A bola ficou dividida: 52% disseram que não e 48%, que sim. "Há aqueles que ficam bastante tranquilos, porque têm muita segurança, muita confiança nos seus filhos. É errado pensar que o pai ou a mãe que permite que os filhos façam sexo em casa sejam necessariamente mais liberais. Alguns deles permitem até para poder ter o controle, saber com quem seu filho ou sua filha está se relacionando", esclarece a psiquiatra e coordenadora da pesquisa, Carmita Abdo.
"Há pais liberais, respeito. Vai chegar lá, vai dormir no mesmo quarto. Mas aí vira um bacanal", acredita Nelson. Mas e os filhos, o que pensam dessa história? "A gente fica sem graça, mas quando passa uma confiança do casal para os pais, fica mais fácil", diz o técnico em eletrônica Luiz Henrique da Silva, que tem carta branca na casa da namorada.
"Lá em casa, nunca houve essa liberdade. Numa conversa, minha mãe disse a opinião dela, a casa é dela. Ela sente que não é uma coisa que ela curte, que ela gosta. Eu respeito", conta o estudante de administração Pedro Cintra. "Às vezes, ficava tarde para ir embora e aí foi fluindo", explica a cantora Caryne de Paiva Rosa.
"Tem a resistência, mas eu digo: 'Mãe, eu sou grandinha, já tenho 21 anos, estamos no século 21", comenta a auxiliar administrativa Liana Reis Gomes. Apelar para a mãe funciona. A pesquisa mostrou que elas são menos conservadoras que os pais. "Tem muita coisa que o pai não fica sabendo, mas a mãe fica", garante a professora Silvana Machado Costa.
"Sou um cara moderno, mas existem limites. É chato, porque você imagina sua filha sentada no colo do namorado e com seus amigos do lado", justifica Nelson.
Os pais de Porto Alegre são os mais liberais e os de Belo Horizonte, os mais conservadores, como Dona Maria da Graça Machado. "Daqui a pouco ela arruma um namorado, vai ficar noiva e casar", sonha ela para a filha. "Se eu arrumar um namorado, tem que dormir fora. Ela também não aceita que a gente durma na casa do namorado", conta a relações públicas Patrícia Pastore, filha de Dona Graça. E nas casas mais liberais, há restrições? "Ela é muito legal, só pede respeito, mas de resto, se a gente respeita, podemos fazer qualquer coisa", elogia a estudante de publicidade Natália Alves Damaceno.
Depois de ouvir o lado do Luiz Henrique e da Natália, a gente resolveu ir à casa dela, cenário onde isso tudo acontece, para saber a opinião da Márcia Alice Alves, mãe dela. "Eu acho que o amor, o carinho, o respeito que eles têm comigo é mais importante do que essa coisa de virgindade ou de dormir junto ou não. O único problema é ele vir de mala e cuia definitivamente para cá", conta.
Atenção às regras de etiqueta para quem transa na casa dos pais. Não vale atacar a geladeira ou achar que é dono da casa. É bom ajudar nos serviços domésticos. E não ficar trancado no quarto nem gemer. "Nada de circular muito à vontade. Para as meninas, deixa o baby doll. E engole o barulho, geme bem baixinho", ensina Célia Leão, consultora de etiqueta.
NOTA: Você pode estar pensando: ´Que raios de ´etiquetas´ são essas?´. Bem, caro leitor, é a pós-modernidade (uma modernidade com o prefixo ´pós´, nada mais). A pós-modernidade é a justificativa de todas as rupturas morais possíveis com os preceitos de moral, e aqui permita-me dizer, ´cristã´, que a sociedade ocidental hoje defende, como o ´G1´, da Globo, que na verdade não está informando, mas ´aconselhando´, ´formando´. A perniciosidade de se mostrar a coisa com ´conselhoS (in)úteis´ como o da reportagem acima, só reforça a tese de que a tentativa de se transformar o absurdo em normal tem chegado a patamares surpreendentes. E pior para as mulheres, tidas por mais ´liberais´, mães incentivadoras até e (observe), ´cúmplices´das fornicações de suas próprias filhas, como se fosse bonito dormir com homens debaixo dos tetos aonde vivem. Que ultraje à família sem precedentes na história do Ocidente! Pobre e debilitado Ocidente...
"Sabemos, porém, que a lei é boa, se alguém dela usa legitimamente, sabendo isto: que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os fornicadores, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros e para o que for contrário à sã doutrina, conforme o evangelho da glória do Deus bem-aventurado, que me foi confiado...". 1ª Carta de Paulo a Timóteo, 1:8-11.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário