Pesquisar no blog

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pedofilia, engodo GLBT e política: Uma mistura explosiva!

PARA O MOVIMENTO ´GLBT´, PEDOFILIA É CRIME OU NÃO É, AFINAL?...... (ABAIXO, EXCERTO DE UMA ANÁLISE HISTÓRICA DA ´OPRESSÃO SEXUAL´ SOB A ÓTICA DE UM "TEÓRICO GAY")



Por Olavo de Carvalho
Adaptado por Artur Eduardo

O mesmo sintoma que revelaria a doença ao médico tarimbado pode torná-la invisível aos olhos do paciente, que por isso mesmo não consegue descrever com clareza o que sente e acaba colocando o médico na pista errada. Fenômeno idêntico acontece na sociedade humana, quando a deterioração da linguagem, que manifesta uma perda geral de consciência, torna essa perda tanto mais grave quanto mais vão desaparecendo os meios lingüísticos aptos a diagnosticá-la e corrigi-la. A mera degradação intelectual evolui assim rapidamente para um estado de psicose social, onde aquilo que se diz vai se afastando cada vez mais daquilo que se conhece na experiência, até que se chega àquele estado de ruptura completa no qual os fatos reais, encobertos sob construções imaginárias hipnóticas, se tornam definitivamente imperceptíveis.

Tomemos um exemplo banal, mas revelador pela sua tipicidade mesma. Leiam este parágrafo do jovem “teórico gayDeco Ribeiro (foto), tido nos meios homossexuais como uma espécie de líder intelectual:

Pedofilia é um desejo e não existe polícia de pensamento ainda. O crime ocorre quando o indivíduo sai do pensamento e parte para a prática. ‘Crime de pedofilia’ é coisa de jornalista. Mau jornalista. Ou jornalista f. da p.” (http://www.e-jovem.com/tema25.html#adolescentes).

Com toda a evidência, a distinção usual entre “pedofilia” e “crime de pedofilia” visa a assinalar a mesma diferença que aí se enfatiza entre o mero desejo e a ação. Se a segunda expressão for suprimida, o termo “pedofilia” terá de ser usado para designar as duas coisas, provocando automaticamente aquilo mesmo que o rapaz desejaria evitar: a criminalização do desejo. Se alguém quer impedir que um pensamento seja tido por crime, não pode, no mesmo ato, protestar contra a existência de termos diferentes para designar o pensamento e o crime que o realiza. A percepção disso deveria ser instantânea e intuitiva em qualquer pessoa alfabetizada, mas hoje ela escapa por completo a um formador de opinião e à massa de seus leitores universitários. Estes não entendem o que lêem, aquele não entende o que escreve.

Mas a confusão aí manifesta tem uma segunda camada mais profunda. Se determinado ato é crime, é preciso reprimir não somente o ato mas também o desejo de cometê-lo. A primeira modalidade de repressão cabe à polícia, a segunda à cultura, da qual o jornalismo, a educação e o show business são as expressões mais populares. O Código Penal absorve essa distinção, tornando crime a mera apologia do ato criminoso. Se a cultura popular permite ou fomenta o desejo de praticar determinado crime que a polícia ao mesmo tempo reprime, fica declarada a guerra entre a cultura e a polícia, uma guerra que os policiais acabarão perdendo, pois sua mente é formada pela mesma cultura que os envolve e nenhum deles é um "gênio" capaz de se desaculturar a si próprio. No parágrafo que estou examinando, a expressão “polícia de pensamento” aparece usada de maneira ambígua. Uma coisa é prender as pessoas por delito de opinião. A livre expressão de um desejo é algo mais que mera opinião e infinitamente mais do que um pensamento inexpresso – é um convite aberto, uma incitação ao ato correspondente. É portanto apologia do crime.

O sr. Luiz Mott, por exemplo, incorre nela quando erotiza em público a imagem de um bebê pelado (Atenção: O referido vídeo, exposto há algum tempo no "Youtube", foi retirado por quem o postara ali. Grifo nosso). Mas Deco Ribeiro não se revolta apenas contra a punição que a polícia impõe à apologia do crime. Ele abomina, na verdade, o que quer que se diga contra a pedofilia, mesmo quando se diz com toda a moderação possível, tal como acontece na distinção entre “pedofilia” e “crime de pedofilia”. Se até essa polida distinção deve ser abominada como “polícia de pensamento”, então é claro que qualquer expressão pública de repulsa à pedofilia é um horror nazista. Tal é o sentimento real que o parágrafo citado veicula, mas, como esse sentimento é indecente e sua expressão direta é apologia do crime, Deco Ribeiro vê-se instintivamente forçado a camuflá-lo sob uma construção verbal postiça cuja autocontradição primária revela ao observador atento a própria má intenção que ela pretendia ocultar do público em geral.

Esse episódio é miúdo porém típico: ele ilustra com clareza didática o tipo de estrutura verbal que se tornou dominante em todos os debates públicos neste país (e que vai se disseminando rapidamente em países mais cultos), erigindo a linguagem como uma placa de chumbo entre percepção e realidade e tornando absolutamente impossível a discussão séria do que quer que seja.


Para ler o artigo completo, clique AQUI.


NOTA: E já que estamos falando de "psicose linguística" (este é o título do artigo do Olavo de Carvalho), e estamos em um ano eleitoral, vejamos algumas outras declarações (não menos estapafúrdias) do sr. Deco Ribeiro:

"E eu podia continuar e continuar, por cinquenta páginas, a falar sobre burgueses e proletários, proletários e comunistas, comunistas e homossexuais... Mas não. Não sou Marx, nem Engels. Sou apenas um jornalista gay que acordou pra vida. Que se deu conta de que o preconceito contra homossexuais é uma opressão sexual nos mesmos moldes da opressão do homem sobre a mulher. Que, por sua vez, tem tudo a ver com a origem da família, da propriedade privada e do Estado. Ou seja, tem tudo a ver com a ascensão do capitalismo e do neoliberalismo.

Sim, meus caros, a homofobia é capitalista. E enquanto o mundo funcionar para que uma elite machista, racista e homofóbica perpetue o seu poder, continuarão existindo preconceito e discriminação contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e todos aqueles que se “desviam”, “invertem” e “pervertem” a ordem e a moral que interessa à essa elite. Em outras palavras, lutar contra a homofobia é lutar contra o capitalismo. É lutar pelo fim de toda opressão e exploração. É também uma luta para que nos libertemos de todos os preconceitos e toda a repressão que distorcem e destroem a nossa sexualidade.
O capitalismo é uma sociedade que se baseia na promoção da divisão e dos preconceitos para dividir e dominar. Mas é também um sistema que cria a classe que pode destruí-lo para construir em seu lugar um mundo novo.

Essa classe, ainda que oprimida, tem o poder para acabar com todas as opressões e com a exploração. Para isso tem que destruir as velhas instituições da sociedade e construir outras instituições, realmente democráticas, que possam dirigir diretamente a sociedade.
Assim como é importante que todos defendam e lutem pela libertação gay, também é fundamental que defendamos a necessidade de uma sociedade socialista, uma sociedade onde a idéia de libertação gay torna-se uma realidade palpável, e onde a divisão artificial entre ''heterossexuais'' e ''homossexuais'' possa ser derrubada de uma vez por todas. Mesmo que para isso seja preciso uma revolução. Uma revolução brasileira, comunista e gay". (Fonte: Athos GLS)

O que mais me espanta aqui, não é o fato de o sr. Deco Ribeiro (candidato a vereador em Campinas - São Paulo - pelo ´PC do B´) querer levar suas concepções sobre ´como seria bom se o mundo inteiro fosse esquerdista´, ou mostrar suas diferenças e desprezo pelo neoliberalismo. O que me espanta, e até irrita, é a forma como o faz: Com falaciosas expressões ad hoc, que não querem dizer coisa alguma. A opressão do homem sobre a mulher é algo que está, segundo ele, intimamente ligada à própria formação da família!! Ou seja, é fato que, para o sr. Deco Ribeiro, os moldes sobre os quais se construiu a família são "maus", porque são "opressores"(e aqui, inclua-se principalmente o modelo bíblico-cristão, obviamente). Daí ele pula para ´a propriedade privada´ e até para o ´Estado´, sem qualquer tipo de preocupação, por menor que seja, de explicar estas inferências deslocadas. Depois disto ele afirma que ´a homofobia é capitalista´, e aponta a "solução": O comunismo!! Bem, sabemos que as realidades das ditaduras comunistas, como as de Pol Pot (Camboja), Ceucesco (Romênia), Mao (China), Fidel (Cuba) e Stalin (Rússia) não são os melhores exemplos de sociedades libertárias (Isto sem falar na Coréia do Norte, o país mais ´fechado´ do mundo, e Mianmar, com seus líderes tão preocupados com o povo que, quando o país foi devastado pelo furacão ´Nargis´, que matou, segundo estimativas da ONU, cerca de 100.000 pessoas, principalmente pelas más condições da população, os referidos líderes se recusaram até o último momento receber ajuda internacional alegando ´segurança nacional´). Mas, o que todas têm em comum para terem sido tão irracionalmente cruéis? A própria condição essencial do comunismo que, em última análise, reduz o ser-humano a um escravo do Estado, cuja ingerência se dá nos menores aspectos das vidas dos que estão sob sua tutela. Esta ingerência atéia, diga-se de passagem, produziu os sistemas totalitários mais horrendos de que se tem notícia, com mais mortes produzidas por perseguição religiosa do que em todas as guerras dos últimos mil anos, juntas!! Assim, além de distorções de conceitos, falácias, inferências, observamos uma espécie de acobertamento mafioso que se vale, infelizmente, da ´memória de curta duração´ que caracteriza a sociedade ocidental na atualidade. Assim, o esquerdismo avança no mundo, sob a égide de ter sido um dos promotores da liberdade de expressão (ainda) vigente, no Ocidente, com aquela conversa fiada robin hoodiana de defensor dos ´fracos´e ´necessitados´ do globo. O que o sr. Deco Ribeiro "se esqueceu" de mencionar foi que o capitalismo ´maldito´ e ´escravizador´, bem como os conceitos de família, propriedade, Estado, sobre os quais o mesmo se firmou, produziu as sociedades com melhores tipos de qualidade de vida, do mundo. E, não... não estou falando dos EUA (os alardeadamente "culpados" por tudo o que acontece de ruim, atualmente)... Estou falando de países como Suíça, Finlândia, Noruega, Dinamarca, Holanda, Escócia, Islândia, todos impregnados pelos conceitos da Reforma protestante, construídos sob as égides dos mesmos "males horríveis" condenados pelo sr. Deco Ribeiro. Quem quiser, pode comprovar! Só por isso, os que têm um pouco mais de acesso à informação já devem saber em quem votar e em quem não votar. Em quem confiar e a quem execrar, politicamente. Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nossa nação!...

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Nenhum comentário:

Ofertas Exclusivas!!!!