Texto: Dextra
Adaptação: Artur Eduardo
OBS.: Não endossamos todas as assertivas dos autores do presente post; contudo, reconhecemos a razoabilidade histórica com que apresenta os fatos da Reforma Islâmica e da Reforma Protestante.
Nosso amigo Ali Sina, um dos mais destacados estudiosos e  ativistas anti-islâmicos em todo o mundo hoje, é autor de Understanding Muhammad - A  Psychobiography of Allah's Prophet [Para Entender Maomé - Uma  psicobiografia do profeta de Alá]. Publicada em 2008, a obra já é um clássico da  literatura anti-islâmica, atualmente na quinta edição, e será lançada ainda este  semestre em tradução para o português por DEXTRA, com exclusividade no  Brasil.  Abaixo, um recente artigo seu sobre a futilidade da idéia de se  reformar este culto de ódio, esforço que ele compara ao absurdo de alguém que se  propusesse a reformar o Comunismo ou o Nazismo.
 Original: The illusion of  reforming Islam
 Como o interesse em conhecer o Islam acabou  pegando e o Islam está sob escrutínio, graças ao terrorismo islâmico, os  ocidentais começaram a se perguntar onde estão os muçulmanos moderados. Bem, não  há nenhum. O conceito é absurdo. Os muçulmanos vêem este assunto de forma  diferente. Ou você é um 'bom' muçulmano praticante ou um mal muçulmano, um  vira-folha. É este último grupo que os ocidentais chamam erroneamente de  muçulmanos moderados. No que diz respeito aos muçulmanos, eles são 'hipócritas'.  Previsivelmente, os 'moderados' também confessam serem hipócritas. Eles dizem a  você que acreditam no Islam mas não são bons muçulmanos. Lá no fundo,  entretanto, eles pensam em tornar-se 'bons' muçulmanos depois que tiverem  cometido todos os 'pecados' e aproveitado bastante a vida.
O Islam é de fato uma religião ruim. O problema  com o Islam é o seu livro sagrado, não seus seguidores. Aproveitando-se desta  confusão, uma espécie de muçulmanos veio com a idéia de "reformar o Islam."  Alguns destes "reformadores"  também ganharam algum reconhecimento entre os  ocidentais incautos que depositaram suas esperanças neles, embora eles sejam  amplamente ignorados e desprezados por seus correligionários  muçulmanos. 
Neste artigo, eu gostaria de discutir sobre se o Islam  pode ser reformado.
 Consideremos a etimologia e significado de  're-forma.' Reforma vem do latim refōrmāre, que significa redimir,  recuperar, renovar. Todos estes termos implicam em devolver algo à sua forma  original. Antes de falar sobre a reforma no Islam, vamos primeiro  dar uma olhada na reforma no Cristianismo. 
A Reforma Cristã 
 A Reforma Cristã começou como uma tentava de  reformar, não o Cristianismo, mas a Igreja Católica. Muitos fiéis estavam  angustiados pela Igreja e suas práticas, tais como a venda de indulgências  (passagens para o paraíso) e a simonia (comprar e vender cargos na Igreja). Eles  as consideravam doutrinas falsas e malversações dentro da Igreja. Martinho Lutero, Ulrich Zwingli, João Calvino e  outros reformadores protestaram contra estas e outras práticas e crenças da  Igreja, como o Purgatório, a devoção a Maria (cultu mariano), a intercessão e a  devoção aos santos, a maioria dos sacramentos, o celibato obrigatório para o  clero (incluindo o monasticismo) e a autoridade do Papa. 
Nenhum dos exemplos acima são doutrinas do  Cristianismo. Eles eram práticas da Igreja. Os reformadores protestaram contra a  Igreja. Eles não desafiaram a autoridade da Bíblia. Eles propuseram que a Bíblia  fosse lida literalmente. Rejeitaram as interpretações alegóricas das Escrituras  e tomaram os textos do Velho e Novo Testamentos como uma espécie de lei  constituída. As palavras significavam o que elas diziam; qualquer dificuldade,  contradição ou significado obscuro era culpa do leitor e não do  texto. 
Qualquer coisa que não estivesse contida explícita e  literalmente nas Escrituras devia ser rejeitada e qualquer coisa que estivesse  contida explícita e literlamente nas Escrituras deveria ser seguida sem  titubear. (Fonte)
 Esta é a essência da Reforma Protestante.
A Reforma islâmica
 Uma reforma análoga já ocorreu no Islam. Esta reforma  foi o Salafismo*. 
 Muitos ocidentais acreditam que Muhammad ibn  Abdul Wahhab*, (1703–1792) é o fundador de uma seita extremista do Islam.  Isto não é verdade. Abdul Wahhab não fundou uma nova seita. Ele foi simplesmente  um reformador do Islam, do mesmo modo que Lutero Lutero esteve para o  Cristianismo.
