Fonte gráfico: CPS/FGV, São Paulo, 2005
Apesar da participação cristã na população brasileira ainda estar um pouco acima dos 90% segundo o Censo Demográfico 2000, é significativo notar que a principal concorrência para as igrejas cristãs não são outras denominações deste mesmo segmento ou mesmo outras religiões, mas sim o avanço de uma não-filiação religiosa. Vale ressaltar que isso não quer dizer, necessariamente, um aumento do ateísmo na população. No artigo Trânsito religioso no Brasil, Ronaldo de Almeida e Paula Monteiro falam sobre esse fenômeno:
A literatura antropológica demonstrou exaustivamente como muitas pessoas compõem um repertório particular de crenças e práticas variadas, mas não se identificam com nenhuma religião específica. Não se trata, portanto, somente de um movimento em direção ao ateísmo, mas sim a composição de um repertório simbólico particular, afinal, a não-filiação não significa necessariamente ausência de religiosidade.Essa composição particular pode ser fruto de uma busca mal sucedida nas religiões institucionalizadas. Uma pessoa que se sente enganada por determinada denominação pode nunca mais voltar a frequentar uma comunidade. Ainda há aqueles que esperam da igreja a satisfação de seus desejos de prosperidade e que, caso não sejam bem-sucedidos em sua procura, podem sair defintivamente do "mercado religioso oficial". Com isso podemos ver que o discurso de algumas igrejas têm consequências muito sérias. Contudo, pode haver uma quebra no crescimento dos sem religião. Segundo o economista Marcelo Neri (FGV) na edição comemorativa dos 40 anos da revista "Veja":
Os evangélicos, no entanto, devem continuar a crescer e os sem-religião, a diminuir de tamanho. É ver para crer. Isso porque, segundo a revista, o percentual de católicos na população está estabilizado desde 2000.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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