colocaram na véspera do século XX, e nunca, nunca, nunca querem parar de mutilá-la".
Meu RESUMO sobre a questão de 1João 5:7 é basicamente o que escrevi em uma nota de rodapé do livro "NVI / NIV / TC - Porque Continuamos com as Bíblias Tradicionais (ACF e ARC)", que também tem o título alternativo de "NVI / NIV / TC - 1602+ Ultrajes à Palavra de Deus" (este livro pode ser obtido gratuitamente através de download de http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/NVI-PqContBibTrad-Completo.zip (138 kb) ou de http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-Traducoes/NVI-PqContBibTrad-Completo.doc (687 kb)).
Eis meu resumo sobre 1João 5:7:
"Porque três são os testemunhas NO CÉU: O PAI, O VERBO, E O ESPÍRITO SANTO; E ESTES TRÊS SÃO UM. (8) E TRÊS SÃO OS QUE TESTIFICAM NA TERRA: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam em o um."Os corrompidos manuscritos alexandrinos e os TC's (portanto todas as Bíblias neles baseados, tais como ARA, NVI, BLH, Viva, Boas Novas, etc.) quer por omissão pura e descarada, quer através de enganadores e venenosos colchetes [] ou notas de rodapé, extirpam tudo que pusemos em maiúsculas, isto é, solapam e extirpam e destroem a maior e mais explícita prova da doutrina da Trindade! Aqui, fazem-se iguais às Bíblias e comentários dos Testemunhas de Jeová!
Mas este é o verso-chave que Deus usa para testar e separar quem crê na mais perfeita preservação através do uso contínuo (pelos crentes das igrejas verdadeiras e fiéis, usualmente perseguidas, tais como as igrejas dos Valdenses, anabatistas, etc.) dos textos que terminaram sendo impressos (a partir de 1516) e, uma vez traduzidos, foram os únicos usados, incessante e universalmente, por todos os fiéis batistas e protestantes de todo o mundo, em todas as línguas e nações alcançadas, até a recente eclosão do corrompido Texto Crítico. A passagem é a que mais testa a nossa fé, por não ter a usual maioria esmagadora dos manuscritos gregos.
Mesmo assim, tem fortíssimas evidências:
a) teológicas (óbvias);
b) gramaticais;
c) lógicas;
d) de manuscritos gregos da Bíblia;
e) de manuscritos (em Grego ou traduzidos) de lecionários (seleção de textos bíblicos para leitura nas igrejas);
f) de "pais da igreja";
g) de várias traduções antiqüíssimas;
h) da análise da História;
i) de todas as Bíblias da Reforma, em suas formas finais;
j) da contradição da Crítica Textual;
k) de consistência com o estilo bíblico.
Se quiser se aprofundar, leia os artigos introdutórios em http://solascriptura-tt.org/Bibliologia-PreservacaoTT/ . Depois, se ainda quiser, leia o artigo muito completo (mas muito técnico e longo) em http://www.geocities.com/riversoflife21c/comma.html . Finalmente, se ainda quiser, leia o livro definitivo sobre o assunto, "The History of the Debate Over 1 John 5:7-8", Michael Maynard, Comma Publications, 444 pags., 1995.
Um "scriptorium" ("local de leitura e cópias"). Ao contrário do que, às vezes, comumente se propaga no senso comum, os monges copistas não eram geralmente "desleixados" ou "fraudulentos" com as cópias antigas. O processo antigo era rigoroso, feito sob supervisão e demandava muito tempo - dada a necessidade da fidelidade no processo de cópia.
A) EVIDÊNCIAS TEOLÓGICAS: São tão óbvias... Basta que você leia atentamente o capítulo sobre a Trindade em qualquer um dos bons livros de Teologia Sistemática (Por exemplo, "Palestras em Teologia Sisstemática", de Thiessen), lendo e meditando em todos os versículos referenciados, orando e se maravilhando. Há um resumo da doutrina da Trindade em http://solascriptura-tt.org/TeologiaPropriaTrindade/TeologiaPropria-ADoutrinaDeDeus-DeusPai-ATrindade-CursoHelio.htm.