 O núcleo do pensamento de Wahab é que o Islam era  perfeito e completo durante o tempo de Maomé e seus companheiros e o seu  declínio é o resultado de inovações religiosas (bid‘ah) e que uma  emulação das três primeiras gerações e o expurgo das influências estrangeiras à  religião resultará em um renascimento do Islam. 
 O conceito de que o Islam era perfeito em seus estágios  iniciais é asseverado no Corão 5:3. 
 الْيَوْمَ أَكْمَلْتُ لَكُمْ دِينَكُمْ وَأَتْمَمْتُ  عَلَيْكُمْ نِعْمَتِي وَرَضِيتُ لَكُمُ الإِسْلاَمَ دِينًا
 Hoje eu completei para ti a tua lei  religiosa e lancei sobre ti toda a medida de minhas bênçãos e alvitrei que a  auto-entrega a Mim deverá ser a tua religião. 
 Abdul Wahhab, propôs que os muçulmanos deveriam  evitar qualquer inovação e seguir os exemplos dos salaf ("predecessores"  ou "primeiras gerações"), daí o nome de Salafistas.
O salafista (سلفي) toma os ancestrais piedosos  do período patrístico do Islam primevo com modelos exemplares. Esta crença não é uma invenção de Abdul Wahhab,  mas está baseada em um hadith que relata o dito de Muhammad:   
"O povo de minha geração é o melhor e depois os que os  se seguem a eles e depois os que se seguem a estes últimos (i.e. as três  primeiras gerações de muçulmanos)". [Bukhari 3:48:819 e 820 e Muslim 31:6150 e  6151.] (Tabi‘in e o Taba‘ at-Tabi‘in,)
 Em um outro hadith, Muhammad observou:  “Eu sou o  melhor salaf para vós." [Sahih Muslim: no. 2450]
 A fim de demolir o mito ocidental de que Abdul Wahhab  foi o fundador do Salafismo, é importante observar que ibn Taymiyyah (1263 –  1328) também foi um salafista.  Ibn Taymiyyah se opôs à celebração do  aniversário de Muhammad e a construção de templos em torno das tumbas dos  'santos' sufistas, dizendo: "Muitos deles [os muçulmanos] sequer sabem a  respeito das origens cristãs [católicas] destas práticas. Malditos sejam os  cristãos e seus correligionários."
 Um dos primeiros registros do termo "salafista"  aparece no libro Al-Ansab, de Abu Sa’d Abd al-Kareem al-Sama’ni, que  morreu no ano de 1166 (562 do calendário islâmico). Definindo o termo  al-salafi, ele afirmou: "Esta é uma atributo dos salafistas, ou  predecessores, e a adaptação de sua escola de pensamento, com base no que eu  ouvi." Ele então menciona os exemplos de mais estudiosos que estavam utilizando  este atributo. 
O desejo de reformar o Islam e retornar a seu estado  prístino é na verdade uma idéia antiga. Abdul Wahhab, entretanto, foi  bem-sucedido em dar forma a este conceito, que se consolidou graças aos reis sauditas*, que são  seus descendentes, por via de uma de suas filhas.
As semelhanças entre a Reforma Cristã e a Reforma  Islâmica 
 Há muitas semelhanças entre o Protestantismo e  o Salafismo. O primeiro rejeita a devoção a Maria e aos santos e sua  intercessão. Este último rejeita a devoção a Muhammad, sua intercessão e a  intercessão dos santos islâmicos (tal como é praticado no xiismo). Ambos os  movimentos querem levar seus fiés à sua pureza original e expurgar as inovações  que foram acrescentadas à religião após a morte de seus fundadores. 
A Dra. Ingrid Mattson, a mulher convidada por Hussein  Obama para representar os muçulmanos na oração ecumênica da convenção  presidencial dos Democratas e que é a presidente da Sociedade Islâmica da  América do Norte (ISNA [na sigla em inglês]), quando indagada sobre se o  Wahabismo [outro termo para a doutrina bárbara do Salafismo] era uma seita de  extrema direita do Islam, respondeu:
 "Não, não é acertado caracterizar o  'Wahabismo' desta maneira. Ele não é uma seita. É o nome de um movimento  reformista que começou há 200 anos atrás para depurar as sociedades islâmicas de  práticas culturais e de uma interpretação rígida que haviam sido adquiridas ao  longo dos séculos. Ele na verdade foi análogo à reforma protestante  européia".
