Pesquisar no blog

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Reforma" islâmica?

A ILUSÃO DE REFORMAR O ISLÃ - PARTE 1


Texto: Dextra
Adaptação: Artur Eduardo

OBS.: Não endossamos todas as assertivas dos autores do presente post; contudo, reconhecemos a razoabilidade histórica com que apresenta os fatos da Reforma Islâmica e da Reforma Protestante.

Nosso amigo Ali Sina, um dos mais destacados estudiosos e ativistas anti-islâmicos em todo o mundo hoje, é autor de Understanding Muhammad - A Psychobiography of Allah's Prophet [Para Entender Maomé - Uma psicobiografia do profeta de Alá]. Publicada em 2008, a obra já é um clássico da literatura anti-islâmica, atualmente na quinta edição, e será lançada ainda este semestre em tradução para o português por DEXTRA, com exclusividade no Brasil. Abaixo, um recente artigo seu sobre a futilidade da idéia de se reformar este culto de ódio, esforço que ele compara ao absurdo de alguém que se propusesse a reformar o Comunismo ou o Nazismo.


Como o interesse em conhecer o Islam acabou pegando e o Islam está sob escrutínio, graças ao terrorismo islâmico, os ocidentais começaram a se perguntar onde estão os muçulmanos moderados. Bem, não há nenhum. O conceito é absurdo. Os muçulmanos vêem este assunto de forma diferente. Ou você é um 'bom' muçulmano praticante ou um mal muçulmano, um vira-folha. É este último grupo que os ocidentais chamam erroneamente de muçulmanos moderados. No que diz respeito aos muçulmanos, eles são 'hipócritas'. Previsivelmente, os 'moderados' também confessam serem hipócritas. Eles dizem a você que acreditam no Islam mas não são bons muçulmanos. Lá no fundo, entretanto, eles pensam em tornar-se 'bons' muçulmanos depois que tiverem cometido todos os 'pecados' e aproveitado bastante a vida.

O Islam é de fato uma religião ruim. O problema com o Islam é o seu livro sagrado, não seus seguidores. Aproveitando-se desta confusão, uma espécie de muçulmanos veio com a idéia de "reformar o Islam." Alguns destes "reformadores" também ganharam algum reconhecimento entre os ocidentais incautos que depositaram suas esperanças neles, embora eles sejam amplamente ignorados e desprezados por seus correligionários muçulmanos.

Neste artigo, eu gostaria de discutir sobre se o Islam pode ser reformado.

Consideremos a etimologia e significado de 're-forma.' Reforma vem do latim refōrmāre, que significa redimir, recuperar, renovar. Todos estes termos implicam em devolver algo à sua forma original. Antes de falar sobre a reforma no Islam, vamos primeiro dar uma olhada na reforma no Cristianismo.

A Reforma Cristã

A Reforma Cristã começou como uma tentava de reformar, não o Cristianismo, mas a Igreja Católica. Muitos fiéis estavam angustiados pela Igreja e suas práticas, tais como a venda de indulgências (passagens para o paraíso) e a simonia (comprar e vender cargos na Igreja). Eles as consideravam doutrinas falsas e malversações dentro da Igreja. Martinho Lutero, Ulrich Zwingli, João Calvino e outros reformadores protestaram contra estas e outras práticas e crenças da Igreja, como o Purgatório, a devoção a Maria (cultu mariano), a intercessão e a devoção aos santos, a maioria dos sacramentos, o celibato obrigatório para o clero (incluindo o monasticismo) e a autoridade do Papa.

Nenhum dos exemplos acima são doutrinas do Cristianismo. Eles eram práticas da Igreja. Os reformadores protestaram contra a Igreja. Eles não desafiaram a autoridade da Bíblia. Eles propuseram que a Bíblia fosse lida literalmente. Rejeitaram as interpretações alegóricas das Escrituras e tomaram os textos do Velho e Novo Testamentos como uma espécie de lei constituída. As palavras significavam o que elas diziam; qualquer dificuldade, contradição ou significado obscuro era culpa do leitor e não do texto.

Qualquer coisa que não estivesse contida explícita e literalmente nas Escrituras devia ser rejeitada e qualquer coisa que estivesse contida explícita e literlamente nas Escrituras deveria ser seguida sem titubear. (Fonte)

Esta é a essência da Reforma Protestante.

A Reforma islâmica

Uma reforma análoga já ocorreu no Islam. Esta reforma foi o Salafismo*.