B) EVIDÊNCIAS GRAMATICAIS:
1ª prova gramatical: Dividamos os dois versos assim, em cinco partes a, b, c, d, e:
a) Presente no TR e nos TC's "7 Porque três são os testemunhas [gênero masculino] b)Omitido nos TC'sno céu: o Pai[masculino], o Verbo[masculino], e o Espírito Santo;[gênero masculino]
e estestrês são um.c)Omitido nos TC's8 ( e três são os que testificam na terra:d) Presente no TR e nos TC's o espírito [neutro], e a água [neutro] e o sangue [neutro]); e) Presente no TR e nos TC's e estes [gênero masculino] três concordam em o um." Observação: o nome Parêntese Joanino não tem nada a ver com o par de parênteses colocados ao redor de "(e três são os que testificam na terra)", com o objetivo de facilitar o entendimento. O Parêntese Joanino corresponde às palavras omitidas nos TC's: "no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo; e estes três são um. E três os que testificam na terra:"
Se (b) + (c) (conhecidos como o Parêntese Joanino) não existissem, teríamos os masculinos de (e) conflitando com os neutros de (d), um absurdo. (O argumento que, em (d), espírito (neutro) está personalizado e portanto pode ser referido por pronome masculino, está furado, vaza água: note que imediatamente acima, no verso 6, mesmo que inegavelmente "personalizado," o Espírito" (neutro) não é referido por pronome masculino).
Ademais, os neutros de (d) chocar-se-iam contra o masculino de (a).
Por outro lado, (b) e (c) existindo, é perfeitamente natural que os masculinos de (e) se referem e concordam com os que estão em (b), antes do par de parênteses, e os masculinos de (b) se referem e concordam com aquele de (a).
2ª prova gramatical: Se (b) e (c) não existissem, teríamos algo sem paralelo em tudo (religioso e secular) que já foi escrito em Grego, pois "to hen" ("o um [ponto]", que é parte de "concordam em o um [ponto]") do verso 8 EXIGE um antecedente, que só pode ser encontrado em "estes três são um" (b).
Portanto, aquilo que Deus fez João escrever incluiu o Parêntese Joanino.
C) EVIDÊNCIAS DA LÓGICA: Os críticos textuais surgidos desde a véspera do século XX dizem que o Parêntese Joanino ("no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo; e estes três são um. (e três são os que testificam na terra:") foi forjado, foi inserido para enfeitar e reforçar a doutrina da Trindade.
Mas nós respondemos a aqueles levantadores de dúvidas por lhes lembrar que a força do forjar/inserir viria do uso de uma expressão idêntica ou muito similar a outra expressão bíblica (e.g., "o Pai, o Filho e o Espírito Santo" de Mat 28:19), não viria da inserção de frase sem similar na Bíblia (a expressão "o Pai, o Verbo e o Espírito Santo" não aparece em nenhum outro local da Bíblia). Nenhum forjador faria uma adição dessas... (mas um forjador seguidor de Arius faria a remoção dessas palavras sem chocar diretamente com nenhum outro verso da Bíblia...).
D) EVIDÊNCIAS DE MANUSCRITOS GREGOS DA BÍBLIA:
Nos dias da canonização das exatas palavras da Bíblia (isto é, nos dias das impressões do TR e nos dias da Reforma) havia pelo menos 19 manuscritos gregos sobreviventes contendo o Parêntese Joanino. Desses, pelo menos 9 desapareceram, a saber:
Codex Britanicus: Esteve nas mãos de Erasmo e tudo indica que foi daí que Erasmo copiou 1João 5:7-8, não copiou do Codex Montfort (61). (Mas alguém, após a morte de Erasmo, perdeu ou destruiu ou vendeu ou escondeu o Codex Britanicus... Hoje, ninguém sabe dele.)
Manuscrito copiado pelo Complutensian Polyglott (1514, pela Igreja Católica Romana), em 1João 5:7-8. A coluna em Grego do Complutensian trás o Parêntese Joanino exatamente igual ao TR que ainda estava por ser impresso. Claramente é impossível que as exatas palavras tenham sido "destraduzidas" a partir do Latim, e há fortes indícios que não foram copiadas do Codex Ottobonianus, mas sim de um manuscrito grego que terminou por desaparecer.
7 dos 16 manuscritos de Stephens continham o Parêntese Joanino (confirmado por John Gill, que os examinou pessoalmente) (Mas alguém, após a morte de Stephens, perdeu ou destruiu ou vendeu ou escondeu os manuscritos... Hoje, ninguém sabe deles.)