O resultado da Reforma no Cristianismo
Embora a a Reforma cristã e a Reforma islâmica  sejam quase idênticas em seu escopo e metodologia, o resultado foi muito  diferente. A leitura literal da Bíblia tornou-se o fundamento de teorias sociais  e da organização das sociedades protestantes e o fundamento da organização das  colônias inglêsas na América. Estes reformadores literalmente transformaram a  paisagem filosófica, política, religiosa e social da Europa. Nós ainda vivemos  em uma sociedade dominada pela teoria protestante de organização  social. O discurso político americano é essencialmente  calvinista. Em outras palavras, sua organização social está baseada no  significado literal das escrituras cristãs. 
De acordo com Calvino e Zwingli, não apenas  todas as crenças religiosas deveriam estar fundamentas em uma leitura literal  das Escrituras, mas a organização da Igreja, a organização política, a  organização social e a própria sociedade deveriam estar fundamentadas nesta  leitura literal. Lutero escreveu uma carta ao Papa Leão (que  resultou em sua excomunhão da Igreja), na qual ele explicava a substância de  suas idéias. A carta estava intitulada "Sobre a Liberdade do Cristão". Esta  carta explica o núcleo do pensamento de Lutero. De acordo com ele, a essência do  Cristianismo é a "liberbade."
É este o conceito que por fim deu origem à  noção de liberdade individual, liberdade política e liberdade  econômica. A maior parte do Iluminismo europeu gira em  torno da liberdade e do projeto de "libertar" as pessoas: libertá-las das falsas  crenças, da falsa religião, da autoridade arbitrária, etc. - o que é chamado de  "discurso de libertação." Os ocidentais ainda hoje participam deste projeto do  Iluminismo. 
É por isto que os Estados Unidos invadiram o  Iraque para impedirem um ditador de controlar a maior parte das reservas de  petróleo do mundo, para libertar os kwaitianos e, uma década mais tarde, para  libertar os iraquianos. É por isto que os Estados Unidos lutaram no exterior por  quase quarenta anos, do Japão à Alemanha, Itália, Panamá, Nicaragua, Kosovo,  Vietnam, Angola e Somália. Certo ou errado, a motivação foi sempre a mesma,  libertar povos, parar ditadores, exportar a democracia e a liberdade. Esta idéia  de "libertar" povos, de democracia, tão firmemente estabelecida na política  internacional americana, vem da idéia luterana de "liberdade." 
(Para os que me atacam porque eu falo de  Lutero, deixe-me esclarecer que não estou defendendo seu anti-semitismo. Estou  apenas definindo o conceito de Reforma Protestante. Vamos separar os  assuntos.) 
Outros fatores também tiveram um papel nestas  guerras, tais como a proteção dos interesses econômicos e políticos dos Estados  Unidos. Entretanto, o denominador subjacente geralmente foi libertar os povos da  tirania. Libertar povos  e defender os interesses americanos não são mutuamente  excludentes. Houve exceções, nas quais os Estados Unidos agiram  puramente por interesses próprios, desprezando os direitos das pessoas. Um  exemplo foi a derrubada do governo democrático do Dr. Mossaq*, o  primeiro-ministro do Irã, em 1953, e o reimpossamento de um rei-fantoche que  tornou-se um ditador.
Este não é o discurso dos esquerdistas. Os esquerdistas  não têm nenhum interesse em libertar ninguém. Eles ficam felizes em lidar com os  mais opressivos regimes, sem nenhuma preocupação sobre como eles brutalizam seu  povo. 
O Resultado da Reforma no Islam
 Qual é a essência da reforma no Islam? A essência da  crença wahabita é que o homem não é livre, mas sim escravo de Alá. As pessoas  são Ibad (escravos). Este é um discurso diametricamente oposto ao discurso  do Protestantismo e aqui está a diferença essencial entre o Cristianismo e o  Islam. 
 Na superfície, há muitas semelhanças entre o  Cristianismo e o Islam. Ambos acreditam em Deus, ambos confiam em um  intermediário entre o homem e Deus, ambas as religiões são escatológicas - com  um inferno, paraíso e uma vida após a morte, etc. Entretanto, em sua essência,  elas são muito diferentes; na verdade, opostas uma à outra. A Reforma destas  religiões seguiu o mesmo caminho, mas, ao buscarem as origens de sua fé, elas  tomaram direções opostas. O Islam não é uma continuação do Cristianismo, como  Muhammad afirma, mas é uma crença anti-cristã em sua essência. O Cristianismo  advoga a liberdade do homem e o Islam, a sua escravidão. Uma traz a mensagem da  libertação; a outra, a da submissão. 