Muitos ocidentais acreditam que Muhammad ibn Abdul Wahhab*, (1703–1792) é o fundador de uma seita extremista do Islam. Isto não é verdade. Abdul Wahhab não fundou uma nova seita. Ele foi simplesmente um reformador do Islam, do mesmo modo que Lutero Lutero esteve para o Cristianismo.

O núcleo do pensamento de Wahab é que o Islam era perfeito e completo durante o tempo de Maomé e seus companheiros e o seu declínio é o resultado de inovações religiosas (bid‘ah) e que uma emulação das três primeiras gerações e o expurgo das influências estrangeiras à religião resultará em um renascimento do Islam.

O conceito de que o Islam era perfeito em seus estágios iniciais é asseverado no Corão 5:3.

الْيَوْمَ أَكْمَلْتُ لَكُمْ دِينَكُمْ وَأَتْمَمْتُ عَلَيْكُمْ نِعْمَتِي وَرَضِيتُ لَكُمُ الإِسْلاَمَ دِينًا

Hoje eu completei para ti a tua lei religiosa e lancei sobre ti toda a medida de minhas bênçãos e alvitrei que a auto-entrega a Mim deverá ser a tua religião.

Abdul Wahhab, propôs que os muçulmanos deveriam evitar qualquer inovação e seguir os exemplos dos salaf ("predecessores" ou "primeiras gerações"), daí o nome de Salafistas.

O salafista (سلفي) toma os ancestrais piedosos do período patrístico do Islam primevo com modelos exemplares. Esta crença não é uma invenção de Abdul Wahhab, mas está baseada em um hadith que relata o dito de Muhammad:

"O povo de minha geração é o melhor e depois os que os se seguem a eles e depois os que se seguem a estes últimos (i.e. as três primeiras gerações de muçulmanos)". [Bukhari 3:48:819 e 820 e Muslim 31:6150 e 6151.] (Tabi‘in e o Taba‘ at-Tabi‘in,)

Em um outro hadith, Muhammad observou: “Eu sou o melhor salaf para vós." [Sahih Muslim: no. 2450]

A fim de demolir o mito ocidental de que Abdul Wahhab foi o fundador do Salafismo, é importante observar que ibn Taymiyyah (1263 – 1328) também foi um salafista. Ibn Taymiyyah se opôs à celebração do aniversário de Muhammad e a construção de templos em torno das tumbas dos 'santos' sufistas, dizendo: "Muitos deles [os muçulmanos] sequer sabem a respeito das origens cristãs [católicas] destas práticas. Malditos sejam os cristãos e seus correligionários."

Um dos primeiros registros do termo "salafista" aparece no libro Al-Ansab, de Abu Sa’d Abd al-Kareem al-Sama’ni, que morreu no ano de 1166 (562 do calendário islâmico). Definindo o termo al-salafi, ele afirmou: "Esta é uma atributo dos salafistas, ou predecessores, e a adaptação de sua escola de pensamento, com base no que eu ouvi." Ele então menciona os exemplos de mais estudiosos que estavam utilizando este atributo.

O desejo de reformar o Islam e retornar a seu estado prístino é na verdade uma idéia antiga. Abdul Wahhab, entretanto, foi bem-sucedido em dar forma a este conceito, que se consolidou graças aos reis sauditas*, que são seus descendentes, por via de uma de suas filhas.

As semelhanças entre a Reforma Cristã e a Reforma Islâmica

Há muitas semelhanças entre o Protestantismo e o Salafismo. O primeiro rejeita a devoção a Maria e aos santos e sua intercessão. Este último rejeita a devoção a Muhammad, sua intercessão e a intercessão dos santos islâmicos (tal como é praticado no xiismo). Ambos os movimentos querem levar seus fiés à sua pureza original e expurgar as inovações que foram acrescentadas à religião após a morte de seus fundadores.

A Dra. Ingrid Mattson, a mulher convidada por Hussein Obama para representar os muçulmanos na oração ecumênica da convenção presidencial dos Democratas e que é a presidente da Sociedade Islâmica da América do Norte (ISNA [na sigla em inglês]), quando indagada sobre se o Wahabismo [outro termo para a doutrina bárbara do Salafismo] era uma seita de extrema direita do Islam, respondeu:

"Não, não é acertado caracterizar o 'Wahabismo' desta maneira. Ele não é uma seita. É o nome de um movimento reformista que começou há 200 anos atrás para depurar as sociedades islâmicas de práticas culturais e de uma interpretação rígida que haviam sido adquiridas ao longo dos séculos. Ele na verdade foi análogo à reforma protestante européia".