De qualquer modo, hoje temos 10 manuscritos gregos sobreviventes e contendo o Parêntese Joanino:
- Confirmados (e listados) no Texto Crítico da própria UBS (United Bible Society), alexandrina:
Minúsculo 88 (margem) (Codex Regius, ano 1150, Nápoles),
Minúsculo 61 (chamado 61 nos Evangelhos, e chamado 32 no restante do NT. Também chamado Codex Montfort ou Codex Monfortianus e guardado na Biblioteca da Universidade de Dublin. Muitos o atribuem ao ano 1500 (alguns alexandrinos maldosos o atribuem ao ano 1520, sem terem prova mas apenas maus desejos), mas Adam Clarke o atribui a 1250.),
Minúsculo 629 (Codex Ottobonianus, ano 13??, Biblioteca do Vaticano. Já foi conhecido pelos nomes de Greg. 629 e Act. 162. Tem uma coluna em Latim e outra em Grego. As palavras gregas do Parêntese Joanino estão no texto principal, sem correções, não na margem.),
Minúsculo 636 (margem) (ano 14??, Nápoles. Aland-3, p. 824),
Minúsculo 918 (ano 15??, Escorial, Espanha. Aland-3, p. 824, Textual Commentary of the Greek New Testament, Second Edition (NY: United Bible Societies, 1994, page 647-649), Bruce Metzger),
- O Texto Crítico de Nestle-26, alexandrino, confirma, além dos confirmados pela UBS:
Minúsculo 221 (v.l., margem) (manuscrito de 9??, com algumas correções que alguns datam de 12??, mas Alland data de 14?? ou 15??. Listado por Dr. D.A. Waite. Também por Aland-3, p. 824. Biblioteca Bodleian, Oxford),
Minúsculo 429 (v.l., margem) (Codex Wolfenbuettel, ano 13?? ou 14??. Aland-3, p. 824),
- Confirmados por outros:
Minúsculo 635 (D.A. Waite atribui a ano 10??, Bruce Metzger a ano 16??, que diferença !!!),Minúsculo ω (Omega) 110 (Codex Ravianus (também chamado Berolinensis), copiado em 11??, algumas correções feitas em ano 13??. Ver Aland-3 p. 824 e Bruce Metzger). Este manuscrito é indisputado, é fortíssima prova em Grego.
Minúsculo 2473 (ano 16??, segundo http://www.geocities.com/riversoflife21c/comma.html . Ver também Nestle-26)
Minúsculo 2318 (um manuscrito de Bucareste, datado por alguns como do ano 1592, por outros como de 17??. O Parêntese Joanino está na margem e em Latim, portanto o manuscrito não deve ser considerado como evidência para o P. Joanino em Grego. Ver Aland's, 3rd ed., p. 824, Textual Commentary of the Greek New Testament, Second Edition (NY: United Bible Societies, 1994, page 647-649), Bruce Metzger).
Westcott e Hort: idealizadores da analítica (crítica) moderna da Bíblia a partir do "Textus Recpetus", por eles descoberto.
E) EVIDÊNCIAS DE LECIONÁRIOS GREGOS:
Manuscrito 60, de lecionário grego (ano 1021, escrito pelo monge francês Helias);
Manuscrito 173, de lecionário grego;
Manuscrito "Apostolos", do lecionário da Igreja Ortodoxa Grega, usado já antes de ano 4??. Esta é uma fortíssima evidência a favor do Parêntese Joanino. Ver Robert Jack, "Remarks on the Authenticity of 1 Johnv.7.", em http://www.1john57.com/RJack.htm ;
Outro manuscrito de lecionário grego. (D.A. Waite clama um total de 4 lecionários em Grego, mas Hélio não tem o livro de Waite que detalha estes lecionários).