O discurso da liberdade, tão essencial para o  Cristianismo, é contrário ao que o Islam defende. Quando os muçulmanos carregam  cartazes que dizem "democracia é hipocrisia", e "democracia, vá para o inferno",  em suas manifestações estridentes, eles estão expressando a verdadeira essência  do Islam, que é anti-liberdade, anti-democrática, pró-escravidão e  pró-subjugação.
 
  
 Enquanto cristãos são presos na Inglaterra ou na França, por subirem em bancos de feira em pregarem a Bíblia (isto mesmo: falarem da salvação através de Jesus Cristo, nada mais!), islâmicos podem clamar, inclusive, palavras de ordem e de destruição às repúblicas (cristãs) que tanto os acolhem! Este é o miserável mundo novo em que vivemos!
Os muçulmanos não são livres para escolherem, mas sim  devem obedecer a Alá e seu mensageiro. O Corão 33:36 diz: 
 وَمَا كَانَ لِمُؤْمِنٍ وَلَا مُؤْمِنَةٍ إِذَا قَضَى  اللَّهُ وَرَسُولُهُ أَمْرًا أَن يَكُونَ لَهُمُ الْخِيَرَةُ مِنْ أَمْرِهِمْ وَمَن  يَعْصِ اللَّهَ وَرَسُولَهُ فَقَدْ ضَلَّ ضَلَالًا مُّبِينًا
  “E não convém que que um fiel e uma fiel tenham  qualquer voz em seus assuntos quando Alá e seu Mensageiro decidiram um assunto;  e quem quer que desobedeça a Alá e seu Mensageiro, certamente se  desgarra." 
 Não compete aos muçulmanos decidirem o que é bom para  si. A decisão já foi tomada para eles e tudo que eles têm a fazer é obedecer,  mesmo que não gostem. 
 كُتِبَ عَلَيْكُمُ الْقِتَالُ وَهُوَ كُرْهٌ لَّكُمْ  وَعَسَى أَن تَكْرَهُواْ شَيْئًا وَهُوَ خَيْرٌ لَّكُمْ وَعَسَى أَن تُحِبُّواْ  شَيْئًا وَهُوَ شَرٌّ لَّكُمْ وَاللّهُ يَعْلَمُ وَأَنتُمْ لاَ تَعْلَمُونَ
  "Lutar é obrigatório para vós, mesmo que seja  odioso a vós; mas pode ser que vós odieis algo que seja bom para vós e pode bem  ser que ameis algo que seja mal para vós: e Deus sabe, ao passo que vós não  sabeis". (C: 2:216).
 O Islam pode ser abstraído por seu nome:  'Submissão.' Alá é quem sabe. Portanto, o homem deve aceitar suas ordens,  cegamente e sem hesitar. A democracia significa o governo do povo e pelo  povo. Na democracia, os homens fazem as leis. No Islam, a lei vem de Deus. O  homem deve obedecer, masmo quando estas leis parecem contrárias à razão e são  opressivas. 
Esta é a razão pela qual os muçulmanos  "moderados" não podem se opor ao apedrejamento de adúlteras, a matar os  apóstatas e a outros abusos a seus correligionários muçulmanos praticantes, e  seus protestos não passam de um teatro e isto, também, apenas para o consumo da  mídia ocidental. Tanto o Cristianismo quanto o Islam passaram  por reformas. Eles fizeram caminhos semelhantes, mas terminaram em polos  opostos. Enquanto a Reforma Cristã trouxe liberdade, o Iluminismo e a  democracia, a reforma do Islam deu no terrorismo. 
Ibn Taymiyyah e Ibn Abdul Wahhab foram  reformadores do Islam. Entre os reformadores islâmicos contemporâneos, podemos  citar Maududi* (1903  – 1979), que escreveu uma interpretação do Corão, e Sayyid Qutb*, (1906-1966) o  principal intelectual da Irmandade Muçulmana nos anos 50 e 60, que foi a  inspiração de todos os terroristas muçulmanos, incluindo o Ayatolá Khomeini* e Bin Laden*.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Continua...
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Um comentário:
interessante este artigo, acabei de ler um meio incoerente no de olho na jihad, de daniel pipes (http://olhonajihad.blogspot.com/2010/12/entrevista-com-daniel-pipes-nao-e.html)
basicamente ele diferencia, islamicos de muçulmanos, inclusive comentando q mts muçulamos odeiam os islamistas. ele nao chega a disntinguir entre xiitas e sunitas, mas nao acredito q se refira a estes grupos, e sim, os q praticam a jihad dos q nao. achei este interessante pq observa mt bem q todos eles sao hipocritas, tanto os q praticam 100% o corao qt os q nao, e concluindo o fato de q o problema está no livro dito sagrado e nao em sí nas pessoas. mt bom!
graça e paz irmaos
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