Nos tópicos de sua coluna eletrônica, "Radar On-line" de hoje (20/06/08), a Veja.com publicou notas interessantes, escritas pelo jornalista Lauro Jardim. Ei-las:
Como tratar os evangélicos 1
Há uma recente instrução geral (não escrita) na Globo sobre como tratar os evangélicos, vinda diretamente da família Marinho: adversária é só a Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo - e não todas as igrejas evangélicas. Em sua programação, a emissora deve deixar claro que não discrimina os outros evangélicos. Essa demarcação terá que ficar nítida.
Como tratar os evangélicos 2
A avaliação é que a Universal aproveita bem o embate com a Globo para unir todos os evangélicos contra a emissora - e que a Globo nunca conseguiu explicitar de modo patente que a sua guerra é com igreja de Macedo, a qual chama de seita. Na verdade, a Globo nunca se preocupara com isso, que, afinal, parece meio óbvio, e botavam todos no mesmo saco. Resultado: há entre boa parte dos evangélicos o sentimento de que são discriminados pela emissora. Agora, tenta recuperar o tempo e a audiência perdidas.
Bem, diante do que foi exposto, e, em se tratando de informação verídica, tecemos algumas considerações.
1 - A rede Globo de televisão sempre se posicionou contra os evangélicos, de um modo geral. É falacioso o argumento de que sua ´única adversária é a Record e/ou a Universal do Reino de Deus´. A rede é preconceituosa, sim, quando explicitamente omite quase que por completo notícias sobre mega-eventos cristão-evangélicos, ocorridos em todo o Brasil, que reúnem centenas de milhares de pessoas. Quando exclui quaisquer informações sobre tais eventos, como a "Marcha Para Jesus", que reúne milhões de pessoas, só em São Paulo, ou quando noticia com veemência notas sobre prisões ou escândalos de pastores, a emissora revela qual o seu real ´interesse jornalístico´. Disto, qualquer pessoa que reflita com um pouco mais de acuidade não pode duvidar.
2 - As degeneradas caricaturas que a rede Globo fez dos evangélicos ficaram célebres. Um exemplo do que falo se viu em todo o Brasil quando da veiculação, extremamente alardeada na época, da minissérie ´Decadência´ (1995), cujo protagonista, o ator Edson Celulari, interpretava um pastor promíscuo e corrupto, "Mariel", que liderava uma igreja de nome sugestivo: "Igreja do Novo Amanhecer", numa alusão clara e grotesca à Igreja Renascer. Mais ou menos por esta época houve um corte de relações entre a IURD e a Globo, mas ficava clara a posição discriminatória, difamatória e distorcida da emissora contra os evangélicos, de um modo geral.
Chamada da minissérie "Decadência". Na cena inical de amor entre as personagens "Carla" (Adriana Esteves) e "Mariel" (Edson Celulari), acontece um dos maiores ultrajes feitos pela emissora, não a uma religião ou denominação cristã evangélica específica, mas à fé de todo e qualquer cristão: A personagem ´Carla´, a mocinha da história, coloca a sua calcinha em cima de uma Bíblia aberta, antes de fazer sexo com o inescrupuloso e caricato líder religioso.
"Através do seu programa semanal na televisão, o pastor Silas Malafaia denunciou, no dia 7.6.2003, a forma sistemática com que o Sistema Globo – Televisão e Jornal – tenta denegrir a imagem dos evangélicos no Brasil. É público e notório que as más notícias envolvendo evangélicos ou supostos evangélicos encontram ampla acolhida na mídia global. É público e notório que somente com relação aos evangélicos é mencionada a opção religiosa dos envolvidos em escândalos ou em qualquer falcatrua. O pastor Silas Malafaia apresentou provas, incontestáveis segundo ele, desse tipo de atitude. Fazendo coro às palavras do referido pastor, repudiamos essa tentativa de manchar a imagem de nossa comunidade, que incontáveis benefícios tem proporcionado à família brasileira.4 - O dantesco episódio (e um dos mais repercutidos) do fanatismo religioso perpetrado por evangélicos insandecidos na novela "Duas Caras" causou comoção e revoltas nacionais. O baixíssimo nível do que foi apresentado causou repulsa até de representantes de outras religiões, que viram claramente, nas famosas cenas de extremismo religioso inexistentes no Brasil, o perigo de uma perseguição religiosa, discriminatória, movida pela repulsa a tudo o que os cristãos evangélicos representam no Brasil e no mundo. Para lembrar-lhe do que digo, repriso esta reportagem do ´Domingo Espetacular´, que entrevistou vários líderes religiosos cristãos evangélicos de várias denominações diferentes, no Brasil, e todos foram unânimes em demonstrar seu repúdio àquilo que, inclusive, intitularam de discriminação e perseguição religiosa por parte desta organização de informação e entretenimento, na novela "Duas Caras":
“Pois nada podemos fazer contra a verdade, senão em favor da verdade” (2 Co 13.8). “Assim, com confiança, ousemos dizer: O Senhor é o meu auxílio. Não temerei. O que me poderá fazer o homem?” (Hb 13.6). Citando esses versículos da Bíblia, o pastor iniciou seu discurso. Vejamos alguns trechos:
“É sobre a seguinte reportagem de o Jornal O Globo: ´Evangélica discursa a favor de Beira-Mar diante de Lula´. O interessante é que essa reportagem de capa do Jornal O Globo saiu durante quatro dias seguidos. Nesse mesmo jornal, que publica referida notícia de capa, a mesma notícia é divulgada numa página inteira, a de número três, a página mais importante do Jornal, com o título ´Defesa de Beira-Mar no Planalto´,
No dia seguinte, quase uma outra página inteira foi utilizada para falar sobre a evangélica que entrou no palácio. Depois, no outro dia, mais notícias sobre o mesmo assunto, com a manchete: ´Irmãs de Beira-Mar agradecem a Rita´.
Senhores, eu fico bobo de ver – disse o pastor – o preconceito do Jornal O Globo, do Sistema Globo, da Rede Globo contra os evangélicos. Tudo o que é notícia que vem para nos denegrir, vai para a primeira página, vai ser manchete de jornal, e qualquer notícia que é para engrandecer os evangélicos é escondida. Vou dar um exemplo: No dia 21 de abril deste ano de 2003 os evangélicos do Brasil reuniram quase duzentas mil pessoas na Quinta da Boa Vista para fazer um clamor de oração em favor da paz no Brasil. Não saiu uma linha no Jornal O Globo, ou no Jornal Nacional. Mas um besteirol [coisa insignificante] de uma mulher que não nos representa, e que entra no Palácio, até desprovida de sabedoria... Não vou falar da evangelização que ela está fazendo, porque o evangelho é para todo mundo. O evangelho é para o bacana e o bandido. Jesus mandou pregar pra todo mundo. O que eu discuto é a malandragem, a safadeza de tentar ridicularizar uma comunidade diante da opinião pública a partir de um fato de uma pessoa isolada. Eu estou denunciando: O Jornal O Globo, a Rede Globo são preconceituosos contra os evangélicos. Olha a prova que eu vou dar: quando é notícia ruim da Igreja Católica, vai para uma página interna de segunda categoria do Jornal. A notícia com a manchete ´Padre é preso por abusar sexualmente de um menino de 9 anos em Mariana´ foi divulgada na décima-primeira página do Jornal, e com letras pequenas. Outra notícia que não saiu na primeira página: ´Padre recebe 700 mensagens de solidariedade´, falando de um padre que teve um caso com uma menina. Outra notícia ruim contra a Igreja Católica que saiu somente na décima-primeira página e em tamanho reduzido foi a seguinte: ´Prisão para bispo francês que protegeu pedófilo´. Quando são para denegrir os evangélicos as reportagens do Jornal O Globo são bem mais extensas, basta comparar. Portanto, não estou deturpando os fatos nem fazendo acusações levianas.
Notícias boas a favor dos evangélicos não aparecem nesse Jornal, mas se forem a favor da Igreja Católica são divulgadas na primeira página. Exemplo: ´Papa lamenta erros do passado´.". (Fonte: Atos Dois)
Reportagem veiculada no ´Domingo Espetacular´, logo em seguida às polêmicas cenas da novela global "Duas Caras". Observe que várias lideranças nacionais cristãs evangélicas, até de outras religiões, se posicionam contrárias à caricaturização da Globo.
Diante do exposto percebe-se que a tentativa da rede Globo de, em outras palavras, se auto-proclamar imparcial quanto às suas posições acerca dos cristãos evangélicos no Brasil não é verdadeira. Seriam necessários inúmeros e conclusivos episódios, daqui para a frente, que mostrassem a sinceridade das asseverações supostamente feitas pela família Marinho, publicadas pela Veja.com. Do contrário, estas tais ´boas intenções´serão exatamente como suas teledramaturgias: apenas ficção.
Fonte: Veja On-line
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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