Um cinegrafista sudanês, Mohamed ElhassanAbdelatif Mahir, conseguiu registrar o rastro deixado na atmosfera pela desintegração do asteróide 2008 TC3 sobre os céus do Sudão, em 7 de outubro. Este foi o primeiro asteróide em rota de colisão com a Terra a ser descoberto e rastreado ainda no espaço.
Um quadro retirado do filme foi divulgado como "imagem astronômica do dia" (foto) pela Nasa, no sábado, para estimular outras testemunhas do evento a apresentar fotos ou gravações que tenham feito. Até agora, o vídeo sudanês representa a única imagem do impacto feita a partir do solo. Com cerca de 3 metros de diâmetro, o asteróide não representou perigo o planeta. O ponto de impacto, sobre o deserto sudanês, foi calculado por astrônomos com oito horas de antecedência.
Segundo a Nasa, a energia liberada na desintegração do asteróide na atmosfera equivaleu à da explosão de 1.000 toneladas de TNT. O asteróide 2008 TC3 havia sido descoberto na véspera da colisão, 6 de outubro, por astrônomos da Universidade do Arizona. Nas 11 horas após a informação ser divulgada pra a comunidade científica, atraindo a atenção de outras equipes de observadores, a trajetória do objeto foi determinada com precisão. Entre descoberta e impacto, transcorreram cerca de 20 horas.
Houve outro, mais recenteUm asteróide de dez toneladas explodiu sobre o Canadá semana passada e foi a causa de um clarão avistado nos céus das províncias de Alberta e Saskatchewan, no oeste do país, informa um boletim divulgado pela Universidade de Calgary. Pesquisadores da universidade estão em campo em busca de fragmentos da rocha que, ao entrar na atmosfera terrestre, teria o tamanho aproximado de uma escrivaninha.
"Um objeto de rocha desse tamanho se desintegra na atmosfera e, assim, atinge a superfície como uma coleção de pedras menores, em velocidade relativamente baixa", explica o astrônomo canadense Peter Brown, um dos responsáveis pela caracterização do asteróide. "A menos que uma pessoa seja atingida diretamente pela pedra, não há perigo".
O asteróide canadense desintegrou-se gerando uma energia equivalente à de 400 kg de TNT, e deu origem a um clarão no céu a uma altitude de cerca de 80 km, em 20 de novembro. O clarão durou cinco segundos, enquanto o asteróide mergulhava a um ângulo de 60º em direção ao solo. Segundo Brown, um asteróide semelhante entra na atmosfera terrestre a cada mês, aproximadamente.
Fonte: EstadãoEm Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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