F) EVIDÊNCIAS DE "PAIS DA IGREJA" que citaram o texto em foco:
- Tertuliano, no ano 200 depois de Cristo [cedíssimo!...] (Gill, "An exposition of the NT", Vol 2, pp. 907-8);
- Cipriano em 250, escreve, "E novamente concernente ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, está escrito 'e os Três são um' " (Vienna, vol. iii, p. 215);
- Prisciliano, em 350, cita o verso (Vienna, vol. xviii, p. 6) (NA-25 atribui o ano 385);
- Idacius Clarus, em 350, cita o verso (MPL, vol. 62, col. 359);
- Atanásio, em 350, cita o verso (Gill);
- Concílio de Cártago, em 415, apela para o verso como um texto básico provando uma doutrina fundamental, quando contendendo com os Arianos (Ruckman, "History of the NT Church", Vol. I, p. 146);
- Varimadum, em 380 (NA-25);
- Jerônimo, em 420 (segundo artigo no site Sojourner@PureWords.org);
- Agostinho, em 430 (segundo artigo no site Sojourner@PureWords.org);
- Cassiano, em 435 (NA-25);
- Entre 450-530, vários escritores africanos ortodoxos citam o verso quando defendem a doutrina da Trindade contra as acusações dos Vândalos. Estes escritores foram:
A) Vigilius Tapensis (MPL, vol. 62, col. 243),
B) Victor Vita (Vienna, vol. vii, p. 60) (ano 489), e
C) Fulgentius (MPL, vol. 65, col. 500) (ano 533, segundo NA-25);
- Cassiodoro, em 500, cita o verso (MPL, vol. 70, col. 1373);
- Pseudo-Vigilius (NA-25, mas não cita o ano);
- Pseudo-Atanásio, em 5?? (NA-25);
- Ansbert, em 7?? (NA-25).
G) EVIDÊNCIAS DE TRADUÇÕES ANTIQÜÍSSIMAS que incluíram o Parêntese Joanino:
· Velha Latina: todos os códices e manuscritos de todas as traduções em Latim Velho, a Vulgata anterior à de Jerônimo (a primeira destas traduções foi feita em torno de 157 DC!), citam as palavras em foco, mesmo que invertam a ordem dos versos 7 e 8. Dos manuscritos sobreviventes, os mais antigos incluindo todo 1João (e as palavras em foco) são:
m (um número de manuscritos que Hélio desconhece, chamados Speculum ou Pseudo-Agostinho, copiados entre os anos 3?? e 8??, sobrevivendo um manuscrito datado do ano 550),
r (57 minúsculos chamados Schlettstadtensis, ano 550) (mas o Beuron Catalogue atribui datas entre 6?? e 7??),
Codex Wizanburgensis (750 DC) (algumas pessoas, erradamente, citam este Codex como se fosse grego),
l (67 minúsculos chamados Legionensis, anos 6??),
q (64 minúsculos chamados Monacensis, anos 6??),
c (6 minúsculos chamados Colbertinus, anos 11?? a 12??),
dem (59 minúsculos chamados Demidovianus, anos 12??),
div (Hélio desconhece o número destes manuscritos chamados Divionensis, anos 12??),
p (54 minúsculos chamados Perpinianensis, anos 12??).
· Bíblia dos Valdenses (do Vale de Vaudois, Norte da Itália, aos pés dos Alpes; estes fiéis Valdenses preservaram o texto puro, desde cerca do ano 150, até próximo da Reforma! Que prova da maravilhosa providência de Deus!). Roma queimou 2 bibliotecas dos Valdenses e praticamente os exterminou. Fez desaparecer 7 grandes fardos com seus manuscritos, guardados em Cambridge, antes de 1823. Se não tivessem sido sistematicamente destruídos e roubados por Roma, poderíamos ter centenas ou milhares de manuscritos em Latim e dezenas ou centenas de manuscritos em Grego, exatamente iguais ao TR, inclusive com as exatas palavras do Parêntese Joanino, alguns desses manuscritos sendo bem antigos, talvez dos séculos III, II, I (ou mesmo os originais escritos pelos dedos de Mateus a João). Sobrevivem apenas alguns manuscritos, de 1200 - 1400. Todos contêm as palavras do Parêntese Joanino.
· Vulgata de Jerônimo (traduzida em 380, tem quase 8000 manuscritos sobreviventes, sendo que os mais antigos e que contêm 1João 5:7-8 (portanto as palavras em foco) são de cerca do ano 800, por exemplo o minúsculo 2318, da Vulgata edição Clementina).
H) EVIDÊNCIAS DA ANÁLISE DA HISTÓRIA: As igrejas da África não perderam tantos livros quanto as gregas, e foram muito menos perseguidas. As primeiras igrejas latinas não foram tão afetadas pela heresia Ariana (fonte de muitas heréticas adulterações da Bíblia) quanto as gregas. Portanto, quanto ao Parêntese Joanino, as primeiras igrejas latinas e africanas são bem mais confiáveis que as demais igrejas, particularmente as igrejas gregas (excelentes em todos os outros aspectos, exceto em 1Jo 5:7) e as igrejas alexandrinas (terrivelmente infiéis em todos os aspectos).
