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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A preocupação extraordinária do governo federal quanto à educação...

´KIT DE EDUCAÇÃO SEXUAL´ DO GOVERNO FEDERAL REVELA O BAIXO PARÂMETRO MORAL NO QUAL A SOCIEDADE BRASILEIRA SE ENCONTRA. E O PIOR: A EDUCAÇÃO ATINGE UM ÁPICE DA VERGONHA PEDAGÓGICA



Por Reinaldo Azevedo
Adaptado por Artur Eduardo

As fotos que você vêem abaixo retratam o kit que o Ministério da Saúde, comandado pelo inefável José Gomes Temporão, envia às escolas para as aulas de educação sexual. Integram um tal Programa de Saúde e Prevenção. Em São Paulo, ele é desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e com os municípios. Deve ser assim no Brasil inteiro. Falta a personagem principal do kit de Temporão: um pênis de borracha que o poeta Bocage diria ser daqueles que servem mais para “mostrar do que para usar” — ele empregava outro verbo, que o decoro me impede de escrever. E, claro, decidi não publicar a imagem aqui porque não é coisa que deva ser exibida em blogs de família. Duvido que qualquer dos nossos jornais a estampasse na primeira página. Vocês entenderam: alunos de 12, 13 anos estão sendo expostos a um “material didático” que não pode ser exibido em blogs e jornais voltados para o público adulto.



De onde vêm essas fotos? Elas me foram enviadas por João Flávio Martinez, pai de uma estudante de 13 anos de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Professor, Martinez indignou-se com a forma como a tal “Educação Sexual” está sendo ministrada a crianças. Durante as aulas, digamos, práticas, meninos e meninas são convidados a vestir o pênis com a camisinha — vocês sabe: é para aprender como se usa... Na seqüência acima, vêem-se um DIU (dispositivo intra-uterino), um diafragma, pílulas anticoncepcionais e a camisinha feminina. Só para precisar: o remédio Pozato Uni não é exatamente um anticoncepcional: trata-se da chamada “pílula do dia seguinte”.

Martinez indignou-se com a forma como as coisas estavam sendo conduzidas e foi falar com a diretora da escola estadual Pio X, Mara Cristina Pacci Lainetti. Ela teria recomendado que ele tirasse a filha da escola. Procurei a diretora, que não quis comentar o caso, nem mesmo a acusação que lhe faz o pai da estudante. Afirmou que eu deveria procurar a Secretaria da Educação. Foi o que eu fiz. A assessoria sustenta que as aulas obedecem ao rigor técnico e que há professores treinados para ministrá-las. A secretaria, evidentemente, não endossa a recomendação para que a aluna deixe a escola.

Não, Martinez não se conformou com o tratamento que lhe foi dispensado e com o método adotado nas aulas de educação sexual e redigiu uma carta aberta, entregue à escola. Seguem alguns trechos:

Não quero nem discutir se a escola deve ou não orientar sexualmente as crianças, porque isso nem cabe discussão – A escola deve e precisa orientar sexualmente as crianças e adolescentes.
A problemática gira em torno da metodologia adotada pelo Estado. Diante disso, perguntamos ao Estado:
- Será que não estamos passando do limite ao levar em uma sala de aula um pênis de borracha para que crianças de 11 a 14 anos vistam com camisinha esse objeto?
- Será que não estamos extrapolando o bom senso ao obrigar uma criança a ir a um posto de saúde e pedir uma camisinha e depois obrigá-la a colocar no tal pênis de borracha na frente de todos?
(...)
- Pra que falar de pílula do dia seguinte a ouvintes tão pequenos, se o remédio é somente vendido sob prescrição médica e para maiores de idade?
(...)
Diante desse quadro vamos analisar o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente:
1) Quando o Estado e a Escola preparam uma metodologia ou algum projeto educacional para adolescentes, pais e responsáveis têm o direito de ser plenamente informados do que está acontecendo. (...) entendo que os pais deveriam ser informados e deveriam ter visto o KIT PEDAGÓGICO para aulas de sexo (Cf. no ECA Art. 53, parágrafo único).
2) Essa orientação sexual deve respeitar a cultura, o ambiente, e o sistema educacional que essa criança já tem em casa (Cf. ECA Art. 58), ou seja, os valores familiares não devem ser atropelados pelas metodologias do Estado.
(...)
4) Uma criança nunca poderá ser exposta a uma cena constrangedora ou a um espetáculo que explicite objetos ou fotos pornográficos (Cf. ECA Arts. 74, 75, 77, 78, 79, 240).
(...)

Voltei.
Martinez está certo de várias maneiras. Acerta ao, na condição de pai, indagar a direção da escola sobre a forma como está sendo conduzida a aula de educação sexual; acerta quando considera chocante o suposto material didático, que ficaria bem, sem dúvida, numa loja de artigos eróticos; acerta quando redige a sua carta aberta; acerta quando se indigna com o fato de estudantes de 12 receberem “aulas” sobre a pílula do dia seguinte; acerta quando acusa que vários artigos do tal ECA estão sendo jogados no lixo; acerta quando aponta que a escola está se metendo em valores que são da família, onde o estado não tem de meter o bedelho. É mesmo um descalabro.