O resultado da Reforma no Cristianismo

Embora a a Reforma cristã e a Reforma islâmica sejam quase idênticas em seu escopo e metodologia, o resultado foi muito diferente. A leitura literal da Bíblia tornou-se o fundamento de teorias sociais e da organização das sociedades protestantes e o fundamento da organização das colônias inglêsas na América. Estes reformadores literalmente transformaram a paisagem filosófica, política, religiosa e social da Europa. Nós ainda vivemos em uma sociedade dominada pela teoria protestante de organização social. O discurso político americano é essencialmente calvinista. Em outras palavras, sua organização social está baseada no significado literal das escrituras cristãs.

De acordo com Calvino e Zwingli, não apenas todas as crenças religiosas deveriam estar fundamentas em uma leitura literal das Escrituras, mas a organização da Igreja, a organização política, a organização social e a própria sociedade deveriam estar fundamentadas nesta leitura literal. Lutero escreveu uma carta ao Papa Leão (que resultou em sua excomunhão da Igreja), na qual ele explicava a substância de suas idéias. A carta estava intitulada "Sobre a Liberdade do Cristão". Esta carta explica o núcleo do pensamento de Lutero. De acordo com ele, a essência do Cristianismo é a "liberbade."

É este o conceito que por fim deu origem à noção de liberdade individual, liberdade política e liberdade econômica. A maior parte do Iluminismo europeu gira em torno da liberdade e do projeto de "libertar" as pessoas: libertá-las das falsas crenças, da falsa religião, da autoridade arbitrária, etc. - o que é chamado de "discurso de libertação." Os ocidentais ainda hoje participam deste projeto do Iluminismo.

É por isto que os Estados Unidos invadiram o Iraque para impedirem um ditador de controlar a maior parte das reservas de petróleo do mundo, para libertar os kwaitianos e, uma década mais tarde, para libertar os iraquianos. É por isto que os Estados Unidos lutaram no exterior por quase quarenta anos, do Japão à Alemanha, Itália, Panamá, Nicaragua, Kosovo, Vietnam, Angola e Somália. Certo ou errado, a motivação foi sempre a mesma, libertar povos, parar ditadores, exportar a democracia e a liberdade. Esta idéia de "libertar" povos, de democracia, tão firmemente estabelecida na política internacional americana, vem da idéia luterana de "liberdade."

(Para os que me atacam porque eu falo de Lutero, deixe-me esclarecer que não estou defendendo seu anti-semitismo. Estou apenas definindo o conceito de Reforma Protestante. Vamos separar os assuntos.)

Outros fatores também tiveram um papel nestas guerras, tais como a proteção dos interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos. Entretanto, o denominador subjacente geralmente foi libertar os povos da tirania. Libertar povos e defender os interesses americanos não são mutuamente excludentes. Houve exceções, nas quais os Estados Unidos agiram puramente por interesses próprios, desprezando os direitos das pessoas. Um exemplo foi a derrubada do governo democrático do Dr. Mossaq*, o primeiro-ministro do Irã, em 1953, e o reimpossamento de um rei-fantoche que tornou-se um ditador.

Este não é o discurso dos esquerdistas. Os esquerdistas não têm nenhum interesse em libertar ninguém. Eles ficam felizes em lidar com os mais opressivos regimes, sem nenhuma preocupação sobre como eles brutalizam seu povo.

O Resultado da Reforma no Islam

Qual é a essência da reforma no Islam? A essência da crença wahabita é que o homem não é livre, mas sim escravo de Alá. As pessoas são Ibad (escravos). Este é um discurso diametricamente oposto ao discurso do Protestantismo e aqui está a diferença essencial entre o Cristianismo e o Islam.

Na superfície, há muitas semelhanças entre o Cristianismo e o Islam. Ambos acreditam em Deus, ambos confiam em um intermediário entre o homem e Deus, ambas as religiões são escatológicas - com um inferno, paraíso e uma vida após a morte, etc. Entretanto, em sua essência, elas são muito diferentes; na verdade, opostas uma à outra. A Reforma destas religiões seguiu o mesmo caminho, mas, ao buscarem as origens de sua fé, elas tomaram direções opostas. O Islam não é uma continuação do Cristianismo, como Muhammad afirma, mas é uma crença anti-cristã em sua essência. O Cristianismo advoga a liberdade do homem e o Islam, a sua escravidão. Uma traz a mensagem da libertação; a outra, a da submissão.

O discurso da liberdade, tão essencial para o Cristianismo, é contrário ao que o Islam defende. Quando os muçulmanos carregam cartazes que dizem "democracia é hipocrisia", e "democracia, vá para o inferno", em suas manifestações estridentes, eles estão expressando a verdadeira essência do Islam, que é anti-liberdade, anti-democrática, pró-escravidão e pró-subjugação.