H.A) UMA CONCLUSÃO PARCIAL: Nos dias da canonização das exatas palavras da Bíblia (isto é, nos dias das impressões do TR e nos dias da Reforma), o Espírito Santo moveu santos homens de Deus a quase, quase sempre seguirem exclusivamente os manuscritos gregos Bizantinos, da chamada Igreja Oriental (Igreja Grega, ou Ortodoxa). No entanto aqui, no Parêntese Joanino, como uma única exceção, o Espírito Santo levou à adoção das palavras esmagadoramente preservadas na tradição da chamada Igreja Ocidental (Igreja Latina, quer as palavras da Velha Itálica, isto é Velha Vulgata das igrejas independentes do Vale de Vaudois, quer as palavras da Vulgata de Jerônimo da Igreja Católica Romana). Além dos argumentos de (I), abaixo, que são argumentos definitivos e suficientes (mesmo se fossem os únicos, resolveriam a questão, pela fé), podemos resumir mais outros esmagadores argumentos para não duvidarmos 1 mm do Parêntese Joanino:
a) Quando a doutrina inculcada na passagem é considerada, há toda a razão para preferirmos o texto preservado em Latim sobre aquele dos manuscritos em Grego.
b) A região do texto latino nunca foi significantemente corrompida pela heresia de Arius, enquanto a região do texto grego o foi, o arianismo grassou e completamente dominou a cena grega por pelo menos 40 anos, portanto é muito plausível que os arianos odiaram o Parêntese e o procuraram eliminar de todas as cópias de manuscritos lá existentes.
c) Enquanto o testemunho do texto latino, nesta passagem, é majestosamente consistente e completo, por outro lado o testemunho do texto grego tem gravíssimo defeito interno, sendo entregue em uma linguagem que nem sequer alcança o indispensável mérito de ser gramaticalmente correta ou gramaticalmente aceitável.
d) O testemunho latino, nesta passagem, não apenas majestosamente não tem divergência nem exceção dentro de si mesmo (por mais que retroajamos no tempo!) como também possui o singular mérito de, se o Parêntese Joanino for meramente traduzido a partir do Latim e de volta para o idioma Grego, e for inserido no seu contexto, completamente removerá a referida imperfeição gramatical do Grego!
e) Não temos nenhuma razão para supor que os tradutores da Velha Itálica (ano 157) e da Vulgata (ano 380) não fizeram suas traduções tendo debaixo de seus olhos o mais confiável manuscrito grego (ou os mais confiáveis manuscritos gregos) de que dispunham, possivelmente uma cópia direta dos originais, que deviam estar em Antioquia.
f) De onde os "Pais da Igreja" leram e memorizaram ou copiaram as palavras gregas de suas citações do Parêntese, se não de manuscritos em Grego contendo o Parêntese?
g) De onde o Lecionário grego "Apostolos" copiou as palavras gregas de sua citação do Parêntese, se não de manuscritos em Grego contendo o Parêntese?
Ler Frederick Nolan em "An Inquiry into the Integrity of the Greek Vulgate or Received Text of the New Testament", London, 1815.
I) EVIDÊNCIAS DE TODAS AS BÍBLIAS DA REFORMA: Por 355 longos e tumultuados anos, desde Tyndale (1526) até que foi inoculada a English Revised Version em 1881, o TR reinou sozinho, absoluto, indisputado e universalmente, em todas as Bíblias da Reforma nas mãos e corações de todos os crentes membros de todas as igrejas de todas as denominações, em todas as línguas de todas as nações onde a luz do verdadeiro evangelho se ergueu a despeito das trevas do romanismo! E todas as versões definitivas de tais Bíblias da Reforma, baseadas nas impressões definitivas do TR, são basicamente idênticas, dizem exatamente as mesmas coisas em todos os locais. Só aos poucos, a partir de 1881, é que Bíblias do TC foram penetrando nos meios ditos "evangélicos". Em português, foi somente a partir de 1959 que entre igrejas "evangélicas" começou a circular o Novo Testamento da Almeida Revista e Atualizada, que punha em dúvidas o texto em foco. Para nós, esta evidência (I) é a maior evidência, ou melhor, a evidência definitiva e indiscutível, da canonicidade das palavras do Parêntese Joanino, fruto da promessa feita pelo próprio Deus de preservar a Bíblia da forma mais