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domingo, 21 de dezembro de 2008

Considerações sobre a Arca de Noé

QUAIS ERAM AS PROPORÇÕES DA ´ARCA DE NOÉ´ E QUAIS ANIMAIS FORAM TRANSPORTADOS NELA?



Por Marcos Sabino
Adaptado por Artur Eduardo

Muita gente tem uma ideia errada das dimensões da arca de Noé. Ela não era nada disto:


Observe, agora, comparações mais sérias:




Quando se fala na arca de Noé, uma das perguntas sempre colocadas pelos céticos é: “Como é que Noé conseguiu meter mais 10 milhões de espécies na arca?!“. Por outras palavras, eles querem saber como é que Noé conseguiu colocar na arca todos os animais que existem hoje. Há um erro fundamental cometido pelos cépticos relativamente a esta questão e tem a ver com a definição de “espécie”. Portanto, antes de dizermos quantos animais Noé precisou de levar na arca e como, devemos abordar, primeiro, o conceito de “espécie”.

A Bíblia refere repetidas vezes no capítulo 1 de Gênesis que os animais se reproduzirão “segundo a sua espécie“. O termo “espécie”, em hebraico, é miyn (ou baramin) e certamente é um termo muito mais abrangente do que o conceito “espécie” como é entendido actualmente, como iremos ver mais à frente. Pessoalmente, prefiro a tradução kind (tipo ou gênero) em inglês, pois é um termo que está mais de acordo com o “tipo” bíblico.

O evolucionista tenta confundir a audiência, dizendo que podemos ver “evolução em ação” quando, por exemplo, vemos novas “espécies” de lagartos ou de peixes a formarem-se. No entanto, tudo não passa de variação dentro do tipo. Os lagartos não se transformam em algo “não-lagarto”, nem os peixes viraram alguma coisa que não seja um peixe. Por esta razão, é necessário algum cuidado quando falamos com um evolucionista a respeito de “especiação” - formação de novas espécies - já que isto não passa de recombinação de material genético e não criação de algo novo.

O que é uma espécie?

Em 1942, Ernst Mayr definiu espécie como um grupo de organismos que acasalam entre si e geram descendência fértil, estando isolados, em termos reproductivos, de outros grupos.

O problema com a definição de Mayr é que animais que são classificados como diferentes “espécies” acasalam e geram descendência. Em alguns casos, a descendência é viável, capaz de procriar. Noutros, a descendência é estéril. No entanto, o facto de não serem capazes de procriar não significa que constituem uma espécie diferente do “tipo” bíblico, já que tal facto pode dever-se a material genético danificado. Eu posso não ser capaz de procriar mas, naturalmente, o meu pai podia e isso não faz de mim uma espécie diferente.

À procura do “tipo” bíblico

Definir os tipos básicos criados por Deus não é uma tarefa linear mas podemos seguir as pistas que a Bíblia nos deixa. Ela diz-nos que os animais reproduzem-se “segundo a sua espécie“. Portanto, se animais de diferentes “espécies” forem capazes de se reproduzir, pode isso significar que eles pertencem ao mesmo “tipo” bíblico. Convém também dizer que há criacionistas que acreditam que Deus pode ter criado animais geneticamente compatíveis entre si, não fazendo parte, porém, do mesmo “tipo” bíblico. Por exemplo, sabe-se que um golfinho e uma baleia geraram descendência fértil, mas podem não fazer parte do mesmo tipo bíblico.

Casos
Casos de hibridação (procriação entre “espécies” diferentes):

Zebra + Burro = Zonkey

zonkey

Zebra + Pónei = Zony

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Tigre + Leão = Tigon ou Liger

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Lobo + Cão = Wolfdog

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Hibridação entre porcos domésticos e porcos selvagens

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Zebra + Cavalo = Zorse

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Camelo + Lama = Cama

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Hibridação entre diferentes “espécies” de ursos

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Puma + Leopardo = Pumapard

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Jaguar + Leão = Jaglion

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Leopardo + Leão = Leopon

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Há, também, hibridação entre diferentes “espécies” de rinocerontes, cangurus, iguanas, elefantes (ao nível do género) e vários tipos de gado. Também são conhecidos muitos casos de hibridação entre diferentes “espécies” de aves. A hibridação entre diferentes “espécies” de peixes também ocorre, mas como os peixes não foram na arca não vale a pena perder tempo a falar neles.