Manifest_10

Manifest01 Manifest02
Manifest03 Manifest04
Manifest05 Manifest06
Manifest07 Manifest08

Enquanto cristãos são presos na Inglaterra ou na França, por subirem em bancos de feira em pregarem a Bíblia (isto mesmo: falarem da salvação através de Jesus Cristo, nada mais!), islâmicos podem clamar, inclusive, palavras de ordem e de destruição às repúblicas (cristãs) que tanto os acolhem! Este é o miserável mundo novo em que vivemos!

Os muçulmanos não são livres para escolherem, mas sim devem obedecer a Alá e seu mensageiro. O Corão 33:36 diz:

وَمَا كَانَ لِمُؤْمِنٍ وَلَا مُؤْمِنَةٍ إِذَا قَضَى اللَّهُ وَرَسُولُهُ أَمْرًا أَن يَكُونَ لَهُمُ الْخِيَرَةُ مِنْ أَمْرِهِمْ وَمَن يَعْصِ اللَّهَ وَرَسُولَهُ فَقَدْ ضَلَّ ضَلَالًا مُّبِينًا

“E não convém que que um fiel e uma fiel tenham qualquer voz em seus assuntos quando Alá e seu Mensageiro decidiram um assunto; e quem quer que desobedeça a Alá e seu Mensageiro, certamente se desgarra."

Não compete aos muçulmanos decidirem o que é bom para si. A decisão já foi tomada para eles e tudo que eles têm a fazer é obedecer, mesmo que não gostem.

كُتِبَ عَلَيْكُمُ الْقِتَالُ وَهُوَ كُرْهٌ لَّكُمْ وَعَسَى أَن تَكْرَهُواْ شَيْئًا وَهُوَ خَيْرٌ لَّكُمْ وَعَسَى أَن تُحِبُّواْ شَيْئًا وَهُوَ شَرٌّ لَّكُمْ وَاللّهُ يَعْلَمُ وَأَنتُمْ لاَ تَعْلَمُونَ

"Lutar é obrigatório para vós, mesmo que seja odioso a vós; mas pode ser que vós odieis algo que seja bom para vós e pode bem ser que ameis algo que seja mal para vós: e Deus sabe, ao passo que vós não sabeis". (C: 2:216).

O Islam pode ser abstraído por seu nome: 'Submissão.' Alá é quem sabe. Portanto, o homem deve aceitar suas ordens, cegamente e sem hesitar. A democracia significa o governo do povo e pelo povo. Na democracia, os homens fazem as leis. No Islam, a lei vem de Deus. O homem deve obedecer, masmo quando estas leis parecem contrárias à razão e são opressivas.

Esta é a razão pela qual os muçulmanos "moderados" não podem se opor ao apedrejamento de adúlteras, a matar os apóstatas e a outros abusos a seus correligionários muçulmanos praticantes, e seus protestos não passam de um teatro e isto, também, apenas para o consumo da mídia ocidental. Tanto o Cristianismo quanto o Islam passaram por reformas. Eles fizeram caminhos semelhantes, mas terminaram em polos opostos. Enquanto a Reforma Cristã trouxe liberdade, o Iluminismo e a democracia, a reforma do Islam deu no terrorismo.

Ibn Taymiyyah e Ibn Abdul Wahhab foram reformadores do Islam. Entre os reformadores islâmicos contemporâneos, podemos citar Maududi* (1903 – 1979), que escreveu uma interpretação do Corão, e Sayyid Qutb*, (1906-1966) o principal intelectual da Irmandade Muçulmana nos anos 50 e 60, que foi a inspiração de todos os terroristas muçulmanos, incluindo o Ayatolá Khomeini* e Bin Laden*.

Continua...

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Um comentário:

Marcos disse...

interessante este artigo, acabei de ler um meio incoerente no de olho na jihad, de daniel pipes (http://olhonajihad.blogspot.com/2010/12/entrevista-com-daniel-pipes-nao-e.html)
basicamente ele diferencia, islamicos de muçulmanos, inclusive comentando q mts muçulamos odeiam os islamistas. ele nao chega a disntinguir entre xiitas e sunitas, mas nao acredito q se refira a estes grupos, e sim, os q praticam a jihad dos q nao. achei este interessante pq observa mt bem q todos eles sao hipocritas, tanto os q praticam 100% o corao qt os q nao, e concluindo o fato de q o problema está no livro dito sagrado e nao em sí nas pessoas. mt bom!
graça e paz irmaos

Ofertas Exclusivas!!!!