O papa Bento XVI disse nesta segunda-feira, 22, que "salvar" a humanidade do comportamento homossexual ou transexual é tão importante quanto salvar as florestas do desmatamento. "(A Igreja) também deve proteger o homem da destruição de si mesmo. Um tipo de ecologia humana é necessária", disse o pontífice em seu discurso na Cúria, a administração central do Vaticano. "As florestas tropicais merecem nossa proteção. E os homens, como criaturas, não merecem nada menos do que isto".
A Igreja Católica prega que, embora a homossexualidade não seja um pecado, os atos sexuais são. Ela se opõe ao casamento gay e, em outubro, uma importante autoridade do Vaticano chamou a homossexualidade de "desvio, irregularidade, ferida". O papa disse que a humanidade precisa "ouvir a linguagem da criação" para entender os papéis de homens e mulheres. Ele afirmou que os comportamentos que vão além das relações heterossexuais são "a destruição do trabalho de Deus".
Ele também defendeu o direito da Igreja de "falar sobre a natureza humana como homem e mulher, e pedir que esta ordem da criação seja respeitada". "Não é uma metafísica superada se a Igreja fala da natureza do ser humano como homem e mulher e pede que esta ordem da criação seja respeitada", afirmou o pontífice perante os cardeais e membros da Cúria romana, aos quais recebeu na tradicional audiência de troca de felicitações por ocasião do Natal.
O papa denunciou que o homem pretende "auto-emancipar-se da criação e do Criador". O homem quer fazer a si mesmo e dispor sempre e exclusivamente de somente aquilo que o interessa. Mas, desse modo, vive contra a verdade, contra o Espírito criador", ressaltou.
O papa disse também que a Igreja não pode se limitar a transmitir aos fiéis só a mensagem da salvação, mas tem uma responsabilidade em direção à criação e deve defendê-la também em público. Bento XVI voltou a defender o casamento entre um homem e uma mulher como o único existente, assim como a indissolubilidade do casamento, e lembrou que é um sacramento adotado por Cristo.
Fonte: EstadãoNOTA: A palavra do bispo romano é relevante e adequada ao momento, principalmente quando nos lembramos que, se é para ressaltarmos o direito à liberdade (benéfica) de expressão, então os cristãos têm que ter sua liberdade de criticar uma prática qualquer, assegurada por lei. Contudo, discordo quando se diz que a ´a homossexualidade não é pecado´. Esta, por exemplo, não é a visão do apóstolo Paulo, quando escreve claramente: "Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." (1 Carta de Paulo aos Coríntios, 6:9-10). A palavra traduzida por ´efeminado´ é ´malakos´, que em um primeiro sentido, denota algo como ´macio, mole´ perjorativamente. Observe que isto significa ser, essencialmente. Logo em seguida, no versículo 11, o autor sagrado afirma: "Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.". A palavra traduzida por ´fostes´ provém do verbo ´estin´, que significa ´ser´ ou ´estar´. Pelo contexto, os termos são quase que intercambiáveis, cabendo melhor o verbo ´ser´. Observe que os coríntios não ´estavam´ idólatras, mas ´eram´ idólatras! Assim como eram impuros, avarentos, adúlteros... e efeminados (alguns dos mesmos). O selo da salvação em Jesus Cristo
foi-nos outorgado como um presente cujas implicações são eternas! Logo, TODOS precisam entender a mensagem da salvação pela cruz e, principalmente, que a condição de ´ser´ é intrínseca ao chamado de Deus. Deus nos amou enquanto éramos pecadores... E nos comissiona e dirige-nos enquanto somos... aquilo que ´somos´.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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