Como podemos constatar, animais que são considerados diferentes “espécies” acasalam e geram descendência, o que nos mostra que o “tipo” bíblico é muito mais abrangente do que a corrente definição de “espécie”.

Noé não teve de levar na arca um urso-pardo, um urso-tibetano, um urso-negro-americano, um urso-de-óculos, um urso-malaio, um urso-beiçudo, etc… Noé apenas teve de levar representantes do “tipo” urso… aquilo que seria equivalente ao género Ursus ou, até mesmo, representantes ao nível da família Ursidae. O mesmo exercício serve para os outros animais.

Reparem que no caso do camelo + lama, a hibridação ocorreu entre diferentes gêneros (Camelus + Lama) e não diferentes “espécies”. No caso do puma + leopardo, a hibridação também ocorreu entre diferentes gêneros (Puma + Panthera) e não diferentes “espécies”, o que sugere que estes animais descendem do mesmo “tipo” bíblico.

O mesmo problema existe ao nível dos dinossauros, onde existe erro na classificação das diferentes “espécies”. Isto porque são atribuídos nomes diferentes ao mesmo animal. Uma investigação recente chamou a atenção para o fato de diferentes “espécies” de lêmures serem, de fato, uma só. É caso para dizer “todos diferentes, todos iguais”, não é?

1lemurs

No meu ponto de vista, o “tipo” bíblico encontra-se mais ao nível do gênero do que ao nível da família, no entanto, acredito que há casos em que o “tipo” bíblico se encontra ao nível da actual definição de família. (Estes termos, de fato, podem ser intecambiáveis. É praticamente impossível sabermos as reais definições de ´tipo´ e ´espécie´, na Bíblia. O que se sabe, contudo, é que tais definições não seguiriam as definições atuais ipsis literis. Grifo nosso.).

Antes de terminar, vamos tomar o exemplo dos felinos. As seguintes imagens representam um ocelote, um lince, um puma, um jaguar e uma chita (não por ordem de referência). Tirando o lince, que me parece ser facilmente identificável, alguém sabe dizer com clareza, só pelas fotos, quem é quem?

pumaocelotelince-ibericochita6jaguar_01tk

O mais certo é que todos estes animais descendam de um mesmo animal, que representa o “tipo” bíblico. E isto não é evolução de peixes para pescadores, é variação dentro do mesmo tipo.

Fonte: A Lógica do Sabino

"Disse o SENHOR a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração. De todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea. Também das aves dos céus, sete pares: macho e fêmea; para se conservar a semente sobre a face da terra. Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz. E tudo fez Noé, segundo o SENHOR lhe ordenara. Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra. Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. Dos animais limpos, e dos animais imundos, e das aves, e de todo réptil sobre a terra, entraram para Noé, na arca, de dois em dois, macho e fêmea, como Deus lhe ordenara. E aconteceu que, depois de sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. Nesse mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos; eles, e todos os animais segundo as suas espécies, todo gado segundo as suas espécies, todos os répteis que rastejam sobre a terra segundo as suas espécies, todas as aves segundo as suas espécies, todos os pássaros e tudo o que tem asa. De toda carne, em que havia fôlego de vida, entraram de dois em dois para Noé na arca; eram macho e fêmea os que entraram de toda carne, como Deus lhe havia ordenado; e o SENHOR fechou a porta após ele.". Livro do Gênesis, 7:1-16.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Um comentário:

ELISANDRO DE OGUM disse...

AMADO,FICA UMA DÚVIDA...NOÉ ENTROU NA ARCA SETE DIAS ANTES COMO O SENHOR ORDENARA OU ENTROU NO DIA EM QUE COMEÇOU A CHOVER?EXISTE UMA CLARA CONTRADIÇÃO A ESSE RESPEITO.SE HÁ UM ERRO TÃO CLAMOROSO EM ALGO TÃO SIMPLES NÃO PODERÁ HAVER ERROS MAIORES DO QUE ESSE?

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