O Brasil tem uma das piores escolas do mundo. O resultado do Enem, divulgado há alguns dias, não deixa dúvida: o desempenho médio dos alunos não alcançou 43%. Em exames internacionais, amargamos os últimos lugares. A maioria dos nossos estudantes têm um domínio pífio da própria língua e um desempenho melancólico nas chamadas “disciplinas exatas”. A escola falha de modo miserável, escandaloso, no ensino das disciplinas que constituem a sua razão primeira de ser. Não obstante, tornaram-se verdadeiros centros de doutrinação da sexualidade.

Pênis? E o número Pi?
Será mesmo necessário convidar alunos e alunas a manipular em sala um pênis de borracha, vestindo-o com uma camisinha, sob o pretexto de instruí-los sobre a maneira correta de usar um e outro? Nessa idade? 12 anos? 13 anos? É uma vergonha pedagógica, intelectual e moral.

Será que não há uma maneira didática de tratar do assunto, usando — vejam como sou exótico — a velha e boa conceituação? O professor de biologia agora tem de mostrar a meiose acontecendo? O professor de matemática tem de materializar o pi, o número transcendente? Será preciso pegar na mão a mitocôndria para acreditar que ela existe? Teremos de fazer Júlio César reencarnar em alguma sessão espírita?

Estupidez!
Mistificação!
Pilantragem intelectual!

A assessoria da Secretaria de Educação diz que a Diretoria de Ensino regional informa ter havido uma redução de 50% nos casos de gravidez na adolescência na cidade depois que o programa foi implementado. Eles têm meus telefones e gostaria de receber o material técnico que ampara tal informação. Quem fez a pesquisa? Ela só foi feita em São José do Rio Preto? Lamento, mas duvido. Duvido porque isso vai contra as evidências. Os dados a seguir são do IBGE:
- A gravidez na adolescência subiu entre 1996 e 2006, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais;
- A única faixa etária em que houve aumento da fecundidade foi entre 15 e 17 anos: passou de 6,9%, em 1996, para 7,6%, em 2006. No Nordeste, a variação foi maior: 1,2 ponto percentual.

Ah, sim: também a AIDS voltou a crescer entre adolescentes, especialmente as meninas.

Fonte: VINACC

NOTA: Não há o que dizer diante de tais informações. As vozes conservadoras desta país foram reduzidas a esparsos ecos que são tidos por retrógrados, nos melhores dos casos. Em quanto isso, um compéndio de más atitudes administrativas se avolumam, como que um cerco se fechando, cujo alvo principal é, nitidamente, a moral cristã. Não é à toa que, no discurso no qual sancionou a lei que criminaliza a pedofilia na Internet (um caso gravíssimo, no Brasil), o Exmo. sr. presidente da República aludiu à "hipocrisia religiosa"? Só se ele estiver se referindo aos falsos sacerdotes e pastores pedófilos... Mas isto NÃO tem a ver com o gravísismo problema em questão. A questão era pedofilia na Internet, e os principais proponentes deste triste episódio são oficiais, políticos e empresários, conforme pode-se observar nos arquivos da CPI da Pedofilia. Ele deveria falar é da ´hipocrisia´ de um governo que quer retirar à força filhos de seus pais, por estes discordarem, por exemplo, do sistema educacional brasileiro, mais do que comprovadamente falho. Um governo que diz informar contra as DST´s, mas o faz praticamente incentivando a prática da promiscuidade. Se não, dê uma olhada no cartaz voltado ao público homossexual feito pelo governo federal:

Observe o absurdo do imperativo: "Faça o que quiser". Bem, esta orientação não me parece ser aquilo que os familiares ensinam aos seus filhos. Mas, o governo NÃO respeita isto, e promove abertamente uma campanha espúria como esta. Em segundo lugar, mostra um homem, nu, com saúde. Por que não mostrar uma pessoa morrendo como os sintomas da AIDS, como o governo fez nas carteiras de cigarro? Não há ´vontade política´ pois é objetivo deste governo e de outros semelhantes, sublevação dos valores bíblico-cristãos até à total erradicação dos mesmos. Esta tensão entre ´família´ e Estado tende a piorar, obviamente que com a superação do Estado sobre os padrões familiares. Isto não é campanha, mas uma agressão ao padrão (ainda) atual de família, e ninguém ouve um grito sequer de contestação, como se o ato de se defender, de se conservar aquilo que nos fez ser quem somos fosse, em si, ilegal ou imoral. Esta sistemática e bem planejada ação contínua de desagregar a sociedade de seus fundamentos pátrios tem como objetivo o imposição da agenda global homossexual, que já está andando galopantemente em vários países do mundo. Falar de preceitos cristãos já é similar a falar algo ruim necessariamente à humanidade. Conseguiu-se difundir a idéia de que a promiscuidade é inerente à prática social e, a despeito de tudo que mostre que não, que vivemos uma época de sequidão espiritual sem precedentes, continua-se a impor o pensamento de que todos os problemas civilizacionais só estarão resolvidos quando aqueles que discordam de tais parâmetros forem totalmente silenciados. Isto já tem acontecido e avolumar-se-á em escala global.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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