absolutamente perfeita (o que implica seu uso incessantemente, pelos fiéis, aqui na terra). Em assuntos religiosos, nem todo uso antigo é correto, mas certamente todo uso inovativo é necessariamente errado. O texto que Deus fez as igrejas fiéis e perseguidas usarem desde o século I, II, III, até hoje, o texto que Deus sancionou ao trazer a extraordinária época da Reforma dos séculos XVI e XVII a cada nação já evangelizada, o texto que Deus confirmou ao trazer os grandes reavivamentos e expansões missionárias dos séculos XVIII e XIX, a época de ouro da mais perfeita de todas as igrejas, a igreja de Filadélfia, este abençoado texto não pode ser substituído por aquele que só se difundiu na época da pior de todas as igrejas, a igreja rica e grande e numericamente dominante (mas apóstata e morna e que será vomitada da boca de Deus), a igreja de Laodicéia, igreja dos últimos dias, dos séculos XX e XXI. Ademais, crentes fiéis, tremendo de respeito pela Palavra de Deus e providencialmente protegidos por Deus para não introduzirem erros, se fossem copistas jamais a adulterariam e, se fossem leitores ou ouvintes, jamais aceitariam que fossem adulteradas, mesmo que tais adulterações parecessem reforçar doutrinas bíblicas. Mas crentes infiéis (mesmo que bem vistos e sinceros e inconscientes do pecado que estavam cometendo, e até mesmo fossem bem intencionados) é que poderiam adulterar ou aceitar ser adulterada a Palavra de Deus. Mesmo que não tivessem consciência disso, o Diabo usaria para seus propósitos esses crentes infiéis. Ora, quando o Diabo atira uma seta, não almeja atingir a si mesmo nem suas hostes, e ele não chuta para tentar fazer "gol contra", e nem atira para tentar se matar. Portanto, sempre que há variantes de um texto da Bíblia, para discernirmos qual variante é a verdadeira e quais são as falsas, basta observarmos a direção das setas, das chutes e das balas. Invariavelmente, sempre que há uma diferença doutrinária ou implicações doutrinárias ou perigo de prejuízos doutrinários, entre uma leitura do TR+TMassorético versus uma leitura do TC, é sempre o TC que favorece o Diabo ou desonra a Cristo ou enfraquece alguma doutrina ou traz perigos de prejuízos doutrinários. Por isso, somente um cego ou um propositadamente cego espiritual ou um louco é que não reconhece simples e imediatamente, nem nenhuma tecnicalidade, qual é a verdadeira Palavra de Deus ... |
J) EVIDÊNCIAS DA CONTRADIÇÃO DA CRÍTICA TEXTUAL:
O TC muitas vezes decide adotar uma leitura com base em 1 (uma!) só testemunha (por exemplo, extirpa Luc 24:40, presente em todos os manuscritos gregos exceto um, do século V). Em alguns casos, o TC decide adotar uma leitura com base em 0 (zero!) testemunhas (por exemplo, ver Luc 3:33 e Atos 16:12). Por que, aqui em 1João 5:7, despreza totalmente uma tradição ininterrupta e com tão esmagadoras evidências e tão grande número de testemunhas (23 mss e lecionários em Grego, 17 "Pais", 259 mss da Vulgata Latina e Bíblia dos Valdenses, e cerca de 8000 mss da Vulgata de Jerônimo)?!... Não será porque, no final das contas, o enfoque do TC é, sempre, "Em caso de qualquer dúvida, decidamos pelo que menos honre a Deus. Decidamos pelo que menos fortaleça a doutrina ortodoxa"??? Este é o grande critério do TC: "Quanto mais for contrário à ortodoxia, melhor. Quanto pior, melhor" !!!
K) EVIDÊNCIAS DE CONSISTÊNCIA COM O ESTILO BÍBLICO: É usual que solenes verdades, ainda mais quando apresentadas pela primeira vez e com ênfase, sejam apresentadas em repetições agrupadas. Ver Prov 30; Amós 1:3,6,9,13; as visões do mordomo e do padeiro em Gên 40; a combinação das palavras de Cristo em Mat 12:40; etc., etc., etc. Portanto, o estilo de 1João 5:7-8 contendo o Parêntese Joanino é plenamente compatível com o estilo de muitas outras partes da Bíblia, Deus fazendo um paralelo entre os três que estão no céu (Deus o Pai, Deus o Verbo, e Deus o Espírito Santo, três pessoas em UM só Deus) e os três que estão na terra (o Espírito, a água, e o sangue).
Fonte: Sola Scriptura
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